Síntese: Monster Menu: The Scavenger's Cookbook - Neo Fusion

Monster Menu: The Scavenger's Cookbook

22 de junho de 2023

Lançamento mais recente da NIS Games, Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook é uma experiência única que mistura roguelike, survival, RPG de turno e até simulador de cozinheiro. Um aventureiro está perdido num calabouço que, supostamente, é para guerreiros iniciantes. Sem rumo e sem suprimentos, nosso personagem se vê prestes a morrer de fome. Ao encontrar uma carcaça gigante de um monstro, não vemos outra opção a não ser comer tal carne grotesca e infelizmente acabamos morrendo mesmo assim. Ou será que não? Depois de comer o monstro, acordamos num acampamento e começamos nossa jornada pelos andares do calabouço de Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook.

Depois de uma primeira run básica pelos primeiros níveis da dungeon, é nos dada a opção de criar a nossa party. Podemos ter no máximo 4 integrantes e escolher entre 10 classes diferentes. O jogo menciona que quanto mais membros temos numa party, mais difícil fica o jogo, mas confesso que tentei jogar com 2 integrantes apenas e achei um pouco entediante, o combate não fica tão mais fácil e a jogabilidade fica muito mais legal com os 4 integrantes.

Além das classes, Monster Menu traz uma grande variedade de customização para aparência dos personagens. São 4 opções masculinas e 4 femininas de base e tudo elas são totalmente customizáveis, o que permite as mais diversas criações que podem agradar bastante ao jogador.

Monster Menu

RPG de muitos turnos e estratégias

Não precisa de muitas tentativas para perceber que Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook consiste em explorar os diversos andares do calabouço, matar o chefe e passar para o próximo Orgonne (os biomas da dungeon). Os inimigos variam de bioma para bioma e conforme os andares vão aumentando, a variedade e dificuldade dos monstros também aumenta.

A escolha das classes da party vai determinar diversos pontos da jogabilidade. Por ser um jogo de turnos, conseguimos escolher a posição que cada membro tem no início da batalha. Arqueiros e Magos possuem um range maior e recebem mais dano, então precisam ficar mais afastados, Berserkes já conseguem aguentar mais dano e podem ser usados para tankar lá na frente.

Ao encontrar com os monstros, é possível obter vantagem se chegar por trás sem ser visto ou obter desvantagem caso o monstro te encontre desprevenido. Por ser um RPG de turno, a velocidade que as classes e os inimigos têm vão definir a ordem que eles vão atacar (e é outro ponto a ser considerado na hora de escolher e montar seu grupo). Se chegamos em um inimigo por trás, todos os nossos heróis vão atacar primeiro, se somos pegos desprevenidos, todos os monstros atacam primeiro (e isso pode ser um problemão, ainda mais nos andares mais altos).

Cozinhar para sobreviver é crucial…

Monster Menu

Ao eliminar um inimigo, ele vai dropar itens e pedaços do corpo que precisamos comer crus ou cozinhar para poder sobreviver. Um dos pontos mais difíceis em Monster Menu é sobreviver. Além de barra de vida, os personagens também de fome e sede e tudo que fazemos no jogo consome esses recursos. Se usamos poder de fogo, sentimos mais sede, se usamos habilidades que danos muito altos, podemos morrer de fome e tudo pode ir por água abaixo em poucas jogadas.

Existem duas formas de recuperar todos os pontos vitais. Podemos comer as carnes durante a run ou podemos descansar na fogueira entre andares e cozinhar pratos com os diferentes itens que temos no inventário. Os pratos vão encher mais nossas barras de vida, fome e sede e podem nos dar buffs e debuffs. Tem pratos que vão encher completamente sua fome mas podem fazer o personagem sonolento, fazendo com que ele durma por vários turnos, alguns debuffs incluem até fazer o personagem ficar descontrolado e ele não faz nenhum comando que o jogador manda.

… e a sobrevivência é difícil demais

Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook é um jogo muito difícil. Ele possui 4 dificuldades diferentes e mesmo na mais fácil fica muito complicado conseguir pegar o jeito. Eu iniciei e reiniciei esse jogo diversas vezes até conseguir fazer a coisa andar. O modo de jogo mais fácil faz com que os personagens não percam fome e sede apenas por existir, como nos outros modos e isso me ajudou demais a entender a mecânica do jogo. Por ser possível alterar a dificuldade a cada mudança de Orgonne (os biomas do jogo que mudam a cada 10 andares), eu usei demais esse recurso.

Outro ponto que pode atrapalhar é o excesso de informação. Os buffs e debuffs de cada prato e como isso interfere no jogo demorou a aparecer e como não temos muitos guias na internet (como foi jogado antes do lançamento, não havia nenhum guia de referência) é algo que pode frustrar um jogador mais casual que não esteja familiarizado com esse tipo de jogo.

Durante as batalhas, temos que nos atentar as fraquezas e resistências do inimigos que só aparece quando os selecionamos durante a batalha e quando temos diversos monstros de uma vez, pode sobrecarregar o jogador no começo. Confesso que eu quase desisti do jogo, mas fiquei muito feliz de ter insistido.

Uma vez que essas barreiras são ultrapassadas, Monster Menu se torna um jogo muito viciante. Quando o personagem principal do grupo morre, perdemos a run e temos que recomeçar. Por ser do gênero Roguelike, a punição por morrer é gigantesca. Perdemos quase todos os itens obtidos durante a run, os personagens voltam pro nível 1 e muitas habilidades também não ficam mais disponíveis.

Durante a exploração dos andares, podemos encontrar pequenos santuários que podem nos dar bênçãos ou maldições (que também perdemos ao morrer) e são eles responsáveis por ressuscitar os personagens perdidos. As opções variam por andar, nem todos os andares tem e é bem possível passar muitos andares sem conseguir ressuscitar, ficando com um herói a menos e tornando o jogo ainda mais difícil.

No total, são 100 andares que precisamos vencer para “zerar” o jogo. Como ao morrer voltamos pro andar 1, Monster Menu pode se tornar um esforço muito grande para jogadores comuns. A opção de dificuldade mais fácil é uma ótima forma de conseguir jogar sem tanto estresse (e o jogo não fica tão fácil assim) mas depois que o jogador pega a manha, o jogo flui tranquilamente, sendo possível passar por Orgonnes de primeira.

Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook é um jogo muito criativo e divertido. No fim das contas, eu acabei me divertindo demais com a experiência. Descobrir as melhores classes, melhores pratos, itens e estratégias pode até ter parecido um pouco frustrante no começo, mas depois foi muito legal explorar esse calabouço e já voltei ao jogo várias e várias vezes.

Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook está disponível para Nintendo Switch e Playstation.

Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm