Matéria: Street Fighter 6 é ouro tanto para fãs quanto para novatos - Neo Fusion
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Street Fighter 6 é ouro tanto para fãs quanto para novatos
4 de janeiro de 2023

No meio de dezembro de 2023, a Capcom abriu novamente as portas do Beta de Street Fighter 6 – o jogo, com previsão de lançamento somente para junho deste ano, já teve algumas demonstrações públicas, inclusive na Brasil Game Show 2022, e também um beta fechado anterior, que foi o primeiro gosto de muita gente com o título.

A Capcom, assessorada pela TheoGames aqui no Brasil, nos forneceu um código do beta para podermos testar a experiência do jogo nesse momento ainda um tanto distante da versão final – e olha, é bom sair de algo experimental com um gosto tão bom quanto esse.

Online funcional e empolgante

Em geral, como qualquer beta de jogo de luta dos últimos anos, o teste de Street Fighter 6 disponibiliza alguns personagens jogáveis, entre clássicos da franquia e novatos, e um foco em especial na jogatina online – servindo muito mais como uma oportunidade para a Capcom conseguir importantes dados de feedback do multiplayer do que oportunidades de mostrar realmente o título.

Porém, isso não quer dizer que a experiência tenha sido extremamente capada – diria que é justamente o contrário, na verdade. A partir do Battle Hub, único modo disponível no beta, já é possível entender como ocorrerão as interações entre os jogadores, em um curioso mundo que as lutas podem ser acessadas ou por meio de menus, para o modo ranqueado (que me fez passar raiva pela minha infinita falta de habilidade no jogo) como por simpáticas cabines de fliperama espalhadas por todo o mapa.

Os avatares altamente customizáveis também adicionam uma enorme dose de personalidade ao ambiente, me remetendo muito a um MMO praticamente. É curioso, na verdade, já que esse modo como um todo é muito mais a ponte para o jogo de verdade, só que conta com tantos detalhes e atenção que foi díficil não ficar feliz e confortável com ele.

Sentando em uma das cabines de arcade, porém, fui rapidamente lembrado do que estava tendo a oportunidade de testar – rapidamente uma partida online foi encontrada, e meu Ken foi colocado para teste contra o outro Ken de um jogador que, pelo nome, suponho estar jogando na América do Sul também.

Vindo do pouco elogiável online Street Fighter V e com minha experiência anterior na BGS com o teste do novo título sendo em um ambiente offline e totalmente controlado, confesso que um frio na barriga assumiu meu corpo inicialmente – eu já passei muita raiva com problemas de conexão no antecessor, então estava pronto para não ter a melhor experiência possível ali. Memórias pós-traumático, talvez?

Porém, o que presenciei foi muito além do esperado – um dos melhores sistemas de online e rollback que já experimentei em um jogo de luta. Por vezes nas lutas parecia que meu oponente estava ao meu lado, e isso é exatamente o que eu precisava – não passar raiva pelo meu Hadouken feito com soco forte não estar saindo.

Nem tudo é perfeito, obviamente – embora pessoas localizadas em regiões próximas a minha querida São Paulo apresentassem essa conexão fantástica, quanto mais distante mais notável ficava o esforço do jogo em manter a qualidade de conexão – com o rollback muitas vezes fazendo a peleja voltar alguns passos para trás para sincronizar e manter a performance da partida. Não consigo encarar isso como algo ruim, já que acho bem díficil que a internet na próxima década realmente consiga simular 100% do tempo a experiência de um multiplayer presencial, mas confesso que quanto mais competitiva a partida, mais frustrante uma dessas ocorrências era. Ossos do ofício, acho.

Um aceno para a história da franquia Street Fighter 

Quanto ao jogo em si, ao entrar em qualquer partida fica óbvio que os tropos clássicos e esperados de Street Fighter continuam presentes – os comandos de meia-lua estão vivos, Ryu e Ken tem jogabilidades diferentes mas com golpes parecidos, Guile é mais defensivo (e frustrante de lutar contra) e assim por diante.

Ao mesmo tempo, não é necessário passar horas e horas com o para perceber como o ritmo do jogo é outro graças a barra de Drive – a principal mecânica do novo título. De forma resumida, ela serve como uma fonte de energia para que o jogador possa utilizar técnicas que remetem a outros Street Fighter, como o Parry do SF3 ou Focus Attack do SF4, criando um interessante fluxo de partidas em que cada vez mais possibilidades vão ocorrendo e o jogador deve pensar em como reagir à situação sem que fique em uma posição de desvantagem.

Mas enquanto em jogos anteriores a consequência de errar um Focus Attack era não evitar um dano, aqui estamos falando de um recurso finito – e quando a barra de Drive é esgotada, o personagem leva mais dano, perde alguns golpes e fica mais vulnerável nos cantos da tela. É desesperador e uma punição bem interessante para quem acabou abusando dos recursos disponibilizados pelo Drive. 

Dito tudo isso, quais são as impressões das pelejas, em resumo? Excelentes. Sinto que Street Fighter 6 está criando uma estrutura muito confortável e que pode atrair tantos veteranos quanto novatos (esses últimos, em especial, contam com uma opção de controle moderno que não testei, mas que parece uma ótima forma de introduzir eles ao mundo das lutas). 

O mundo dos jogos de luta sempre foi nichado, mas SF6 pode ser uma das oportunidades mais interessantes para quebrar essa barreira – e pelo menos nas impressões iniciais, eu acredito que isso poderá ocorrer. Estou bem ansioso para junho deste ano. 

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm