Desde que conheci o gênero Tower Defense, ele se tornou rapidamente um de meus favoritos, graças à sua combinação entre acessibilidade e uma boa dose de estratégia. Com o tempo, jogos do estilo foram ganhando complexidade e ganhando elementos de outros estilos, caminho que Hexguardian intensifica em sua estreia.
Desenvolvido pela Split Second Games, o jogo tem como premissa principal a defesa de um castelo que está sendo invadido por forças inimigas. Para evitar que isso aconteça, você precisa posicionar diferentes defesas nos caminhos seguidos pelos inimigos, garantindo que nenhum deles vai chegar vivo a seu objetivo.
O jogo se diferencia pelo fato de permitir que você tenha muito mais controle sobre as rotas percorridos por seus inimigos. Cada vez que o jogador elimina um alvo, há a chance de obter uma peça para construir uma nova parte do mundo, o que adiciona uma camada estratégica muito gostosa ao game.
Algo que Hexguardian deixa claro muito cedo é que, por melhor que você seja, uma hora você vai acabar sendo derrotado. Ele faz isso ao estipular cedo algumas regras que é preciso saber “manipular” de certa forma para garantir uma maior chance de sobrevivência — quanto mais tempo sobrevivemos, maiores são as recompensas obtidas.
Apesar de a cada turno obtermos peças para montar os cenários, nem sempre elas se encaixam direito nos espaços adjacentes aos portais dos quais adversários podem surgir. Da mesma forma, quando isso acontece nem sempre há a garantia de que o novo caminho criado vai ser benéfico. Afinal, você pode acabar criando rotas que desviam de suas torres ou criam novos portais.
No entanto, deixar essas peças guardadas não é algo sábio, já que elas podem garantir a criação de casas, que geram mais recursos a cada turno. Com tudo isso em mente, aos poucos você começa a montar estratégias de construção que otimizam o uso de exércitos e garantem uma melhor manutenção de recursos.
Hexguardian até mesmo permite que você fecha completamente caminhos, dispensando a necessidade de tê-los que proteger no futuro. No entanto, isso faz com que os soldados, barcos e arqueiros que saem dos demais sejam fortalecidos, então é preciso pensar muito bem antes de tomar qualquer decisão.
Felizmente, o jogo dá tempo de fazer ajustes de última hora e pensar bem no que você quer fazer. A qualquer momento é possível pausar o jogo para construir uma nova torre ou fazer o upgrade daquelas já existentes. Da mesma forma, você pode direcionar os ataques de suas unidades em adversários que sejam considerados prioritários.
Em compensação, não há qualquer maneira de apagar torres construídas, recuperando ao menos parte de seus investimentos — o que aumenta os riscos de posicionar uma erroneamente. Conforme avançamos no jogo, desbloqueamos novos tipos de estruturas e bençãos que aumentam as chances de sobrevivência e garantem sinergias interessantes.
Entre uma fase e outra, Hexguardian permite gastar as moedas adquiridas em suas fases na aquisição de melhorias para estruturas, novas opções de construção e bônus permanente para o ataque, vida e defesa de suas unidades e castelo. A quantidade de escolhas disponíveis é gigantesca, e talvez seja um dos principais problemas do jogo.
Enquanto é possível destravar as primeiras opções após poucas partidas, aquelas mais avançadas exigem uma quantidade obscena de moedas. Ao mesmo tempo em que aumentar a dificuldade do jogo rende recompensas mais altas, em alguns momentos fiquei com a sensação de que me esforcei demais para desbloquear uma vantagem que, na prática, não compensava seu custo.
O título também peca um pouco por parecer apostar demais no quesito “sorte” em algumas fases. Caso você dê o azar de não conseguir boas peças para ampliar seus cenários, é possível se ver rapidamente cercado de inimigos poderosos e sem os recursos necessários para combatê-los — o que só faz com que as coisas pareçam um pouco injustas.
Apesar de poder ser um pouco frustrante em seu sistema de progressão, Hexguardian traz uma mistura de tower defense tradicional com um construtor de mundo que funciona muito bem. Com partidas curtas e muitas estratégias possíveis, o título é daqueles que você acaba acumulando dezenas de horas na base das “partidas rápidas sem compromisso”.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm