Quando o primeiro Monster Energy Supercross The Official Game saiu em 2018, admito que achei que a franquia não duraria muito tempo – muito mais por ser algo que, imagino, não vende tanto quanto um Moto GP da vida, por exemplo.
Existe um certo charme em estar errado, porém. Durante os últimos seis anos, por mais que os lançamentos sejam anuais, a franquia vem ganhando mais e mais melhorias que justificam sua existência, principalmente em relação ao controle da moto – que cada vez mais se torna uma simulação impressionante ao mesmo tempo que opções variadas de acessibilidade permitam que quem só quer um jogo meio arcade tenha a chance de experimentar o título.
Mas considerando que estamos no sexto jogo da franquia, será que essas mudanças ainda justificam o cofre anual? Tentamos falar um pouco sobre isso em nossa análise, confira:
Monster Energy Supercross The Official Game 6 conta com dois novos modos de jogo em relação aos seus antecessores: o SuperCross Park, uma espécie de mundo aberto em que o jogador tem total liberdade de ficar andando pela pista disponibilizada nele para treinar suas mais variadas manobras de motocross sem as limitações de traçados ou punições (presentes em outros modos); e o Rhytm Attack, que eu quero falar um pouco mais sobre já que, digamos, fui um tanto surpreendido por ele.
Vamos lá. Quando você vê um modo em um jogo com a palavra “Ritmo”, você pensa em algo musical, certo? Bom, é bom lembrar que ritmo também pode ser usado para outras coisas – ritmo de leitura, ritmo narrativo, e assim por diante. Em Monster Energy Supercross, ele está representando muito mais uma forma de manter o jogador ativo nas corridas mais diretas dessa categoria, que não contam com curvas mas sim somente linhas retas em que o jogador mais um adversário competem para ver quem consegue chegar na linha de chegada mais rápido.
É uma corrida mais contida, mas nem por isso menos divertida – sinceramente, acredito que foi a parte que mais me divertiu deste jogo, principalmente pelo fato de lembrar corridas mais “normais” de um Moto GP, por exemplo.
Quanto ao resto do jogo, contamos com o esperado da franquia: um modo carreira interativo e cheio de opções, desde arranjar patrocinadores até discussões de melhorias dos veículos – mas que se torna um tanto exaustivo agora após já ter jogado algumas edições anteriores que já contavam com as mesmas opções disponíveis em suas opções; 80 pilotos da temporada atual da competição patrocinada pelo energético (que, por sinal, recomendo demais o sabor Mango Loco), e um tutorial bem amplo dividido em dez lições em que o corredor Jeremy MCGrath, famoso piloto da categoria, empresta sua voz para ser um interessante professor.
Nisso tudo, temos um jogo de fato divertido, mas que fica em uma corda bamba para quem já jogou os títulos anteriores e não é tão apaixonado por motocross – o que é o meu caso, fazendo com que depois de cinco ou seis horas de jogabilidade eu já estive um tanto quanto cansado dele.
Cogito, porém, que o mesmo não é algo verdadeiro para os verdadeiros apaixonados pelo esporte, que podem encontrar diversão enorme mesmo nessa repetição – eu amo, por exemplo, os jogos de Fórmula 1, mesmo que muito do que foi dito aqui também se encaixe neles.
No fim, temos um título que é mais um resumo do que são os jogos esportivos anuais independente da categoria: empolgantes, interessantes mas principalmente feitos para os amantes daquela competição em específico – uma tendência que já existe a quase tanto tempo quanto os videogames caseiros.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm