Desde que Gran Turismo foi lançado para o PS1 anos atrás, os jogos de corrida se dividiram em duas vertentes: os simuladores, onde com o controle do videogame em mãos você joga uma das experiências mais próximas de dirigir um carro de corrida real em termos de física e afins, e os arcades (um termo corrompido com o tempo), todos aqueles que não se encaixam na simulação.
Em 2007, a Codemasters pegou a sua popular série Collin McRae Rally e lançou um spin-off chamado de Dirt. Ainda com certas nuances de simulação, a série era muito mais uma representação dos chamados extreme sports do que do rally propriamente dito. Corridas intensas em climas extremamente perigosos eram a lei, e um controle não tão simulador, mas mais difícil do que da maioria dos outros jogos não-realistas, tornaram a série popular. Na próxima sexta-feira, no mês que fecha a geração do PS4 e Xbox One, será lançado Dirt 5. Será que temos um jogo que vale o investimento nesse grand finale histórico?
O modo carreira de jogos de corrida apresentar história não é nenhuma novidade. Franquias como Need for Speed se vendem por sua vibe totalmente Velozes e Furiosos, então quando fiquei sabendo que Dirt 5 teria história já fiquei pensando em como se encaixaria. Nolan North e Troy Baker dão vida a AJ e Bruno Durond, dois corredores muito famosos. AJ pega você, conhecido como o “novato”, e começa a ser um mentor, trabalhando suas habilidades e personalidade para aos poucos ir conquistando seu lugar no mundo dos esportes extremos e poder disputar uma corrida contra Durond.
Durond não responde positivamente ao novato, e assim cria-se uma relação bem típica do que jornais de esporte normalmente tentam falar entre novato e o vetereno, algo meio Mbappé e Messi após a copa de 2018. É divertido, principalmente pela personalidade de Durond, e traz algo a mais além de só ficar correndo para ser o grande vencedor. Talvez, no fim, eu tenha um fraco por rivalidades, mas não é sobre isso o esporte afinal?
A campanha conta com mais de 70 rotas diferentes em 10 localizações, incluindo nosso Brasil. O clima dinâmico cria experiências interessantes, como tempestades que complicam mais o terreno ou nevascas que acabam com sua visibilidade. O ritmo das corridas sempre é intenso e, caso você saia muito de curso, é só apertar um botão que o jogo recoloca seu carro no curso certo — embora você obviamente seja penalizado contra o relógio em casos como este.
Cada evento permite você usar uma categoria diferente de veículos, te obrigando a ter uma noção básica de todos os tipos até o fim da campanha para conseguir prosperar. Dos famosos speedcars até carros de Rally dos anos 80, as variações de objetivos e de máquinas tornam cada evento uma experiência bem única. Eu, em especial, sofri muito com as corridas no gelo, extremamente complicadas por motivos óbvios — o gelo.
Caso esteja encontrando muita dificuldade em controlar os carros, o jogo conta com a opção de diminuir a dificuldade da carreira e de habilitar assistências na direção. A assistência conta com opções acessíveis, desde mudar a marcha automaticamente até a intensidade cujos pneus do veículo são travados durante a frenagem, podendo fazer com que qualquer jogador adapte sua experiência confortavelmente.
Tivemos acesso a uma cópia de Dirt 5 no período de pré-lançamento. Por isso, embora no PS4 suas capacidades online já estejam abertas, não conseguimos achar corridas online. No modo playground, porém, onde você pode editar pistas e fazer upload das mesmas, já existiam várias opções lançadas por jogadores.
Esse último conta com bastante opções, muitas delas comuns em editores de outros jogos de corrida, mas que aqui ganham um peso a mais ao fazer uso delas com opções de clima dinâmico, gerando fatores de rejogar as pistas algumas vezes para, quem sabe, conseguir uma situação melhor do que aquela tempestade que atrapalha completamente perto da linha de chegada. Porém, as opções disponíveis ainda são limitadas, e o modo irá depender muito de sua comunidade para sobreviver e talvez ser um dos grandes fatores decisivos na hora de Dirt 5 vender seu peixe.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm