Desenvolvido pela CyberConnect 2, Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é uma grande reunião dos melhores aspectos da obra de Hirohiko Araki em forma jogável. O game se trata de uma versão aprimorada do título homônimo (tirando o R) que chegou às lojas em 2013, ganhando melhorias tanto em seu desempenho quanto em sua estrutura.
Se a versão original tinha um sistema de jogo que lembrava muito as soluções de “energia” vista em títulos mobile, isso é deixado totalmente de lado na nova encarnação. Nela, a opção principal passa ser a All-Star Battle, na qual temos a chance de reviver alguns dos principais conflitos de Jojo’s Bizarre Adventure, bem como algumas lutas que nunca chegaram a realmente acontecer (mas não se tornam menos legais por conta disso).
O que mais chama atenção, no entanto, não são os mais de 100 conflitos disponíveis, mas sim a grande variedade de personagens no elenco. O jogo conta com as principais figuras dos oito arcos já publicados do mangá, indo desde Jonathan Joestar (o primeiro Jojo) até Josuke Higashikata 8, que estrela o arco JoJolion.
A lista de figuras secundárias, mas não menos importantes, é imensa, englobando desde personagens como Speedwagon e o violão Dio (em diversas encarnações) até figuras menores, mas não menos importantes, como o cão Iggy. Quem já leu o mangá ou viu o anime certamente vai se encantar com a seleção existente e ficar surpreso com a maneira como cada um dos lutadores foi retratada.
Embora cada um deles compartilhe o mesmo sistema de ataques — com três botões de ação, um de esquiva e outros três dedicados a comandos especiais —, cada um possui uma personalidade própria. Há sim algumas repetições de ideias básicas, mas, seja na movimentação dos lutadores ou em seus ataques especiais, a CyberConnect 2 conseguiu manter as características que acentuam a individualidade de cada opção disponível.
Além de o modo All-Star Battle, a versão atualizada também apresenta um modo Arcade tradicional (com diversos níveis de dificuldade), um Versus local e um modo online que se divide entre partidas casuais e ranqueadas. Todos eles se beneficiam das melhorias gráficas proporcionadas pelas plataformas mais recentes, que resultam em modelos e texturas com uma maior resolução.
No entanto, o maior salto de qualidade que o game proporciona diz respeito a seu desempenho. Enquanto as versões originais para PlayStation 3 e Xbox 360 eram limitadas por uma taxa de 30 quadros por segundo, as atuais rodam a 60 quadros de maneira bastante estável — jogando no Xbox One X, um hardware um tanto limitado atualmente, nunca senti qualquer slowdown ou problema de desempenho.
Infelizmente, o cuidado que a CyberConnect 2 aplicou ao desempenho do jogo não se mantém na infraestrutura do modo online. Mesmo nas partidas em que o game indicou que a qualidade de minha conexão era alta, foi fácil sentir alguns travamentos e momentos nos quais o título não respondia de forma ideal a meus comandos.
Embora isso não fosse necessariamente ajudar a compensar minha falta de habilidade, sai das partidas que participei bastante frustrado por momentos em que sabia que um golpe deveria acertar, mas a escolha por um netcode pouco funcional evitou que isso acontecesse. Como essa era uma situação frequente e imperdoável para um game de luta, acabei tendo que concentrar minha análise principalmente nos aspectos single player de Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R.
Apesar do grave problema da falta de um online competente, confesso que Jojo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R foi um dos games de luta que mais me chamou a atenção recentemente. No entanto, estou incerto se isso se deve meramente a suas qualidades ou fato de que ele sabe aproveitar muito bem o material-fonte de que dispõe — do qual sou fã confesso há alguns anos.
Cada animação, comentário de narrador e gimmick do cenário faz referência direta aos arcos do mangá de maneira a ativar a memória afetiva, o que sempre acontece de maneira eficiente. No entanto, acredito que nenhum game conseguiria sobreviver somente a partir disso, e essa é uma tarefa que o trabalho da CyberConnect 2 cumpre bem: por baixo de suas homenagens, ele esconde um sistema de gameplay fácil de aprender, mais difícil de dominar, e desafios capazes de prender a atenção por dezenas de horas.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm