Análise: LEGO Star Wars: A Saga Skywalker - Neo Fusion
Análise
LEGO Star Wars: A Saga Skywalker
27 de maio de 2022
Cópia digital da versão de PC do jogo cedida pela Warner Bros. Games Brasil.

Uma das principais referências em torno da cultura geek é Star Wars. Não é à toa que a franquia é uma das mais lucrativas e famosas ao redor do mundo, desdobrando o seu verdadeiro império em múltiplas mídias — filmes, séries, livros — que aparecem até hoje. 

Obviamente, Star Wars não ficaria imune às adaptações para os videogames. Já há um tempo razoável, fãs e entusiastas puderam redescobrir e se aventurar nas mais diversas tramas envolvendo as três trilogias, que trazem uma gama de personagens excepcionais, de primeiro ou segundo plano. E como toda franquia tem a sua boa coleção, a TT Games, desenvolvedora oficial dos títulos LEGO, lançou um grande compilado para quem já ama a saga (ou quer conhecê-la de forma mais resumida).

A verdadeira edição para colecionadores

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker reúne as nove histórias contadas nos filmes originais em um único jogo. É possível desbravá-lo desde a jornada de Obi-Wan Kenobi em “A Ameaça Fantasma” até a emancipação de Rey em “A Ascensão Skywalker”. A seleção de episódios é feita logo após o menu principal. 

No primeiro teste do jogador, é possível escolher apenas três histórias: A Ameaça Fantasma, Uma Nova Esperança e O Despertar da Força — ou seja, apenas o início de cada trilogia. Além de possibilitar uma progressão linear nas tramas, o título deixa livre por qual segmento começar. O jogo enumera cada capítulo em ordem de acontecimentos, mas é possível desfrutar das mesmas histórias na ordem de lançamento dos filmes, por exemplo.

Cada jornada possui cinco missões principais, descritas com as missões da história. A todo momento, o jogo sinaliza nos cenários a direção para onde o personagem deve ir e sempre pede permissão para continuar a trama do episódio. Isso porque este jogo é construído como um “mundo aberto”, onde qualquer canto da galáxia pode ser explorado. 

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

Após a conclusão do primeiro capítulo que o jogador escolheu testar, um modo livre é disponibilizado para resolução de missões secundárias ou viagem pelos planetas longínquos. Sua função é garantir que os complecionistas consigam resgatar a platina ao coletar cada peça de colecionável e desbloquear cada nave conhecida por aliados e inimigos.

Tão divertido quanto parece

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

A jogabilidade central não se distancia muito do que já conhecemos na franquia LEGO. O que é realmente inventivo aqui é a possibilidade de revisitar os planetas da galáxia uma vez que a missão principal foi concluída. Não só é reconfortante como convidativo realizar essas viagens. E, claro, ao contrário de outros títulos, aqui o jogador pode batalhar com sabres de luz, pilotar naves e controlar a Força em prol de seu sucesso.

A Saga Skywalker é, na verdade, um jogo bem fácil. É um daqueles jogos para a família repassar o controle em cada fase — ou dividir entre duas pessoas, graças ao multiplayer disponível — e se divertir com a rápida e cômica narrativa. Existe uma central de melhorias na interface do título que facilita ainda mais o processo, aumentando o poder de personagens e habilitando novos mecânicos. Pela proposta simples do jogo, tudo isso acaba nem sendo muito necessário, mas também não o atrapalha de forma alguma.

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

O que poderia ser melhorado no gameplay é a repetição excessiva de alguns objetivos para concluir missões. Os queridos robôs de Star Wars — R2-D2, C-3PO e BB-8 — compartilham da mesma função principal: desbloquear passagens e destravar mecanismos de proteção e defesa. Conforme o jogador atravessa os nove capítulos, esses métodos acabam ficando ultrapassados, ainda mais que a dificuldade de cada puzzle não acompanha a progressão da história. É o mesmo esquema de encaixar peças.

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

Outro fator que poderia ser evitado é a quantidade de telas de carregamento para cada ação da trama. Talvez se o jogo permitisse o jogador explorar o universo galáctico depois de completar toda a saga, muito dele seria melhor otimizado. Acaba virando um vício: sair de um ponto para chegar a outro, o jogo pedir permissão para continuar a trama e, então, vem uma tela de carregamento. Apenas em alguns momentos, o título consegue disfarçar, como quando viajamos na velocidade da luz de um planeta a outro e o loading acontece em um túnel azul.

Um ótimo desempenho para uma grandiosa saga

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

Falar de gráficos avançados não vai resumir a diversão que o jogo entrega para seu público, mas vale dizer que aqui eles estão bem sólidos, com paisagens bonitas e personagens bem caracterizados. Seu único ponto baixo é na textura do oceano, que não é dos melhores. 

Por falar em gráficos, o jogo roda muita coisa ao mesmo tempo, visto que, em um único quadro, há momentos em que se observa NPCs interagindo, naves voando e a iluminação mudando conforme o clima. Na cópia que testei para PlayStation 4, o jogo passou por ocasionais quedas de framerate. Felizmente, isso não foi nada vital para a jogatina em questão e nem se alongou para muitos outros episódios.

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

Star Wars é uma franquia recheadíssima de conteúdo. Vê-la através das lentes do LEGO foi um deleite. Quem já ama a saga, especialmente, vai se deparar com uma ótima recapitulação de acontecimentos. O humor casa muito bem com as situações esdrúxulas (algumas até tiram sarro de algumas atitudes dos personagens), o que é um diferencial, com certeza. Para os brasileiros, o jogo está totalmente dublado e legendado em português. Mais um acerto. Ah, e o meu episódio favorito de jogar foi o V, O Império Contra-Ataca.

Em mais um ótimo lançamento, LEGO Star Wars: A Saga Skywalker consegue unir a essência da franquia com a estrutura irônica e descarada dos pequenos bonecos montáveis. Uma jornada divertida, engraçada, nostálgica e que traduz bem as histórias que fizeram de Star Wars uma grande referência para a cultura pop como ela é até hoje.

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Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm