Matéria: Akka Arrh - Neo Fusion
Matéria
Akka Arrh
20 de fevereiro de 2023

Quando falamos de obras perdidas com o passar das décadas ou de lendas urbanas, o mundo dos games certamente não passa despercebido. Com histórias que vão desde cartuchos do jogo ET sendo enterrados no deserto devido ao fracasso e à ruindade do game, creepypastas de Pokémon e Zelda assombrando criancinhas na era da internet, até jogos que jamais existiram mas deram origem a histórias elaboradas e aterrorizantes como Polybius (este rendeu inclusive um excelente episódio do Angry Video Game Nerd), o assunto realmente pode atrair os mais diversos olhares. Foi o que aconteceu com Jeff Minter.

Minter é um desenvolvedor britânico de renome com mais de 40 anos de carreira e uma profunda relação com a Atari. Seus jogos têm uma reputação de serem coloridos, desafiadores e psicodélicos – a psicodelia, aliás, é uma das paixões do cara, ao lado de… caprinos (ele possui várias cabras, ovelhas e até uma lhama em sua fazenda).

Jeff e ovelha
Entre seus jogos podemos destacar Grindrunner, Attack of the Mutant Camels, diversas versões de Tempest e, vejam só, uma versão real de Polybius – com a particularidade de não ser o jogo da lenda urbana, mas sim um trabalho inspirado por ela e com o mesmo nome. Com um currículo desses e um enorme interesse pelo inusitado, não seria nenhuma surpresa ver que Minter e seu estúdio, o Llamasoft, firmaram uma parceria com a Atari para trazer aos dias de hoje e em versão completa e modernizada nada mais nada menos que Akka Arrh.

Para quem não sabe, Akka Arrh era originalmente um protótipo de jogo de fliperama feito por Mike Hally e Dave Ralston para a Atari. O jogo apareceu pela primeira vez numa sessão de testes em 1982, mas foi muito mal recebido pelos jogadores, alegando que o título era extremamente difícil e fazendo com que a Atari desse sinal vermelho ao projeto e focasse em outros jogos. Sendo assim, é de conhecimento dos aficionados pela empresa que apenas 3 máquinas de fliperama de Akka Arrh foram produzidas e o jogo basicamente se perdeu por mais de 30 anos.

Akka Arrh, que é uma brincadeira com as palavras Also Known As Another Ralston Hally production, tem uma premissa de que, por milhares de anos, uma galáxia vivia na mais pura paz devido à ação da “Federação Atariana”. No entanto, tal paz chega ao fim quando o maléfico Jorzon e suas forças a atacam, gerando puro caos e desespero. É aí que entra em ação uma torreta chamada “Sentinela”, utilizando um canhão de uma estrela anciã, a Akka Arrh, encarando a missão de impedir as forças de Jorzon e restaurar a paz.

No game original, os jogadores controlam a Sentinela, fixa no centro da tela e rodeada por um campo octagonal que lembra uma flor. O jogo utilizava um controle de trackball (pense naquelas bolinhas de mouses dos anos 90, só que enorme) para mirar e atirar nos inimigos que rodeiam o campo, num estilo similar a Missile Command (do Atari 2600). É possível aproximar e distanciar o zoom da tela para visualizar tanto inimigos que estão distantes quanto mais próximos da Sentinela e acabar com eles.

Akka Arrh 82
Como essa versão do jogo foi mostrada apenas a um número pequeno de jogadores em 82 e somente 3 máquinas viram a luz do dia, elas se tornaram extremamente raras e valiosas, fazendo quem as possuía não disponibilizar a ROM do jogo na internet. Ou pelo menos era isso até o começo de 2019, quando um usuário do fórum MAMEWorld conhecido como Smitdogg – CEO de um grupo de preservação de jogos de fliperama chamado The Dumping Union – fez o upload de quatro imagens de Akka Arrh no fórum, alegando que o grupo havia recebido a ROM por uma fonte anônima. Finalmente, em abril daquele mesmo ano, foi possível emular aquela versão primitiva do jogo.

Cortando para novembro de 2022, a própria Atari finalmente resolve pôr um ponto final no caso que envolvia Akka Arrh e o disponibiliza oficialmente como parte de sua coleção Atari 50: The Anniversary Celebration, disponível para os consoles modernos e para PC. E é toda essa história que encorajou Jeff Minter a escolher Akka Arrh entre as diversas propriedades da Atari para modernizá-lo e dar uma segunda chance sob o sol.

Akka Arrh projeteis
O Akka Arrh de Jeff Minter é, em concepção, muito fiel ao protótipo de 1982. Nós continuamos controlando uma torreta fixa ao centro da tela – e vale lembrar que a torreta em forma de cabeça de boi -, mas o campo que nos rodeia não é mais necessariamente um octágono que lembra uma flor, mas sim um sem-número de formas geométricas diversas, variando por todas as 50 fases do jogo.

A principal maneira de derrotar os inimigos é utilizando bombas que, por sua vez, desencadeiam ondas de choque que servem para combar e destruir inimigos em sequência. Dessa forma, o jogador não só aumenta um multiplicador de pontos como também consegue munição para a outra forma de ataque: projéteis – que, ao contrário das bombas, são finitos. Esse esquema de bomba-cadeia-de-danos dá uma camada estratégica às arenas de Akka Arrh, uma vez que é possível aprender o padrão de movimento, ataque e comportamento dos inimigos, dando abertura para que uma simples bomba bem colocada não só dê um efeito dominó que elimine todos os inimigos como também faça o jogador pontuar alto. É bem fliperama mesmo.

Uma questão, no entanto, é que chegar nesse nível de maestria de derrotar todos os inimigos com poucos movimentos exige uma grande dedicação ao jogo. É muito mais comum simplesmente acabar jogando várias bombas, às vezes até aleatoriamente,(o que reseta o contador bônus) e alternando com os projéteis num esquema que flerta entre shoot ‘em up, tower defense e quebra-cabeças.

Os inimigos de Akka Arrh têm como objetivo sequestrar ou destruir as cápsulas de energia que alimentam a torreta do jogador. Eles podem descer a escada que leva à fonte da energia da torreta e as levar embora caso o jogador não preste atenção. É sempre importante ficar de olho não só na área externa do campo de batalha como na parte de baixo para interceptar as naves inimigas.

Akka Arrh arena

O grande problema deste novo Akka Arrh, ao menos para mim, é que ele tenta ser… psicodélico demais. O jogo leva bem a sério a ideia de ser uma cacofonia de cores, sons, luzes e efeitos, sendo praticamente um assalto a todos os sentidos. Deve ser assim que o pessoal de Woodstock se sentia ao viajar no ácido. Pode ter sido muito divertido na ocasião, mas eu não tenho tanta certeza de que o seja quando traduzido para videogame.

Os desenvolvedores da Llamasoft sabem que tal exagero nas cores e luzes piscantes não só são um convite à viagem astral como também um potencial perigo para quem sofre de epilepsia, o que fez com que colocassem um modo onde os efeitos de luz são mais “leves”, sem deixar de respeitar a identidade visual do jogo. Foi assim que eu joguei e, apesar de não ter me sentido desconfortável, não diria que foi a coisa mais divertida do mundo – mas pelo menos funciona.

Em termos de acessibilidade, o jogo também adiciona configurações diversas de controle (pode-se usar o touchpad, utilizar apenas um botão para bomba/projétil, botões separados para ambos e os mesmos invertidos), além de dois modos de dificuldade (normal e difícil) e um sistema de retomar o progresso na última fase em que morremos.

A mistura de psicodelia, música viajante, estratégia, quebra-cabeça, shoot ‘em up e tower defense de Akka Arrh é certamente interessante do ponto de vista conceitual. Em termos de jogabilidade e divertimento real, acho que varia muito de jogador para jogador. Eu, em particular, achei a história por trás do projeto todo muito mais fascinante do que o jogo em si – que por vezes pode ser mais frustrante e confuso do que realmente engajante até você pegar o jeito – o que não tira mérito algum do projeto. Jogos assim têm mesmo de existir e ser recuperados na história.

Akka Arrh bomba

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm