Análise: BROK: The Investigator - Neo Fusion
Análise
BROK: The Investigator
1 de março de 2023
Testamos BROK em sua versão de PS5 a partir de código cedido pela Cowcat Games

Auto-proclamado primeiro Punch and Click da história, BROK: The Investigator reúne em sua campanha a estrutura de point and click com as batalhas de um jogo de porradaria no estilo beat’em up. Acompanhamos o protagonista cuja nome dá o título ao jogo e seu filho agregado Graff em dois cenários que vão dialogando e se complementando ao longo da jornada. Brok é um detetive particular e engaja com mistérios e depois uma investigação oficial, enquanto Graff está em uma escola especial tentando conseguir um passe para viver na área nobre desta cidade.

A região é bastante segregada, enquanto os ricos vivem em um domo para protegê-los o máximo possível da extrema poluição, as pessoas do lado de fora residem em povoados que cresceram em cima dos edifícios da cidade que existia antes, expostas à poluição e com muita pobreza por ali. Em contrapartida, a galera do domo está em um local mais organizado e avançado, com um número bem substancial de robôs e automâtos ajudando nos afazeres da cidade.

Ora, uma das primeiras missões paralelas é tentar conseguir remédio para um morador de rua que vive perto da casa de Brok e Graff. Tal objetivo pode ou não ser completado, colocando tanto a consequência séria da impossibilidade de ajudar, quanto uma das bases do jogo: algumas coisas podem ou não acontecer, em muitos momentos de uma forma ou de outra.

Brok e Graff conversando em casa no jogo BROK: The Investigator

Em termos gerais, BROK: The Investigator é mais uma aventura de coletar itens e resolver quebra-cabeças com estes e interação com personagens. Ou seja, a maior parte do tempo estamos jogando um point-and-click, mas existem muitos trechos em que a parte de briga vai ser necessária, seja pelos inimigos partirem pra cima, seja por escolha de quem joga, seja incluvise utilizando os controles de beat’em’up para resolver puzzles.

É muito simples alternar entre os modos, basta apertar o botão triângulo (no caso do PlayStation). No modo detetive Brok e Graff podem coletar itens e interagir com o cenário a partir do “clique”, enquanto no modo de briga podemos pular e aplicar os combos. Pular ajuda a subir em determinados locais e resolver alguns problemas. Bater em alguma coisa também pode ser útil para determinados objetivos: pegando um exemplo bem do começo do jogo, em nossas mensagens temos o código do apartamento de um cliente, mas se nem vermos isso é possível arregaçar na porrada o painel e entrar de qualquer jeito.

Brok brigando nos esgotos. BROK: The Investigator

Também é rápido alternar entre os dois personagens a partir do toque no touchpad. Na maior parte dos capítulos precisamos jogar um cenário com cada um, ao fim do trecho de um deles apenas o outro personagem estará disponível até chegarmos num novo capítulo. Não existe tanta interação em termos de puzzles que conversem os dois cenários. Do ponto de vista da briga, Brok é mais pesado e forte enquanto Graff é mais ágil, mas no geral os combos funcionam da mesma forma.

Se destaca a forma como o jogo dá a quem joga a chance de escolher como resolver certos problemas e obstáculos. Em alguns momentos podemos optar por uma abordagem mais honesta ou sabotadora, para pegar um exemplo, e a partir daí a solução para o problema será diferente. Claramente há um esforço do game em propor atrativos para campanhas sequentes, inclusive pelo fato do jogo ter um bom punhado de finais, e é positivo que diferentes possibildiades já na campanha apareçam.

Brok dentro do domo

Os finais se conectam de forma bem interessante aos diferentes momentos da campanha, algumas escolhas e consequências dos capítulos anteriores. Dialogando com sistemas de jogo, inclusive. Enquanto os trechos de briga não são lá de muito destaque, eles nunca chegam a ser enfadonhas e há diferentes chefes para dar variedade. O mais legal, para mim, é ver a inclusão dos controles do modo de briga na possibilidade de resolver os puzzles que nossa cabeça associaria mais ao modo detetive apenas.

Os personagens e quebra-cabeças vão mais pelo lado do humor, com alguns momentos bem espirituosos. Um dos trechos em que precisamos entrar num determinado bar se pauta em um piada e situação irreverente, para dizer o mínimo. A atuação vocal do jogo é condizente, assim como a localização do texto para português (embora existam problemas, no geral o jogador está bem situado pelo texto).

Puzzle em Brok: The Investigator

O jogo também traz alguns puzzles diferentes ao longo da campanha.

Houveram poucos bugs e momentos de travamento do movimento do personagem, mas era possível resolver ao alternar rapidamente de protagonista. Quando isso não foi possível, um breve reset me trouxe de volta ao ponto. De qualquer forma, a versão para os consoles está funcionando bem e o jogo também vai muito bem no controle mesmo no modo detetive.

BROK: The Investigator acerta ao unir point and click com beat'em up sem esquecer dos possíveis diálogos entre os dois "modos de jogo". O mundo é interessante, bem como os mistérios e casos abordados por Brok. As tarefas da escola de Graff também propiciam bons quebra-cabeças. No geral, o título é interessante e engajante, e por mais que os quebra-cabeças se sobressaiam em relação aos momentos de pancadaria pura, é bem divertido ver esses dois mundos se conectarem da forma que acontece aqui.

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm