Engana-se quem acha que somente Final Fantasy, como franquia de RPG oriental, se sustenta há anos. Além da minha favorita, Dragon Quest, existe uma outra que há muito tempo encontra um espaço no mercado para sempre estar na lista de lançamentos de console: Tales Of.
Iniciada em 1995, a história da franquia atravessa boa parte da história dos consoles, e o seu quinto título, Tales of Symphonia, conquistou milhares de pessoas em 2003 ao ser lançado no GameCube.
O título se tornou um dos mais populares da franquia, e com isso ganhou uma remasterização para o PS3 em 2013 e, agora, 20 anos depois do lançamento original, chega também ao Nintendo Switch, PS4 e Xbox One – porém, com uma certa gama de problemas que não podem ser ignorados. Contamos mais a seguir:
Essa versão remasterizada é baseada na de 2013 para PS3 que, por sua vez, não utilizava como origem a versão de GameCube, mas sim a de PS2, que entre várias diferenças tinha como a mais gritante o fato de não rodar a 60FPS, já que o console da Sony era um pouco mais fraco que o cubo da Nintendo (pois é).
Bom, tendo jogado a versão de PS3 e ficado tranquilo com ela há 10 anos, não achei que isso seria um problema – claro que preferiria uma versão a 60FPS cravados, mas como não foi possível, estava satisfeito em só ter acesso ao jogo de maneira portátil.
Com isso, em meu querido Switch, lá estavam todos os tons que eu tanto lembrava de gostar: a aventura em Sylvarant, os tons de crise ecológica que, embora não abordada de maneira tão cyberpunk ou notável como Final Fantasy VII estavam presentes, além dos efeitos do trauma geracional que guerras causam – um prato cheio para fãs de RPGs com profundidade e que aguardam desenvolvimentos fora do comum.
Ao mesmo tempo, todas essas boas intenções e digamos, ambição, da história agora são permeadas por diálogos que talvez o meu eu de 16 anos não tenha achado nada demais, mas agora, após anos na vida adulta e inclusive passando por períodos em que acabei me tornando criticamente mais “chato”, digamos que incomodam.
Isso vai criando uma estrutura bem curiosa em que personagens parecem se expressar com diferentes emoções com um minuto de diferença, e os diálogos, não naturais – dificultando bastante o aproveitamento do jogo e de todo o escopo de sua história. Sendo sincero, fico curioso se isso não é uma questão de tradução, com o original em japonês contando com falas bem diferentes, mas como meu conhecimento na linguagem nipônica se resume a alguns hiragana, por hora não posso confirmar isso.
Possivelmente complicando ainda mais a experiência, temos alguns problemas notáveis na versão do jogo para o Nintendo Switch, que inclusive foi a que testamos. O mais notável deles, sem dúvida, é o enorme tempo de loading entre batalhas e a exploração do mundo, além da taxa de quadro que constantemente fica abaixo dos 30FPS.
Os problemas se tornam significantemente mais impactantes por estarmos falando de um jogo de 20 anos atrás. É esperado que os desenvolvedores criassem uma estrutura funcional para o console moderno, já que em grande parte acredita-se que ele será leve nas configurações atuais de hardware.
De qualquer forma, embora durante todo o período de review eu tenha enfrentado esses problemas, pelo menos a Bandai Namco já sabe da existência deles, prometendo através da conta oficial japonesa do jogo no Twitter arrumar essas questões. Com isso, espero que daqui um ou dois meses possa lançar mais um texto sobre o título comentando como a experiência está melhor e agora sim ele se torna uma forma excelente de experimentar esse clássico.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm