Síntese: The Battle of Polytopia - Neo Fusion

The Battle of Polytopia

17 de outubro de 2022
Cópia digital da versão de Nintendo Switch cedida pela Theogames, representando a Midjiwan.

Jogos de estratégia não são geralmente “minha praia”. Até curto eles a princípio, mas em geral as partidas são longas demais e acabo me cansando deles rapidamente. The Battle of Polytopia traz uma proposta que é, ao mesmo tempo, diferente e familiar para fãs do gênero e busca torná-lo mais acessível a quem prefere sessões mais curtas de jogo.

Isso é conquistado através de um sistema que lembra uma versão simplificada de Civilization com um quê de Advance Wars. É um sistema de estratégia 4X (eXplore, eXpanda, eXtraia e eXtermine) por turnos. Começamos uma partida com apenas uma cidade e um soldado e, aos longos dos turnos, devemos coletar recursos, expandir nossa população, colonizar outros povoados, pesquisar tecnologias, criar rotas de comércio e formar um exército. Mas, ao invés de levar dezenas de horas, a partida padrão dura apenas 30 turnos e é uma corrida para conseguir uma pontuação mais alta — não necessariamente aniquilação dos oponentes.Início de partida em The Battle of Polytopia

Há um tutorial na primeira partida, que explica os conceitos básicos, mas o resto acaba ficando por conta do próprio jogador. O jogo é simples o suficiente para isso ser viável — basta tirar um momento para ler as descrições dos prédios e soldados para ter uma ideia de sua utilidade. Algumas coisas não ficam bem claras e, enfim, é necessário um pouco de tentativa e erro para se entender aspectos mais sutis do jogo.

Apesar desse foco em partidas mais curtas, ainda há a possibilidade de levar o jogo até seu limite ativando o modo de dominação, em que o jogo não acaba até sobrar apenas um jogador. Um mapa pode ter até 900 blocos e comporta até 11 jogadores. Hoje mesmo joguei uma partida com 5 jogadores e me levou umas 3 horas. Admito que mal vi o tempo passar, foi uma experiência bem agradável, mas é justamente o motivo pelo qual eu geralmente evito esse tipo de jogo.

Fim de partida longa em The Battle of Polytopia

É divertido ver a expansão absoluta do seu império mas, tecnicamente, esse modo não é tão interessante. Ao meu ver, quando um jogador atinge uma vantagem considerável, é muito difícil dos outros virarem o jogo. Na partida da imagem acima, houve uma fricção inicial com meu vizinho mais próximo e um acordo de paz com os dois mais distantes. Após a aniquilação de dois oponentes, os acordos de paz foram quebrados e duas facções tentaram unir forças contra mim. Deu um pouco de trabalho, mas àquela altura eu já tinha uma presença pelo mapa inteiro e consegui ir lentamente secando os recursos deles e conquistando suas cidades.

The Battle of Polytopia tem uma base mecânica bacana, mas carece de conteúdo. Há uma boa variedade de facções, mas a única diferença entre elas é qual tecnologia começa pesquisada. Minha impressão, no primeiro tutorial, é que haveria uma campanha nos levando a situações diferentes e objetivos específicos, mas isso não ocorreu. As partidas são livres mesmo, e fica por sua própria vontade jogá-las como quiser.

Fim de partida normal em The Battle of Polytopia

Como o jogo teve sua origem em mobile, é notável que os controles de toque funcionam muito melhor que os botões no Switch. Inclusive, passei meu tempo todo com ele sem os joy-cons, apenas usando o Switch como um tabletzinho. Depois disso, baixei o jogo no iPad para conferir. É certamente mais agradável na tela maior, porém a versão gratuita contém apenas 4 facções e, portanto, restringe o número de oponentes possíveis (as outras devem ser compradas individualmente).  Apesar de perfeitamente funcional nos dois casos, não sei dizer qual eu prefiro. No iPad, a tela maior ajuda muito, mas R$23 por facção adicional é salgado. Por outro, a versão de Switch oferece 8 facções a mais por um preço fixo de R$80 (ou 12 facções por R$160) mas, como jogo de console, o conjunto ainda parece muito raso.

Confira The Battle of Polytopia via Nintendo eShop, Steam, App Store ou Google Play Store.

 

Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm