Mario é um dos maiores personagens do mundo em questão de reconhecimento, sua silhueta será reconhecida em quase qualquer lugar do planeta. Por isso existia uma grande sede do público por uma nova aventura do herói no cinema, algo que não ocorria desde o filme live action de 1993.
Super Mario Bros. – o filme é a volta do encanador à grande tela e a reverência à série original de jogos é visível do início ao fim. Para alguns isso será o suficiente, e para outros?
A história é básica, funcionando como se fosse um roteiro de um dos jogos da franquia. Bowser ameaça o Reino dos Cogumelos e Mario precisa derrotá-lo para salvar alguém querido. Não existe uma tentativa de reinventar a roda ou fazer algo mais complexo, mas esse pode ser o ideal para quem esperava algo fiel.
O filme começa com várias referências à Nintendo, não só Mario, algumas mais óbvias, outras que são feitas especificamente para fãs mais hardcore. Entretanto, logo isso é restrito quase exclusivamente ao universo de Mario.
Mas o filme não trata essas referências como algo à parte, com a aventura toda passando por cenários, personagens e poderes presentes em vários títulos da série. Aliás, engana-se quem acha que o filme só tem elementos dos jogos mais clássicos e antigos. Há de tudo lá, de Super Mario Bros 3, Mario 64, Galaxy, 3D World. É um mundo conciso com elementos de vários jogos diferentes.
Essa ambientação é um dos pontos mais fortes de Super Mario Bros. – o filme. É como se aquele universo, tanto dos plataformas 2D quanto dos 3D, fosse representado de forma viva na tela. Extremamente colorido e gostoso de ver, visualmente é fantástico.
A música é outro grande destaque, praticamente um álbum das melhores trilhas da franquia, agora rearranjadas para o cinema. É tão bom que os momentos que músicas licenciadas são inseridas ali destoam de uma forma não muito agradável.
O foco em criar um Reino dos Cogumelos fiel faz até o humor ser mais contido em relação a outras animações. Não existem piadas com celebridades reais ou memes, é tudo mais restrito a elementos da série, a ponto de que o humor pode falhar em certas partes para espectadores mais casuais.
Os personagens devem ser um ponto maior de discussão. No geral eles são reconhecíveis e tem trejeitos típicos, embora exagerados para manter um tom mais cômico e criar expectativa de crescimento na história: Mario é mais inseguro do que imaginaria, por exemplo, enquanto Peach é uma personagem muito mais ativa e guerreira do que é originalmente.
Super Mario Bros. – o filme também claramente apela a um público família. Embora as partes de aventura e ação sejam muito mais presentes que na maioria das animações infantis, é claro que crianças conseguirão seguir a história mais simples e se divertir só de ver aquele mundo tão vibrante. A Illumination, estúdio produtor do filme, sabe como atingir esse público.
Mario é o filme baseado em um videogame que talvez mais se assemelhe ao material original em estrutura. O roteiro não enrola e pula continuamente entre cenas de ação e aventura, os personagens quase não param e a movimentação é toda vinda dos jogos, dá até para reconhecer os golpes e as acrobacias específicas.
Super Mario Bros. – o filme tem seus pontos mais fortes e fracos no mesmo lugar. Desde que gostem das caracterizações mais diferentes dos personagens, fãs terão um filme com setpieces divertidas e uma direção de arte e música que honra a franquia. Mas essa simplicidade de roteiro e temas pode incomodar espectadores com menos conhecimento da série, que terão menos momentos de surpresa e reações mais mornas.
É um filme principalmente para famílias e aqueles familiares ao maior herói da Nintendo, que embora não sejam todos, ainda são muitos. É uma história de origem que pode ser uma boa base de impulso para saltos maiores de Mario no cinema.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm