Síntese: Frostpunk - Neo Fusion

Frostpunk

3 de agosto de 2021
Cópia digital para Xbox One fornecida pela 11-Bit.

Jogos de estratégia em tempo real (real-time strategy ou RTS) são historicamente feitos para sessões de múltiplos jogadores. Em Age of Empires ou Civilization, a forma ideal de jogar é juntando um grupo de amigos sob e sincronizando a partida pela rede local ou pela Internet. Partidas podem ser em equipes, ou em modos vale-tudo em que alianças e facções são naturalmente formadas de acordo com as circunstâncias. Frostpunk pega os elementos principais deste gênero e os adapta para um formato single-player, em que o próprio mundo do jogo é hostil aos personagens que o habitam.

Para fazer isso, Frostpunk bebe muito da fonte de outro gênero popular, os roguelikes. A campanha principal do jogo, “A New Home”, pode ser concluída em cerca de duas horas; porém, dificilmente um jogador sobreviverá até lá em sua primeira tentativa. Fracassar faz parte da progressão do jogo e, a cada nova tentativa, nos preparamos usando o conhecimento que adquirimos nas experiências passadas. O jogo também remete a simuladores urbanos como SimCity ou Cities: Skylines, pois devemos considerar cautelosamente a importância de cada edifício construído.

A premissa do jogo é a seguinte: no final do século XIX, o mundo foi atingido por uma enorme tempestade de neve. Para sobreviver, foram construídos geradores, aquecedores gigantes capazes de tornar uma cidade habitável, mas que consomem quantidades enormes de carvão. Controlamos o capitão de um grupo de sobreviventes que encontrou um desses aquecedores desativado e devemos garantir a sobrevivência da população até que o pior da tempestade passe.

Usamos a população de sobreviventes como mão de obra para coletar recursos, construir edifícios, pesquisar novas tecnologias e explorar o mundo para encontrar mais sobreviventes ou recursos. Até aí, tudo bem, mas o jogo frequentemente surpreende o jogador com pedidos dos residentes, quedas de temperatura bruscas, infestações de doenças e protestos daqueles descontentes com a sua gestão. Cada ocorrência pode alterar completamente o rumo do jogo e, muitas vezes, a única forma de lidar com elas adequadamente é se preparando de antemão — e por isso a experiência de sessões anteriores é fundamental.

Além da campanha principal, Frostpunk contém uma variedade de outros cenários, que exploram algumas outras situações naquele mundo alternativo. A edição completa do jogo, que recentemente foi lançada para PS4 e Xbox One, inclui DLCs que expandem ainda mais a variedade de cenários. Por exemplo, podemos comandar uma cidade de engenheiros que dependem de máquinas para coletar recursos, ou podemos trabalhar para construir um gerador antes da chegada do grande inverno. Cada cenário apresenta mecânicas e desafios diferentes, que afeta bastante as prioridades que devemos dar a cada elemento do jogo.

Vale notar que Frostpunk fornece um sistema robusto de ajuste de dificuldade. Independentemente, podemos ajustar a quantidade de recursos coletada e/ou necessitada, a intensidade dos fenômenos climáticos, ou a tolerância da população às tropeçadas de seu líder. Assim, um jogador que não quer tanta tensão (como eu) pode jogar de forma um pouco mais relaxada (mas não tanto!), ou aqueles que querem se aprofundar nas mecânicas podem ser desafiados ao extremo.

Minha maior reclamação é que, na vista aérea do jogo, é muitas vezes difícil de distinguir os diferentes edifícios e saber rapidamente a função de qualquer um. Fora isso, Frostpunk é um jogo extremamente desafiador mas também satisfatório de domar. Cada sessão me manteve preso na TV, sempre querendo ver quais seriam as consequências da minha atual gestão.

Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm