Análise: Planet of Lana - Neo Fusion
Análise
Planet of Lana
4 de julho de 2023

O gênero de cinematic platformers existe há muito tempo, incluindo títulos como Another World e o primeiro Prince of Persia entre os jogos fundadores do estilo. Apesar disso, não é muito comum ver novos integrantes dele. Apesar de não serem complexos mecanicamente, um bom jogo do gênero deve ser extremamente bem polido em termos de visuais e animações, e ser capaz de contar uma história simplesmente através de seus cenários. Planet of Lana é um exemplo bem-sucedido do estilo, claramente inspirado pela temática extraterrestre de Another World, além de elementos estéticos e mecânicos do cinematic platformer moderno mais conceituado, Inside.

Lana não é o planeta

Nossa protagonista, Lana, habita um pacífico vilarejo em um planeta pitoresco, cujo nome não é citado. Porém, uma invasão de robôs alienígenas captura quase todos do povoado, inclusive Ilo, o amigo mais próximo de Lana. Embarcando em uma aventura para resgatar seus conterrâneos, Lana encontra uma simpática criatura, chamada (pelo que entendi) Olai. Juntos, Lana e Olai atravessam cenários deslumbrantes, porém repletos de robôs tentando capturá-los.

Com diálogos apenas em linguagem alienígena, toda essa história é contada de forma não-verbal, através dos cenários, dos eventos e das interações entre os personagens. É sempre incrível quando um jogo consegue nos fazer simpatizar com seu mundo sem necessariamente explicar por quê e acredito que esse é um dos pontos em que Planet of Lana é bem-sucedido.

Ao longo da aventura, que dura apenas algumas horas para nós jogadores, mas que naquele mundo parece levar um ou dois dias, assistimos a relação de Lana e Olai se desenvolvendo à medida que eles precisam de um ao outro para superar determinados obstáculos.

Naturalmente, a arte tem um enorme papel nessa narrativa. Seguindo uma filosofia de “todo quadro é uma pintura”, o jogo apresenta visuais impecáveis na maioria das situações, com as cores e efeitos de luz em particular chamando a atenção. Mas, além disso, o compositor Takeshi Furukawa, conhecido por seu trabalho em The Last Guardian, deixa sua contribuição. A trilha sonora também cumpre um papel narrativo, pois determinadas melodias recorrem ao longo da jornada, nos remetendo a determinados momentos do jogo e, em alguns casos, servindo como dica para a resolução de algum puzzle.

As aventuras de Lana e Olai

Os quebra-cabeças de Planet of Lana não são particularmente fora da caixa, mas são geralmente elementos satisfatórios da jornada. A presença de Olai é crucial, pois saber posicioná-lo e chamá-lo corretamente dá uma dinâmica quase “co-op com si próprio” às situações.

A maioria desses cenários têm soluções relativamente simples, mas ocasionalmente o jogador se deparará com algo mais complexo, devendo então considerar com cuidado qual é a função de cada elemento apresentado em tela. Geralmente a solução consiste apenas em arranjar esses elementos de uma certa maneira, mas também podem requerir um pouco de destreza e velocidade do jogador.

Para mim, a movimentação da personagem parece um pouquinho lenta, fazendo o jogo às vezes parecer pesado e não responsivo. Mas também sei que isso faz parte do estilo e que muitas situações são criadas de forma bastante específica ao redor das capacidades do protagonista.

Apesar de não ser tão profundo ou chocante quanto Inside, Planet of Lana não deixa de ter seus momentos memoráveis perto do final do jogo. É uma festa para os olhos e orelhas ao mesmo tempo que agrada por suas mecânicas.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm