Análise: Pokémon Ultra Sun & Ultra Moon - Neo Fusion
Análise
Pokémon
Ultra Sun & Ultra Moon
27 de novembro de 2017
Revisão e edição por Renan Greca.

Pokémon Ultra Sun e Pokémon Ultra Moon foram lançados no dia 17 de novembro de 2017, um pouco mais de um ano após o lançamento de Pokémon Sun e Moon. Porém, enquanto alguns jogadores podem esperar uma continuação direta dos jogos do ano passado, como foi com Pokémon Black 2 e White 2, as versões Ultra tratam-se de uma história alternativa de seus antecessores, o que foi deixado claro pela campanha de marketing.

Voltar a Alola é, de certa forma, um exercício à nossa memória, trazendo lembranças dos melhores e piores momentos da sétima geração da franquia. A promessa de uma experiência superior só começa a ser cumprida a partir da terceira ilha; até então, as mudanças são sutis. Alguns personagens são adicionados e alguns Pokémon antigos aparecem na Pokédex, mas as maiores mudanças só aparecem perto e depois do final da campanha.

Entre as mudanças e melhorias, devemos destacar a Rotom Dex, que recebeu a função Roto Loto e agora pode fornecer melhorias  durante as batalhas, como recuperação de HP e boost de experiência. São habilidades bem úteis que lembram os O-Powers das versões X, Y, Omega Ruby e Alpha Sapphire. Porém, a Rotom Dex ficou mais chata, pois tenta interagir com o jogador a todo momento, ainda mais do que em Sun e Moon.

Os ginásios continuam ausentes, com a exceção do Kantonian Gym em Malie City, que imita o ginásio de Lt. Surge nas gerações 1 e 2 (mas sem o puzzle) e pode ser desafiado diariamente. Os trials retornam nestas versões com poucas mudanças. Sinto que a Game Freak poderia ter adicionado quebra-cabeças e desafios mais elaborados, para dar uma sensação de importância mais palpável. No fim, ainda temos que derrotar o Totem Pokémon, que funciona como chefe do trial. Apesar da intenção de se afastar dos ginásios, não ficou tão diferente e dá a impressão de que havia mais a ser feito com essa ideia.

A caça às Zygarde Cells/Cores está de fora, dando espaço a uma caça a adesivos. Ao entregar esses adesivos ao Professor Samson Oak, ele presenteia o jogador com Totem Pokémon (os chefes dos trials). O Poké Ride também sofreu modificações, incluindo surfar com o Mantine em um mini game bacana e poder viajar nos Ultra Wormholes com o Ultra Warp Ride. É bacana conhecer as dimensões únicas de cada Ultra Beast, mas é triste que outros lendários não tiveram o mesmo capricho. Falando nelas, há três novas Ultra Beasts no jogo (ou quatro, considerando que uma pode evoluir). Esse aumento no número de monstrinhos à Pokédex é realmente algo inédito em jogos da mesma geração. Também há novas formas de Pokémon existentes e novos Z-Moves, mas nenhuma nova Alolan Form de Pokémon das gerações passadas.

Outra mudança importante é nas SOS Battles, um aspecto bastante criticado do jogo original por ser chato e frustrante. Em Ultra Sun e Ultra Moon, Pokémon selvagens só chamam ajuda uma vez por batalha, a não ser que o jogador use o item Adrenaline Orb. O modo fotografia recebeu a opção de fazer poses com seus Pokémon, que pode ser interessante mas é algo bem opcional.

Já o Festival Plaza continua sendo o ponto de encontro online dos treinadores no jogo (para a tristeza de muitos), e inclui a adição do Battle Agency, onde podemos “alugar” Pokémon para batalhas, similar à Battle Factory de Hoenn e Sinnoh. A diferença é que você deve escolher um Pokémon e outros dois jogadores, recrutados conforme suas interações no Plaza, escolhem outros, então quanto melhor forem suas interações, melhores são suas opções de Pokémon.

O post game mantém a Battle Tree, que não sofreu mudanças além da adição da Lillie, mas há a inclusão de um novo trecho de história no qual enfrentamos a nova Equipe Rocket com os principais vilões de cada geração. Cada vilão tem suas motivações originais exploradas novamente, pois pertencem a uma realidade na qual os protagonistas de cada jogo não impediram seus planos maléficos. É uma parte curta do jogo, porém bem divertida e nostálgica para os jogadores de longa data. Apesar disso, o post game ainda parece fraco quando comparado aos de outros jogos da série.

Há uma certa melhoria e mais polimento no visual do jogo, mas alguns problemas permanecem. Nas batalhas um contra um, o desempenho do jogo é estável, mas, quando há mais de dois Pokémon na tela, a queda na taxa de quadros é notável. Isso sem contar que o uso da funcionalidade 3D continua pífio. Pelo menos, o mapa de Alola é bastante agradável, sem áreas forçadas, e os menus do jogo também foram aprimorados. A trilha sonora continua excelente, com adições de novos remixes.

Pokémon Ultra Sun e Pokémon Ultra Moon são as versões definitivas de Pokémon para o 3DS. Porém, quem já jogou Sun ou Moon pode se sentir enganado pelo fato dos novos jogos serem apenas aprimoramentos dos anteriores (algo que não acontece desde Pokémon Platinum em 2009). O preço continua sendo de um lançamento (ou podemos dizer que a Game Freak nos vendeu um protótipo jogo por preço integral ano passado?), que deixa de fazer sentido quando consideramos que essas adições e melhorias poderiam ter sido lançadas como atualizações de DLCs para Sun e Moon. Eu recomendo Ultra Sun e Ultra Moon para os jogadores que ainda não exploraram Alola e para os jogadores competitivos (pois muitos Pokémon receberam novos golpes). Se você não liga para o competitivo, quer apenas aproveitar a história do jogo e já jogou Sun ou Moon, estas novas versões provavelmente não são o melhor uso do seu tempo e dinheiro.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm