Confesso que minha antecipação por Super Mario Odyssey estava um pouco fora de controle. A quase todo momento das últimas semanas, eu estava pensando no jogo ou cantarolando “Jump Up, Super Star!”, contando os minutos para a chegada do dia 27. Eu estava com mais hype por esse jogo do que pelo próprio Switch (que acompanhava, é claro, Breath of the Wild).
Talvez isso tenha atrapalhado um pouco meus primeiros minutos com o jogo. Mas também acho que Super Mario Odyssey esconde sua grandiosidade por alguns momentos. As primeiras seções do jogo são relativamente lineares, guiando o jogador pelos objetivos até que ele esteja confortável com os controles e a dinâmica daquele mundo.
Pouco tempo depois, eu estava apaixonado.
É impossível não comparar Super Mario Odyssey com Breath of the Wild. Como ambos foram desenvolvidos praticamente ao mesmo tempo, é muito aparente que eles beberam da mesma fonte, e que um influenciou o outro em uma ou outra coisa. Porém, enquanto Breath of the Wild faz questão de quebrar diversos paradigmas tradicionais da série, Odyssey é mais uma união e celebração de tudo que já foi bom em Mario.
Claramente, em termos de gênero, o jogo segue os passos de Super Mario 64 e Super Mario Sunshine, apresentando uma variedade de mundos abertos cheios de objetivos. A principal diferença de imediato é o escopo: os mundos são relativamente grandes e há dúzias de luas para colecionar em cada um. Porém, diversas das missões para coletar luas mostram também as influências de Super Mario Galaxy e Super Mario 3D World.
Mario está mais ágil do que nunca nesta iteração, esbanjando um portfólio de movimentos amplo. Todos os movimentos clássicos do Nintendo 64 estão presentes, e também há diversos novos para aprender. Complementando isso, é claro, há o poder do seu companheiro-chapéu Cappy: capturar criaturas e objetos para manipulá-los.
Tanto através da variedade de luas quanto nos objetos que podemos capturar, o charme de Odyssey está nas descobertas, assim como em Breath of the Wild. A sensação de pensar “será que eu consigo fazer isso” e descobrir que funciona é frequentemente presente até onde eu joguei. Também é comum esbarrar em novos segredos ao passar por um mesmo local diversas vezes. Às vezes foi a fase que mudou. Às vezes foi o jogador que ficou mais perceptivo.
Como eu disse antes, nada disso é imediatamente aparente. Só fui sentir completamente a sensação de aventura e exploração quando cheguei ao Sand Kingdom. Mas mesmo nele, a vastidão do deserto não se mostra de imediato. Podemos visitar a vila e ir à fortaleza como indica a missão. Eventualmente, descobri que os 16 círculos no canto da minha tela não indicavam quantas luas eu poderia encontrar naquele reino — indicavam apenas quantas eu precisava para progredir.
Nas cinco horas seguintes, eu encontrei 61 luas naquele reino. Foi legal. Novamente bebendo da fonte de Breath of the Wild, em nenhum momento senti que uma lua foi entregue “de bandeja”. Algumas são bastante fáceis de achar, mas as encontrei usando a minha própria intuição. Para as mais difíceis, recorri a dicas que o jogo dá, que ajudam mas também não trivializam a busca.
Parece inevitável querer comparar Odyssey com Breath of the Wild, considerando as circunstâncias de seu lançamento. Por enquanto, acho cedo demais para dizer algo concreto, mas posso dizer que os dois jogos são muito, muito bons. Independentemente dessa discussão, o importante é ter mais um jogo que nos instigam a explorar como há muito tempo não fazíamos.
Nos próximos dias, publicarei minha análise completa de Super Mario Odyssey, na qual entrarei mais a fundo em aspectos técnicos e de design para chegar a um veredito final sobre o título. Fique de olho!
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm