Lista: Momentos marcantes nos jogos em 2022 para a equipe Neo Fusion - Neo Fusion
Lista
Momentos marcantes nos jogos em 2022
para a equipe Neo Fusion
26 de dezembro de 2022

O ano vai chegando ao fim e com isso fortalece-se a oportunidade de refletir em tudo que aconteceu. Para relembrar 2022 nos jogos de diferentes formas, resolvemos não apenas trazer uma lista de melhores jogos do ano na opinião do Neo Fusion (o que publicaremos nesta quinta-feira), mas também rememorar o que de legal e ruim aconteceu neste ciclo cheio de bons videogames.

Hoje, convidamos os membros da equipe para dividirem momentos especiais que rolaram ao jogar este ou aquele game. Tratam-se de situações nas quais nossos redatores se viram engajados emocionalmente com algum título de forma mais destacada. Naturalmente teremos spoilers dos jogos, por isso destacaremos no subtítulo apenas o nome do título em cada tópico, e não o acontecimento em si. Além disso, fugiremos de imagens muito reveladoras.

Para quem jogou tal título ou não se importa com detalhes da trama, fica o convite de ler e ver se tal momento também ressoou com você.

Fernando Gomes – Stray

No início de Stray, nosso amado gatinho laranja acompanha sua trupe em uma passagem cheia de dutos que muito provavelmente alimentava o sistema hídrico da cidade fantasma. Em determinado momento, ao saltar de um cano para outro, ele se desequilibra e cai num grande buraco que leva ao esgoto. O momento é sofrido para nós, jogadores, que não queremos ver nenhum mal acontecendo a qualquer bichinho nos games. Pra quebrar mais o coração, o felino ainda machuca a pata na queda e desmaia. Ali se foi uma de suas vidas.

Gatinho de Stray

Arthur Pieri – Elden Ring

Quem me conhece sabe que a FromSoftware é um dos três estúdios de games que mais gosto. Sendo assim, não é de se surpreender que Elden Ring seja meu jogo do ano. Apesar de ser um jogo com uma narrativa menos expositiva (mais concentrada em lore, por exemplo), é um jogo que consegue nos proporcionar momentos muitos marcantes. Lembro-me da sensação de enfrentar a Rennala pela primeira vez: a música calma de fundo remetia à Maiden Astraea enquanto a estrutura de batalha era praticamente Fool’s Idol novamente, ambos momentos icônicos de Demon’s Souls. Na fase final, porém, o cenário à la Bloodborne e a batalha com um tom de Dark Souls III me encantaram de uma forma como nenhum outro chefe do jogo me encantou.

Da mesma forma, eu entendo perfeitamente por que Elden Ring venceu o prêmio de melhor direção de arte no The Game Awards 2022. Leyndell, capital daquele mundo, é uma localidade fabulosa, imponente e extremamente bem desenhada até mesmo para os padrões de qualidade de Hidetaka Miyazaki e companhia. Passar por corredores estreitos e se esbaldar com uma vista magnífica e extensiva logo no começo desse cenário foi meu momento preferido em 2022.

Chegada em Leyndell, em Elden Ring

Renan Greca – Horizon Chase 2

Moro na Itália há quatro anos, numa cidade pequena e pouco conhecida chamada L’Aquila. Estou chegando ao fim do meu período aqui e, naturalmente, isso gera uma certa nostalgia em relação ao lugar. Quando cheguei à Itália na volta ao mundo de Horizon Chase 2, esperava ver os lugares “clichê” do país, como Roma e Amalfi por exemplo. Fui pego de surpresa pela pista inspirada em Gran Sasso, uma das maiores montanhas do país, cujo nome é também usado pelo instituto de pesquisa onde estudo. O jogo representanta aspectos memoráveis do lugar, como os dois longos túneis, o teleférico usado por esquiadores, e o castelo de Rocca Calascio, despertando uma onda de memórias do meu período na região de Abruzzo.

Pista Gran Sasso, de Horizon Chase 2

Gusta Evan – Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin

Stranger Of Paradise: Final Fantasy Origin é um jogo subestimado. Desenvolvido por uma parceria vinda entre a Square Enix e a Team Ninja, da Koei Tecmo, o jogo possui uma gameplay muito parecida com Nioh, da própria Team Ninja, que tem fortes influências da série Souls. Parece a receita de um sucesso certo, já que os jogos da série Souls estão em altas a anos, Nioh tem uma aceitação grande do público com seus dois jogos recebendo diversos elogios e o mundo rico de uma série com o peso de Final Fantasy sendo usado em um contexto como esse interessou muita gente. Porém, a premissa desse spin off, que parecia uma viagem qualquer do produtor Tetsuya Nomura, conhecido pelas suas excêntricas escolhas de roteiro por fãs da série e da sua criação máxima, Kingdom Hearts, fez com que muitos virarem a cara. Não os culpo, já que a história de um homem raivoso e caricato que persegue o caos e aparenta viver no modo aleatório não é algo a ser levar tão a sério.

Acontece que Stranger Of Paradise acerta em não se levar a sério por boa parte do jogo. Abraçar o absurdo é um de seus grandes acertos durante a sua campanha, que no momento certo se revela como algo muito maior e melhor do que aparenta ser, como na clássica cena do Jack falando “bullshit” e saindo de cena ligando um som. É um risco a ser corrido, claro, mas a ótima gameplay cheia de possibilidades que fazem o combate do jogo algo divertido e profundo, seguram a aventura de Jack com maestria do início ao fim, principalmente se jogada em coop. Seja a forma que escolher jogar, o grande erro aqui e não dar uma chance a esse que pode ser uma das maiores e mais agradáveis surpresas de 2022, assim como foi pra mim.

Jack em Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin

Daniel Coutinho – Xenoblade Chronicles 3

O ciclo de vida e morte que nos é apresentado em Xenoblade Chronicles 3 faz parte da construção de mundo que define as bases da narrativa do jogo. A acomodação que a sociedade de Aionios tem em relação ao sistema onde habitam remove o peso da morte e faz parecer algo natural em um mundo de infinitas guerras e uma breve vida com a chegada do Homecoming. Entretanto, a morte de Mio no final do capítulo 5 nos faz sofrer e o protagonista, habituado com a morte, sofre não só pela perda de uma amiga, mas sim pelo fim da esperança.

Kate Maeda – Elden Ring

Assim como grande parte dos jogadores, me senti impelida a jogar Elden Ring, mesmo não sendo muito fã de jogos souls. Para minha grande surpresa foi nele que tive meus melhores momentos de jogatina de 2022, desde momentos de nervosismo e desespero no temido Radahn, como também na felicidade de uma vitória épica na Malenia em mimha segunda tentativa. Elden Ring foi mais que uma jornada, foi uma experiência surpreendente.

Radhan em Elden Ring

Pedro Vicente – Citizen Sleeper

Na minha primeira campanha do brilhante Citizen Sleeper passei por uns bons bocados. A partir do sistema de jogo envolvendo as habilidades do protagonista, a rolagem de dados e meu pouco acesso à recursos importantes para me manter vivo, precisei ajudar na caça de um dos meus para poder tirar alguns trocados e comprar o caro item para não morrer. Este é um título em que as tramas e linhas que você irá seguir dependem da sua curiosidade e vontade, bem como da forma como realiza ações e coleta recursos. No geral, existem possíveis “missões” para seguir com o enredo, e cabe a quem joga dar foco para esta ou aquela.

Resolvi, então, dar mais peso para a quest envolvendo o trabalhador Lem e sua filha, Mina. Por entre cuidar da garota e crescer dentro da corporação nas docas de construção de um super cruseiro espacial, a relação do nosso Sleeper com os dois vai se desenvolvedo. O fim da campanha propiciado por essa cadeia de missões é dos momentos mais bonitos que vi em jogos: a vida que poderia ter sido ou será passa pela nossa frente descrita em um texto engajante e emotivo, ainda que direto.

Citizen Sleeper

Carlos Strife – God of War Ragnarök

Este ano, em termos de momentos emocionantes em jogos, se resume a Elden Ring e a God of War para mim.
Como meu amigo Arthur já mencionou um dos trechos mais incríveis do grande jogo da FromSoftware, eu optarei por falar de um em God of War que não sai da minha cabeça desde que fechei o jogo em novembro. Trata-se de um arco completo que amarra tanto 2018 quanto Ragnarök e caso você não tenha jogado, pare de ler este parágrafo imediatamente.

Brok é um daqueles personagens que a gente adora por estar no limiar entre ser o tiozão do churrasco e o tio que a gente adora por ser perspicaz em sua boca-sujice. O desenvolvimento de Brok em Ragnarök é digno de personagens que se tornam mais humanizados e tê-lo ao nosso lado quando obtemos a nova arma de Kratos – esta, arma definitiva para chamar de sua – é memorável por si só e é algo que liga ao momento emocionante e inesquecível pra mim, quando Brok é assassinado por Odin, puxando toda uma trama de vingar o ferreiro. E no momento de seu funeral, quando Mimir finalmente soluciona a charada do amigo azul, a punhalada entra mais ainda no peito, marcando esta obra-prima da Santa Monica. Um buraco, afinal, é o que fica maior quanto mais nós removemos.

Brok e Atreus em Ragnarök

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm