Desenvolvido pela Double Stallion, CONVERGENCE: A League of Legends Story é o mais novo jogo destinado a expandir o universo do MOBA e a apresentar mais detalhes sobre alguns de seus personagens. Nele assumimos o papel do jovem Ekko, que vive na cidade futurística de Zaun e domina alguns gadgets que permitem a ele fazer ligeiras “viagens no tempo”.
Logo nos momentos iniciais do game, descobrimos que uma versão adulta do protagonista voltou do futuro para alertá-lo sobre um acontecimento bastante importante. Agora, cabe a ele trabalhar junto com sua contraparte para evitar que uma fonte de energia estável caia nas mãos erradas e gere um verdadeiro desastre.
Toda essa trama é o pano de fundo para uma aventura 2D com progressão lateral com elementos leves do que se chama de “Metroidvania”. Conforme a trama progride, o protagonista ganha novas habilidades que permitem a ele acessar novas áreas dos cenários pelos quais ele já passou — mas isso não acontece de forma tão intensa ou obrigatória a ponto de podemos considerar esses pequenos retornos algo essencial.
A maior parte de seu tempo em CONVERGENCE vai ser dedicada à exploração de ambientes e a vencer diferentes desafios de plataforma. Essa é sem dúvida a parte mais legal do game, graças a um sistema de controle bastante responsivo que torna muito fácil combinar as diferentes manobras das quais Ekko é capaz.
Em questão de pouco tempo, você vai estar ativando plataformas temporárias, quicando pela parede, fazendo o grind em cordas, andando por placas e pulando de maneira fluída e bastante divertida. O jogo sabe explorar bem as ferramentas que dá ao jogador, aumentando aos poucos a dificuldade de seus obstáculos e fazendo com que nos sintamos realmente hábeis ao chegar em nosso objetivo.
O que não posso elogiar tanto é o combate, embora ele tenha algumas ideias interessantes. Durante a aventura, Ekko vai encontrar adversários com características bastante diferentes, e o segredo para vencê-los vai ser decorar os padrões de ataques de cada um deles. Além de combos que podem ser aprimorados, o herói também conta com um dash que será providencial para escapar da morte.
No entanto, o poder mais importante e útil é o de retroceder ligeiramente o tempo, evitando que escolhas negativas acabem diminuindo sua vida. Enquanto esse recurso está disponível, o jogador é essencialmente invencível — mas esgote ele e tome muito dano, e a tela de Game Over se torna uma certeza.
Embora no papel todos esses elementos me agradem, na prática não consegui curtir muito o combate. Sempre fiquei com a sensação de que os golpes de Ekko carecem de impacto visual e até mesmo sensorial (me certifiquei várias vezes de que a vibração do Dual Sense usado estava ligada, mas ela nunca tinha um feedback realmente satisfatório).
Assim, acabei julgando o combate de CONVERGENCE um elemento meramente funcional, na maior parte do tempo. A exceção são os bons combates com chefes, que trazem estratégias e padrões de ataques diferentes e realmente forçam o jogador a pensar no que está fazendo e como responder a eles. Só queria que eles não fossem acompanhados pelos inimigos comuns, cuja maioria parece somente “bucha de canhão” para adicionar uma das obrigações que o jogo queria cumprir.
Confesso: não sou um grande jogador de League of Legends, e meu maior contato com o MOBA foi durante a fase em que ele ainda estava em seus testes Beta. No entanto, isso não me impediu de desfrutar da trama ou do gameplay do novo game com o selo Riot Forge, embora tenha ficado com a sensação de que alguns atalhos e referências me fugiram por conta disso.
No final de meu tempo com o jogo, a sensação que ficou é a de que Ekko é um personagem legal e com o qual dá para se importar facilmente, mesmo sem saber quais são suas origens. Embora a trama de CONVERGENCE não vá ganhar nenhum Óscar, ela sabe explorar bem o personagem principal e é interessante o bastante para motivar o jogador a progredir.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm