Análise: KAKU: Ancient Seal - Neo Fusion
Análise
KAKU: Ancient Seal
9 de agosto de 2024
Jogamos KAKU: Ancient Seal no PC com uma chave fornecida pela BINGOBELL

Desenvolvido e publicado pela BINBOBELL, KAKU: Ancient Seal é um jogo de ação e aventura que conta a história de um jovem pré-histórico que se descobre em meio a uma grande missão. Durante uma caçada aparentemente comum, ele se veio em uma trama que trata da busca pela recuperação de um mundo destruído.

No entanto, essa premissa contrasta bastante com o jogo em si, que mostra suas aventuras de maneira bastante leve. Com visuais cartunescos e inspirações em séries como Zelda, Mario e até mesmo Banjo Kazooie, o título tem algumas arestas a ajustar e nem sempre acerta seu ritmo, mas ainda assim é uma aventura divertida que vale a pena conferir.

KAKU: Ancient Seal mistura combate e exploração

Após uma breve introdução na qual conhecemos os controles básicos de KAKU: Ancient Seal, descobrimos qual é a missão do protagonista. Ele deve viajar por quatro partes de um mundo dividido em busca de soluções para consertar o mundo criado pela misteriosa entidade conhecida como Saga.

Dentro do universo da aventura, seu mundo passou por   uma grande catástrofe há 1 mil anos, que dividiu um mundo que até então era único em quatro locais diferentes. Cada um possui uma temática própria — como gelo, fogo e deserto — e pode ser explorado de forma relativamente livre pelos jogadores.

Quando uso a palavra “relativamente”, me refiro ao fato de que, a cada subárea que acessamos, os inimigos se tornam cada vez mais resistentes e fortes. Com isso, o título acaba sendo uma busca constante por upgrades, que dependem tanto de cristais básicos que obtemos em combate ou ao cumprir missões, quanto de cristais específicos a cada característica.

Há cristais para aumentar o dano físico, o dano de stagger e a resistência do protagonista, entre outras opções. Eles não são raros, mas estão espalhados em depósitos com poucas quantidades presentes em cada fase, então é preciso ficar atento a todos os momentos para coletar o máximo possível deles.

É nesse sentido que vem a comparação entre KAKU: Ancient Seal e Banjo Kazooie. Mais do que objetos opcionais, esses recursos de upgrades são muito importantes para tornar o ritmo do jogo tolerável. Os inimigos e até mesmo chefes não são difíceis e possuem ataques previsíveis — mas, se você não está no nível adequado, sempre vai bater fraco demais neles.

Descobri isso logo no começo do jogo, quando me deparei com uma batalha opcional contra um grande javali. Levei muito pouco tempo para descobrir como sair ileso do confronto, mas ainda assim ele se arrastou por mais de meia hora simplesmente porque os upgrades de combate necessários ainda não haviam sido obtidos.

Com isso, KAKU: Ancient Seal me ensinou que é preciso coletar sempre o máximo possível de recursos e, em ritmo constante, viajar para a dimensão paralela no qual os upgrades podem ser coletados. Por lá, também é possível usar as pedras especiais obtidas em cada mapa para passar por breves desafios de combate, plataformas e puzzles, que rendem mais vida e stamina como recompensa.

Não pense de forma linear

Até mesmo por essa necessidade constante de recursos de upgrade, o jogo é mais bem-aproveitado quando você não pensa nele de forma linear. Quando uma área disponível fica difícil demais, não há problema algum em viajar para outra, cumprir algumas missões dela e, depois de ficar mais forte, retornar a missões anteriores.

Isso estimula a explorar os diferentes cenários criados pela BINBOBELL — todos muito bonitos e com inimigos interessantes — e garante que você não vai se sentir estagnado por não ter o que fazer diante de um desafio. Ao mesmo tempo, as barreiras não naturais impostas pelo jogo podem ser um pouco frustrante, especialmente quando surgem em momentos mais avançados de uma cadeia de objetivos interligados.

Apesar de a estrutura de KAKU: Ancient Seal não ser exatamente original, ele foi criado de forma a sempre ter alguma recompensa ou desafio novo esperando a poucos minutos de distância. Assim, me vi surpreendentemente envolvido pela aventura, mesmo nos momentos em que ela se tornava um pouco repetitiva.

Muito disso aconteceu graças ao carisma do protagonista e de seus companheiros, que se mostravam figuras bastante agradáveis logo de cara. De certa forma, isso até compensou as confusões nativas ao game, que não dedica quase nada de tempo a ensinar coisas básicas, incluindo o funcionamento de seu sistema de upgrades.

KAKU: Ancient Seal vale a pena?

Apesar de nem tudo ser perfeito e KAKU: Ancient Seal falhar em apresentar alguns de seus conceitos básicos, ainda assim me vi dedicando longas horas a ele. Recompensador e carismático, o jogo é daqueles que, embora claramente não tenham um grande orçamento, são feitos com boas intenções e ideias criativas.

KAKU: Ancient Seal

Caso você goste de jogos de ação descompromissados, vale bastante a pena dar atenção para o trabalho da BINGOBELL. Ele pode não ser totalmente inovador ou sempre funcionar perfeitamente, mas o produto apresentado pela empresa é garantia de bons momentos de diversão.

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm