Síntese: Patrulha Canina: Super Filhotes Salvam a Baía da Aventura - Neo Fusion

Patrulha Canina: Super Filhotes Salvam a Baía da Aventura

26 de novembro de 2020
Cópia digital da versão de PS4 do jogo gentilmente cedida pela Outright Games

Há algo genuinamente engraçado na maneira como encaramos algumas situações enquanto adultos que gostam de videogames. Da mesma forma que há muita gente empolgada para os novos consoles, eu, no auge dos meus (quase) 27 anos, reagi a um e-mail que promovia o novo jogo da Patrulha Canina da forma mais madura possível: prometendo a mim mesmo que iria atrás de uma cópia para jogar com meu primo de quatro anos de idade. Tendo passado parte da minha infância investido em 102 Dalmatians: Puppies to the Rescue no PlayStation original, achei que esse seria um bom título para dividir momentos divertidos com heróis de quatro patas em boa companhia.

https://twitter.com/tutupieri/status/1325961561148715009

O primeiro passo para poder me sentir mais inserido nesse universo foi jogar PAW Patrol is on a Roll!, localizado como A Patrulha Canina ‘tá com tudo!. Lançado em 2018, a primeira aventura funciona como um jogo de plataforma 2D. O objetivo é coletar os ossos e distintivos espalhados ao longo de estágios lineares. Impedido por obstáculos e adversidades no terreno, é comum pedir ajuda a outro “bichinho” por meio de ações contextuais. O jogo, porém, é simples demais — a ponto de ser fácil até mesmo para crianças muito jovens. Pular e andar da esquerda resumem grande parte do loop de gameplay do jogo, e isso se desdobra de forma pouco interessante até mesmo na diversidade e construção dos ambientes.

Minhas primeiras impressões com Patrulha Canina: Super Filhotes Salvam a Baía da Aventura, lançado há poucos semanas, foram positivas o bastante para me convencer a fazer uma transmissão ao vivo da campanha. Apesar de terem aparecido no jogo de 2018, os protagonistas da série têm um papel mais ativo e visualmente impactante no jogo mais recente, geralmente unindo forças e habilidades distintas para superar os obstáculos e adversidades encontradas pelo caminho. Agora ambientado em cenários 3D, o jogo permite um pouco mais de movimentação e exploração — coletáveis podem ser escondidos em locais exclusivamente visíveis por meio da rotação da câmera. Alguns desafios que exigem um pouco mais de precisão nos pulos podem ser encontrados, mas todos são opcionais.

Os ambientes ganham um pouco mais de significado graças às modelagens e composições estruturais em três dimensões, mas as fases que se sucedem em duas dimensões também tem sua parcela de variedade comparadas às do jogo anterior. A sensação de voar pelos céus na companhia de Skye e de limpar a nave das vias no papel de Everest me remeteu a Crash Bandicoot 3: Warped, que deixou de lado um pouco da monotonia das fases de pular, girar e rastejar para dar espaço a uma pluralidade de meios de locomoção (mesmo que isso tenha significado uma queda na qualidade geral para alguns).

Além dos coletáveis e seções de plataforma, há momentos envolvendo Ryder e seus comandos que alinham ações dos companheiros e companheiras caninos. Ações contextuais e quick time events ilustram os deveres da patrulha canina quando o assunto é salvar o dia. Escorregar por uma tirolesa, mover objetos pesados com uma grua, reconstruir estruturas e até batalhar contra um robô gigante são alguns exemplos desses acontecimentos. Essa característica contrasta bastante com 102 Dalmatians: Puppies to the Rescue, que oferece uma pluralidade de verbos — como farejar, latir e cavar — por meio de controles dedicados.

No fim, é de se pensar que a nostalgia acabou atrapalhando um pouco na hora de colocar o novo jogo da Patrulha Canina na balança. As expectativas eram de uma experiência que se equiparasse ao jogo dos 102 Dálmatas, mas, na realidade, o clássico do PS1 não existe em um vácuo — foi parte essencial da minha infância e moldou minha predileção por esse tipo de jogo collectathon casual. Mesmo que mais limitado na diversidade de conteúdo apresentado, é um dos títulos que facilmente recomendaria a uma criança que está dando seus primeiros passos no mundo dos videogames — especialmente quando pensamos como os controles e ações podem ser tão intuitivos quanto toques em uma tela de smartphone.

Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm