Análise: Twogether: Project Indigos Chapter 1 - Neo Fusion
Análise
Twogether: Project Indigos
Chapter 1
17 de novembro de 2022
Testamos a versão em um PS5 a partir de cópia cedida pela publicadora via Jaleo PR

Parte do selo PlayStation Talents, que vem publicando jogos produzidos na Espanha, Twogether: Project Indigos é um breve e interessante jogo de puzzle. No universo do game, um grupo de crianças com poderes paranormais começaram a pipocar por aí, e com o tempo uma corporação os descobriu. Capturando aqueles com tais poderes, a empresa então passa a utilizar os infantes como matéria-prima para a produção de farmaceúticos caríssimos capazas de imbuir os ricos clientes com características sobre-humanas.

Alguma coisa dá errado nas instalações da companhia e, similarmente ao que acontece em Portal e The Entropy Centre, restam apenas dois jovens no local. Eles, então, resolvem escapara do espaço abandonado. Sam pode se teleportar para qualquer lugar em que esteja seu cubo de Rubick e Rafi tem poderes cinéticos, movendo objetos com a mente. Estão aí tanto a premissa do enredo quanto as bases mecânicas de Twogether.

Sam e Rafi conversando em Twogether Project Indigos

Do ponto de vista narrativo as coisas são bem simples. Os dois personagens trocam algumas linhas de diálogo para apresentar a situação deles, além disso podemos ver alguns elementos pelos cenários, o mais importante destes na forma de um vídeo explicando alguns caminhos da empresa Hexacell. Para além de uma cena introdutória e outra final, não há muito mais que isso.

Os dois personagens não chegam a ter um desenvolvimento ou um delineamento de suas personalidades, apenas vemos os momentos em que estão se conhecendo a partir de breves trocas. Brevidade, aliás, é o tom da experiência. Intitulado Chapter 1, esta versão de Twogether: Project Indigos é exatamente isso: um primeiro capítulo. Além das trocas e ambientação incial deste universo, as salas de puzzle também são em número enxuto.

Sam utilizando seu poder de teletransporte em Twogether

O game pode ser terminado em uma única, e rápida, sentada. Soma-se a isso o final com um gancho para o próximo trecho do jogo, e Project Indigos causa estranheza em um lançamento que não fecha pontas narrativas ou mecânicas. Positivamente, entretanto, o título traz uma proposta visual bem acabada e mecânicas interessantes de ser brincar em puzzles.

Como Sam arremessa seu cubo para depois se teleportar ao local e Rafi pode mover objetos, o diálogo entre os poderes é o ponto forte do jogo. Para escapar das instalações, os protagonistas devem passar por portas fechadas e através de luzes verdes feitas para desmaiar qualquer um abaiaxo. Sendo assim, a ideia é conseguir chegar do outro lado das barreiras e se proteger, de alguma forma, dessas luzes.

Rafi utilizando seu poder telecinético em Twogether

As salas começam simples e de forma tutorial: aprender os poderes de cada um e as junções básicas. Depois, algumas iterações vão sendo apresentadas, culminando em dois trechos mais complexos, porém ainda assim razoavelmente simples. Um destes trabalha mais com um espaço maior e vertical, pedindo conexão entre as plataformas movidas por Rafi e o alcance do arremesso do cubo de Sam. O segundo ambiente propõe uso em duas etapas de um mesmo bloco “cinético”.

Alterar entre os dois personagens é bem rápido, assim como entender os controles e a dinâmica do jogo. A experiência é direta e descomplicada. Ainda que os puzzles apresentados para tais mecânicas sejam interessantes, é bastante estranho que eles terminem justamente em um ponto de crescimento e desenvolvimento dos desafios. A alcunha “capítulo 1” explica bem isso, mas não deixa de causar um estranhamento.

Twogether é um primeiro momento de uma experiência maior que tem um bom potencial. Com mecânicas simples, mas interessantes, em uma proposta de diálogo entre elas e com os obstáculos, o jogo de quebra-cabeças em salas 3D é agradável, ainda que curto.

Rafi em Twogether: Project Indigos

Twogether: Project Indigos Chapter 1 é um breve jogo de puzzles em ambientes 3D. Bem animado, o título traz boas mecânicas e desafios com potencial limados pelo curto tempo da experiência desta primeira parte.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm