A essa altura, quase todo mês um novo jogo multiplayer online é lançado. E toda vez tenta-se criar uma expectativa de promessa: um jogo que saia da zona de conforto do que os entusiastas do gênero já estão acostumados a dedicar certo tempo de suas vidas. Por sorte, talvez ele tenha o impacto suficiente para viralizar, seja pelo seu lado positivo ou negativo. Mas o que se faz quando ele falha em ambos?
Warlander é um jogo multiplayer online de battle arena (MOBA), cuja distribuição é feita pela conhecida Plaion. O desenvolvimento é por parte da japonesa Toylogic. Lançado há pouco mais de um mês para PC (e chegando para consoles em abril), só se fala em outra coisa na comunidade gamer. Não é por menos: o título infelizmente não reúne forças para se manter estável.
Em sua construção, Warlander é a união de várias ideias. Guerreiros, magos e robôs gigantes partem para um confronto direto em um único mapa. São de duas a cinco nações que tentam completar uma missão: destruir o núcleo principal no castelo do inimigo.
Para isso, cada jogador precisa escolher seu combatente e sair para a conquista territorial ou defesa do seu time, dependendo da sua função. Tais ações demandam certas táticas, algumas que funcionarão e outras não. Mas, a todo momento, elas estão acontecendo nesse vasto campo.
Como ponto de esperança, o jogo se agarra nessas várias referências para tentar entregar algo inovador e diferente dos demais. Tais visões contemplam desde o básico do PvP (Jogador x Jogador), como nos famosos Overwatch, Paladins e uma infinidade de títulos, até habilidades especiais conquistadas em jogo e equipadas para cada tipo de combatente, como o catálogo generoso da franquia Magicka. Além disso, Warlander usa um cenário medieval para apresentar esse universo básico.
Apesar de tudo isso, essa “salada de frutas” não tem um sabor marcante para o jogador. É um daqueles jogos que não são um fiasco nem revolucionários, e acabam sendo arrastados para o campo da neutralidade. Uma experiência neutra, mesmo que todo o seu entusiasmo queira demonstrar algo diferente.
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Detalhando alguns pontos de destaque do título, Warlander consegue criar batalhas de até 100 jogadores simultâneos. Cada equipe é dividida em pequenos grupos, e seus integrantes votam na técnica de confronto e sua missão antes da guerra começar. É um fator interessante para o que ele se propõe.
Ao entrar em campo, o jogador encontra as principais informações que precisa em tela. Há um mapa para ajudar a guiá-lo para a torre de conquista mais próxima. Aliados com missões em comum — atacar tropas, defender o perímetro, proteger o núcleo — se enxergam com marcações especiais. O inimigo aparece com uma cor diferente e esta é a principal referência que se pode ter aqui.
Carroças, canhões, um robô invocado, bestas, arcos e flechas são algumas das armas e ferramentas à disposição. Além disso, ao fim de cada batalha, o jogador ganha pontos e adereços para aprimorar seu personagem. Então, muito da performance em campo depende não só do quão forte é seu guerreiro, mas também do poder dos seus aliados.
Um problema muito evidente em Warlander é a combinação desbalanceada de equipes. Jogadores de níveis muito baixos não se misturam muito com experientes e acabam entrando em conflito contra uma manada deles. Consequentemente, as rodadas são muito “8 ou 80”: uma derrota sofrida ou uma vitória fácil. Com um sistema mais equilibrado, isso seria evitado.
Outra questão é a identidade do jogo que cai um pouco naquele ponto sobre inovação. Com um mapa principal, as escolhas visuais são muito batidas e não ajudam a torná-lo muito especial de fato. Em alguns momentos, são até cinzentas demais. No meu teste, não houve queda de frames, mas alguns jogadores estão reportando isso na página do título na Steam e nas redes.
Vale mencionar novamente que o saldo de Warlander não é tenebroso. Porém, não há muita coisa para se aproveitar a longo prazo. Por ser um jogo gratuito, pode ser que sua comunidade se mantenha engajada por um tempo. A dúvida é, caso não aconteçam atualizações mais interessantes em jogo, até quando isso vai durar.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm