Prévia: Frontier Hunter: Erza's Wheel Of Fortune - Neo Fusion
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Frontier Hunter:
Erza's Wheel Of Fortune
19 de dezembro de 2022

Em uma primeira vista, algumas coisas podem nos gerar uma certa repulsa, mas, no fim, acabam nos surpreendendo positivamente. Frontier Hunter: Erza’s Wheel Of Fortune já desperta uma estranheza pelo seu nome, pois, o jogo anterior do estúdio é o Tower Hunter: Erza’s Trial, tratando-se do mesmo universo. Sendo assim, daria para chamar a série de “Erza”, não é? Colocando a protagonista como elo entre as histórias e o Frontier Hunters sendo o subtítulo.

Depois do impacto do nome, nos deparamos com seu visual em anime, uma série de personagens estereotipados e uma provável tendência de fanservices sexistas, algo que, felizmente, é exceção, tendo em vista o que se espera inicialmente.

Até o momento, Frontier Hunter está em acesso antecipado, essa versão encerra em 30% do seu enredo, porém, segundo os desenvolvedores, o combate e a parte de RPG seguirá com essa base no produto final. O jogo é um metroidvania decente, nos seus altos e baixos durante esse estágio prévio, o sentimento geral que predomina é de que os desenvolvedores ainda não conseguem direcionar suas ideias e esforços de maneira ordenada.

Caçadoras explorando um mundo desconhecido

Frontier Hunter apresenta Erza como uma caçadora lendária, ela está atuando na linha de frente em uma tripulação que está explorando uma região desconhecida do mundo, repleta de segredos e de monstros hostis. O jogo possui uma introdução que o jogador explora a nave, passando por simulações que ensinam o básico da gameplay. Depois a tripulação acaba aterrissando a força na superfície dessa nova região.

Erza não é a única personagem controlável, há outras duas com quem ela que pode alternar, nesse caso, o “game over” ocorre quando todas tiverem suas barras de vida esvaziadas. Na gameplay, há dois botões de ataque e, aproveitando-se isso, as personagens podem equipar armas diferentes.

A animação dos ataques é um ponto forte de Frontier Hunter. A experiência lembra, por vezes, um jogo de luta, pelo modo das personagens executarem golpes que geram combos, além de um ataque especial devastador de cada uma. Cada um desses golpes consome mana. O combate tem seu destaque nas batalhas contra chefes, que ao serem vencidos, alguns deles, liberam habilidades que desbloqueiam a exploração, como o pulo duplo, por exemplo.

No aspecto metroidvania, apesar das áreas serem diferentes entre si e apresentarem conceitos interessantes, no geral, consistem em salas repetitivas e inimigos distribuídos de forma aleatória. Frontier Hunter tem o mesmo estilo visual do Bloodstained: Ritual Of The Night, cenários que tentam ser realistas, mas que criam um certo estranhamento com a estética anime das personagens.

Em algumas salas é possível confundir o que é uma parede ou o elemento do fundo do cenário, talvez na versão final o estúdio aplique um desfoque ou outro efeito que melhore a noção de profundidade.

Ataque especial devastador.

Os elementos de RPG de Frontier Hunter, a princípio, assustam por parecer se tratar de um sistema muito complexo. As personagens têm uma série de atributos que são aprimorados ao evoluir de nível, adquirir novas armas, equipamentos e consumir determinados itens especiais. Outro aspecto de RPG é que o jogo trabalha com poderes elementais, seja os tipos de monstros e seus ataques, como as magias que podem ser utilizadas pelas personagens.

Os monstros, ao serem derrotados, podem dar uma espécie de núcleo, que pode ser encaixado em armas, armaduras ou acessórios. Nesse sistema, cada arma e equipamento possui um grid específico que pode comportar diferentes núcleos de monstros, assim, adicionando melhoria de atributos e outras vantagens para as personagens. Em certo ponto, o ferreiro oferece o serviço de liberar mais espaço nesses grids.

Menu de núcleos de monstros.

Um jogo com ideias, ainda, desconectadas

Os elementos do jogo têm essa interação entre si, mas o jogador não depende deles para seguir sua aventura. Os chefes são as barreiras de dificuldade e com o aumento de nível, troca de equipamentos que aumentam atributos, o jogador ao aprender seus padrões consegue derrota-los. Os inimigos comuns encontrado elas áreas oferecerem risco mínimo, ao menos que a personagem esteja cercada de vários.

Diante disso, os sistemas presentes em Frontier Hunter parecem excessivos e não há uma real motivação para se aprofundar neles. Os núcleos são incentivos para enfrentar os monstros, os materiais para forjar armas e equipamentos são conseguidas ao longo do jogo, tal como os ingredientes para preparar comidas que dão aumentos temporários de atributos. Mas a jornada do jogador é ir destravando caminhos, a partir de chaves e habilidades, mas sem nenhum grande vínculo a mais com o mundo que está explorando.

É possível notar um carinho em desenvolver esse jogo, por isso que seus elementos questionáveis soam como impulsos sem coesão. Ainda que o visual não agrade, existe uma dedicação muito aparente nas suas cutscenes, até em apresentar algumas cenas de ação. Comparado a outros jogos similares, Frontier Hunter surpreende nesse aspecto, porque ele tenta desenvolver esse mundo e os personagens. Porém, ao mesmo tempo, tudo parece artificial durante a gameplay.

Enfim, nos resta saber o que será aprimorado e acrescentado na versão final desse jogo. Pois pela sua proposta, a tendência é haver uma polidez nos sistemas de combate e RPG, enquanto a parte metroidvania ficará em segundo plano, permanecendo a sensação de uma jornada descoordenada.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm