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Resident Evil 4
10 de março de 2023

Pouco mais de 18 anos desde seu lançamento original, Resident Evil 4 está ganhando um remake pelas mãos da equipe que criou o revigorante e atormentador Resident Evil 2 (2019). Também desenvolvido na já consolidada RE Engine, a nova abordagem à aventura solo de Leon S. Kennedy vem arrancando suspiros do público a cada novo trailer. Com a empolgação nas alturas, nada mais justo que testar com as próprias mãos, não é mesmo?

Ontem, após uma apresentação digital sediada pela Capcom ao público, tivemos a confirmação de uma versão demonstrativa do remake de Resident Evil 4. Como alguém que havia se resguardado de todo e qualquer trailer do jogo, darei minhas impressões com base apenas no que me chamou a atenção durante as duas jogatinas finalizadas. Se você acompanhou o material de divulgação do jogo ou está a par de entrevistas sobre seu desenvolvimento, já adianto que talvez encontre materiais mais profundos em outros autores e sites.

Ação ou terror?

Apesar de ser incontestavelmente um jogo importantíssimo para a indústria dos games como um todo no ano de 2005, Resident Evil 4 dividiu o público. Além de ter sido exclusivo ao Nintendo GameCube por algum tempo, o quarto jogo numerado da série de survival horror da Capcom pegava mais carona no gênero “ação galhofa” do que no terror propriamente dito. Isso parece mudar consideravelmente no remake de 2023.

Sinto que o uso da RE Engine é um ponto alto desses primeiros 15 minutos de jogo. As cenas são escuras o suficiente para criar tensão, mas não demais a ponto de nos dificultar a visão. Os elementos do cenário me chamaram bastante a atenção pelos detalhes viscerais e apodrecidos. Diria que, pelo menos nesse primeiro momento, o jogo traz um nível de detalhamento “grotesco” à la Resident Evil VII: Biohazard — e de forma alguma isso é uma crítica, que fique claro!

A tensão aumenta quando percebemos que, assim como nos outros remakes recentes da franquia, a equipe de desenvolvimento quis propor caminhos levemente diferentes do jogo original. É bem provável que este seja o remake moderno da franquia que mais se assemelhará a sua inspiração, mas mesmo assim já podemos perceber que a intenção é criar sobre o original e não apenas replicá-lo. Portanto, creio que até quem respira o Resident Evil 4 de 2005 irá se chocar com algumas surpresas.

Jogabilidade redesenhada

Com o sucesso dos últimos remakes de RE, era mais do que natural seguir a fórmula de tiro em terceira pessoa. Porém, algumas novidades me chamaram bastante a atenção. Em primeiro lugar, é preciso falar sobre a faca: ela é um item consumível. Quanto mais crítico e reativo for o seu uso, maior será seu desgaste. É possível aparar e defletir golpes de armas brancas dos inimigos pressionando o botão de equipar a faca pouco antes de Leon se atingido, abrindo uma janela de vantagem considerável para atacá-lo de volta. Esse elemento pode ser personalizado por meio de um menu de acessibilidade para que um botão apareça logo antes da investida e facilite o combate.

Ao se agachar, Leon pode passar por locais mais estreitos e também abordar inimigos sorrateiramente. A faca também entra na jogada: é possível executar um inimigo sem recorrer ao estardalhaço dos disparos ou às múltiplas facadas pela frente. O desgaste da faca nesse caso é bem menor — e, como sempre, é uma ótima maneira de economizar munições nas primeiras horas de jogo.

Os Ganados (vulgo “zumbis”) presentes nessa primeira parte do Vilarejo continuam icônicos como no original, proferindo ofensas e ameaçando verbalmente em espanhol o forasteiro americano. Sua movimentação não parece diferir tanto quando comparada a dos zumbis presentes em Resident Evil 3, mas os rostos parecem infectados de uma forma mais “hipnótica”. Afinal, estamos falando de Las Plagas e não mais do G-Virus que atingiu Raccoon City em 1998. Só nos resta saber como os outros tipos de inimigo ao longo do jogo se comportarão — e se algumas aberrações nos surpreenderão pelo design ou dificuldade.


Resident Evil 4 chegará ao PS4, PS5, Xbox Series e Steam em breve — mais precisamente em 24 de março de 2023. Se você, assim como eu, não aguenta mais esperar para reviver (ou viver pela primeira vez) os “perrengues chiques” de Leon e Ashley na Espanha, aproveite para se deleitar com os controles ágeis e a belíssima direção de arte já presentes na versão demo. Como um assíduo fã do jogo original, espero que essa nova abordagem mais aterrorizante e dramática venha para ficar, culminando em uma experiência inesquecível para mim quanto o mais recente Resident Evil Village.

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

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Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm