Síntese: JDM - Rise of the Scorpion - Neo Fusion

JDM - Rise of the Scorpion

20 de agosto de 2024

Japanese Drift Master é um jogo indie de corrida que promete entregar uma experiência autêntica da arte do drift nos moldes do que clássicos como Need For Speed Underground faziam nos idos dos anos 2000. Como o jogo completo ainda não está pronto – a data de lançamento mira para algum momento de 2024 – o pessoal da Gaming Factory resolveu lançar o prólogo do game, JDM – Rise of the Scorpion, de maneira totalmente gratuita para as pessoas poderem testar e oferecer feedback.


A ideia de JDM é simples: colocar o jogador no papel de um piloto apaixonado por carros e por corridas de drift e tentar ao máximo fazer a experiência ser autêntica. O Japão é o “berço do drifit” e, por esse motivo, a história do game se passa lá. E sim, eu disse história. JDM não pega só o estilo de gameplay de um Need For Speed da vida, como também procura contextualizar a jornada com uma história no estilo de filmes tipo Velozes e Furiosos, mas com a particularidade de ser contada por meio de mangá.

A intenção por trás dessa escolha está no lugar certo, mas, ao menos julgando pelo prólogo, o texto dos quadrinhos parece bastante genérico, assim como a arte em volta deles. Para algo que tenta emular um mangá, os traços dos personagens e da arte certamente parecem muito mais ocidentais do que nipônicos.

Mas o que realmente importa em JDM não é sua história, mas sim seu gameplay. E, aqui, há alguns acertos e, infelizmente, vários erros. O primeiro grande problema com o game é que, apesar de dizer que um dos controles suportados na Steam é o DualSense, isso não é exatamente verdade. Tentei várias vezes conectar o controle e o game simplesmente não o reconhece logo de cara. Por esse motivo, optei por usar um controle de Xbox mesmo (que, aí sim, é bem plug and play).

O segundo problema é que Rise of the Scorpion não apresenta gráficos de outro mundo… mas certamente faz meu PC (que é bem high end) achar que sim, já que rodá-lo no Alto deixa a performance bem inconsistente. É justo dar um desconto aqui, já que o jogo ainda está em desenvolvimento, mas não dá para não comentar uma vez que outros jogos – mesmo em early access, como Hades 2 – rodam perfeitamente bem na minha máquina.

Questões técnicas e de performance postas de lado, vamos ao jogo em si: Rise of the Scorpion cumpre o papel de ser um prólogo por ser um grande tutorial. Nós somos apresentados ao mapa da cidade (que tem um tamanho razoável) e também coloca uma grande quantidade de missões de aprendizado ao jogador.

Nós participamos de competições ao mesmo tempo que conversamos com “mentores” que procuram aprimorar as habilidades de Hatori (protagonista) ao volante e, obviamente, as nossas como jogador. Os tutoriais em si são bons e cumprem seu papel e as missões de corrida propriamente ditas também dão objetivos claros e manejáveis para um começo de campanha: “basta” conseguir a maior pontuação de drift em cada corrida e vencer seus oponentes para avançar a história.

No meio-tempo, também podemos visitar uma concessionária e uma oficina, a fim de aprimorarmos nosso carro – um modelo não licenciado, mas que claramente parece um 370z da Nissan – e passear pelo mapa ouvindo estações de rádio com músicas de diversos gêneros (e que eu particularmente achei bem ruins)


A grande questão que tenho com o game, no entanto, é a seguinte: JDM parece não encontrar o balanço ideal que ele quer ter. Por um lado, fica claro que o jogo quer trazer um lado simulador, já que tenta explicar vários termos técnicos sobre carros e corrida; por outro, ele quer ser um arcade puro e aí entra o problema da física do jogo, que ainda necessita de trabalho. Em outras palavras, quer ser um “simcade”.

Não me entenda mal. O senso de velocidade do game é bacana e satisfatório, mas o peso do carro, a tração dos pneus e o torque ainda não parecem 100% balanceados e intuitivos, mesmo para um começo de campanha. Torço para que o estúdio ouça a opinião das pessoas e ajuste essa parte, já que é crucial para o sucesso de um game desse tipo, independente da ideia de ser “fácil de entender, mas difícil de dominar”. Um equilíbrio bem dividido entre as duas “metades” do gênero não é algo fácil de alcançar.

No mais… eu não sei se eu gosto exatamente desse mapa. O Japão é um lugar com diversas ruas estreitas e propícias a esse tipo de corridas, mas ainda gostaria de ver maior variedade no cenário e no quão amplas as ruas são.

Há aqui um jogo que tem potencial para ser divertido e, quiçá, memorável. Mas, por ora, ainda precisa de bastante trabalho para se destacar num mar de jogos de corrida excelentes – tanto no espaço AAA quanto no mundo indie. Sei que os desenvolvedores se importam muito com a cultura de drift. Agora é continuar com a mão na massa.

Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm