O gênero de cinematic platformers existe há muito tempo, incluindo títulos como Another World e o primeiro Prince of Persia entre os jogos fundadores do estilo. Apesar disso, não é muito comum ver novos integrantes dele. Apesar de não serem complexos mecanicamente, um bom jogo do gênero deve ser extremamente bem polido em termos de visuais e animações, e ser capaz de contar uma história simplesmente através de seus cenários. Planet of Lana é um exemplo bem-sucedido do estilo, claramente inspirado pela temática extraterrestre de Another World, além de elementos estéticos e mecânicos do cinematic platformer moderno mais conceituado, Inside.
Nossa protagonista, Lana, habita um pacífico vilarejo em um planeta pitoresco, cujo nome não é citado. Porém, uma invasão de robôs alienígenas captura quase todos do povoado, inclusive Ilo, o amigo mais próximo de Lana. Embarcando em uma aventura para resgatar seus conterrâneos, Lana encontra uma simpática criatura, chamada (pelo que entendi) Olai. Juntos, Lana e Olai atravessam cenários deslumbrantes, porém repletos de robôs tentando capturá-los.
Com diálogos apenas em linguagem alienígena, toda essa história é contada de forma não-verbal, através dos cenários, dos eventos e das interações entre os personagens. É sempre incrível quando um jogo consegue nos fazer simpatizar com seu mundo sem necessariamente explicar por quê e acredito que esse é um dos pontos em que Planet of Lana é bem-sucedido.
Ao longo da aventura, que dura apenas algumas horas para nós jogadores, mas que naquele mundo parece levar um ou dois dias, assistimos a relação de Lana e Olai se desenvolvendo à medida que eles precisam de um ao outro para superar determinados obstáculos.
Naturalmente, a arte tem um enorme papel nessa narrativa. Seguindo uma filosofia de “todo quadro é uma pintura”, o jogo apresenta visuais impecáveis na maioria das situações, com as cores e efeitos de luz em particular chamando a atenção. Mas, além disso, o compositor Takeshi Furukawa, conhecido por seu trabalho em The Last Guardian, deixa sua contribuição. A trilha sonora também cumpre um papel narrativo, pois determinadas melodias recorrem ao longo da jornada, nos remetendo a determinados momentos do jogo e, em alguns casos, servindo como dica para a resolução de algum puzzle.
Os quebra-cabeças de Planet of Lana não são particularmente fora da caixa, mas são geralmente elementos satisfatórios da jornada. A presença de Olai é crucial, pois saber posicioná-lo e chamá-lo corretamente dá uma dinâmica quase “co-op com si próprio” às situações.
A maioria desses cenários têm soluções relativamente simples, mas ocasionalmente o jogador se deparará com algo mais complexo, devendo então considerar com cuidado qual é a função de cada elemento apresentado em tela. Geralmente a solução consiste apenas em arranjar esses elementos de uma certa maneira, mas também podem requerir um pouco de destreza e velocidade do jogador.
Para mim, a movimentação da personagem parece um pouquinho lenta, fazendo o jogo às vezes parecer pesado e não responsivo. Mas também sei que isso faz parte do estilo e que muitas situações são criadas de forma bastante específica ao redor das capacidades do protagonista.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm