Retrô: Metroid Prime Pinball - Neo Fusion
Retrô
Metroid Prime Pinball
21 de outubro de 2017

A série já havia dado seus passos iniciais, que a tornaram um clássico, passando por consoles de mesa e portáteis da Nintendo. A transição para um ambiente 3D já havia sido feita e Metroid andava marcando forte presença naqueles anos. O próximo passo foi lançar um… pinball?

Metroid Prime Pinball, no caso, para o Nintendo DS. Confesso que cheguei a pegar o fim de uma época em que máquinas de pinball eram mais comuns pelo Brasil do que são hoje e joguei muito aquele Space Pinball que vinha em computadores antigos (na época em que se falava em 133 e 166 Hz). Confesso, também, que gosto muito do estágio Casino Night de Sonic 2, e a forma pela qual o jogo brinca com o Sonic estar sempre se “transformando” em uma bola e o usa como a pelota de um pinball durante a fase e, por fim, na batalha contra o Dr. Eggman (Robotnik).

Isso tudo aí para dizer que eu sempre tive algum nível de afinidade com jogos de pinball, e ainda assim Metroid Prime Pinball pareceu uma ideia estranha para mim. Bom, a Samus, assim como o mascote azul, também costuma ficar se transformando em bola por aí. Está aí um mínimo de desculpa para a coisa acontecer. Mas nos jogos, felizmente, nem sempre a desculpa basta. O jogo poderia ser feito e foi feito, o bacana disso tudo é que ele é bem divertido, carregando uma boa parte do espírito da franquia para dentro de um pinball.

No modo de missão simples, você acaba jogando apenas um único estágio em busca da melhor pontuação, como em qualquer máquina de pinball. Dois cenários estão disponíveis e o restante dá para abrir no modo mais interessante do game, que é o multi mission. Nele é possível mudar de área, colecionar power ups, enfrentar chefes e ter algum tipo de progressão que vai além daquela busca pela melhor pontuação (que continua lá, afinal isso aqui é um pinball).

As coisas típicas do estilo de jogo estão aqui: existem multiplicadores de pontuação, necessidade de bater múltiplas vezes em um ponto para abrir um caminho ali ou em outro lugar, especiais com diversas bolas e um limite de vezes, que pode ser estendido durante o jogo, que a bola pode cair no espaço entre as alavancas. Mas também tem muita coisa que não é comum, ainda que não tenha aparecido aqui pela primeira vez.

Os besouros, assim como os metroids, agarram a Samus em forma de morph ball, e o jeito de se livrar deles é deixando uma bomba. Traz um frescor e casa com tudo que já havíamos visto em Metroid. Outra coisa interessante é que a nossa “bola” possui vida, e não se perde apenas quando cai no buraco, mas também quando essa vida chega ao fim. Novamente, é possível recuperar o HP perdido. Existem inimigos no jogo que atacam e tiram um bom dano, inclusive.

Precisamos vencer alguns chefes ao longo da campanha, entre eles o Metroid Prime e o Ridley, e nenhum fica parado esperando você acertá-los. O mais interessante é que tanto o Prime quanto o chefe do Phazon Mine possuem um golpe que acelera a morph ball em direção às alavancas (ou, com azar e se não agirmos rápido, ao buraco entre elas).

A estação de batalha é outra mecânica legal de Metroid Prime Pinball. Quando ela fica pronta, podemos levar a Samus até um determinado espaço, e a partir daí a caçadora de recompensas vai precisar atirar nas hordas de inimigos que chegam, ou em chefes, inclusive com o míssil, caso já tenhamos conquistado tal habilidade.

Outro momento interessante é o singelo minigame que rola no estágio Tallon IV Overworld. Entrando em um espaço, realizamos sequências de pulos na parede (wall jump), o que pode render até mesmo um artefato. Sim, os 12 artefatos estão presentes em MPP, e colecionar todos é necessário para chegar ao fim da campanha. É bem interessante essa proposta de fazer algo parecido com a série, já que é possível mudar de estágio (após atingir certos requisitos) em busca de outro artefato.

Claro que não é algo que vai ficar acontecendo muito, o mais comum é você pingar de área em área e conseguir todos os artefatos do lugar ali no momento, mas é bacana como houve essa tentativa de fazer algo parecido com os backtrackings na série principal.

Falando nessas áreas, existe uma variedade considerável em como elas se dão enquanto arena de jogo. Algumas estão mais orientadas para confrontos com os chefes, o que não tira nenhum mérito, aliás. Outras, como as duas iniciais, focam-se mais nos confrontos contra hordas de piratas, besouros e metroids.

Algumas, como Phendrana Drifts e as ruínas dos artefatos, brincam de forma interessante com as duas telas do DS, colocando alavancas também na parte de cima, fazendo ser necessário ter mais atenção com a resposta que pode ser dada lá. A chance de deixar bombas no chão também já é algo que cria a necessidade de responder mesmo lá no alto.

Os confrontos contra os chefes também fazem bom uso dos cenários, sendo necessário cumprir alguns objetivos menores para encontrar o inimigo e depois conseguir vencê-lo. É legal, também aqui, a tentativa de dialogar diretamente com coisas da própria série.

Metroid Prime Pinball faz muito isso de incorporar situações específicas ligadas à franquia e transportar para um mundo clássico de pinball, sem deixar de tentar localizar o jogador não apenas pelos cenários remeterem à série Prime mas também pela forma que o cenário remete a como jogar Metroid. São estilos de jogos muito distintos, e a sensação que fica é que o resultado era justamente o máximo de diálogo que poderia acontecer. O resultado, por fim, é bem interessante.

Este é um game gostoso de jogar em uma sessão mais rápida, buscando apenas uma pontuação maior, como também na campanha multiplayer, procurando os artefatos e passando os estágios para também procurar uma pontuação maior. E foi assim que Samus usou a morph ball e entrou no mundo do pinball.

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

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Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm