Análise: SNK VS. Capcom: The Match of the Millennium - Neo Fusion
Análise
SNK VS. Capcom: The Match of the Millennium
25 de fevereiro de 2021
SNK VS. Capcom: The Match of the Millennium foi fornecido pela SNK para a realização desta análise.

Para quem viveu o tempo em que os jogos de luta estavam no auge (basicamente a década de 1990), a união entre a SNK e a Capcom em um único título foi a realização de um sonho. Após vermos Ryu e Ken lutando contra os X-Men e outros personagens da Marvel, em 1999 vimos pela primeira vez eles enfrentando nomes como Kyo Kusanagi e Iori Yagami.

Se a data parece estranha — afinal, o primeiro Capcom vs. SNK saiu somente no ano 2000 —, é porque a origem desse confronto aconteceu no Neo Geo Pocket Color, plataforma pouco disponível no Ocidente. Agora, graças ao Switch, finalmente podemos voltar ao passado e aproveitar esse primeiro crossover com a versão definitiva de SNK VS. Capcom: The Match of the Millennium.

Tal qual The Last Blade: Beyond the Destiny, a versão que chega ao console da Nintendo é bastante fiel ao material original — com as devidas adaptações gráficas e opções de filtro visuais —, mas tem a vantagem de ser um derivado de jogos criados para plataformas mais “parrudas”. Com isso, o jogo parece ter sido pensado desde o momento para o falecido portátil da SNK, usando ao máximo seu potencial (hoje em dia bastante limitado) para entregar uma experiência bastante divertida.

Mundos colidem

SNK VS. Capcom: The Match of the Millennium traz uma experiência na qual você pode jogar com um único personagem ou como um time de dois lutadores — podendo ou não alternar entre eles durante a luta (você escolhe). Metade do elenco é formada por nomes conhecidos da Capcom e a outra da SNK, sendo a fonte principal as séries The King of Fighters e Street Fighter — mas deixando espaço para nomes como Haohmaru (Samurai Shodown) e Morrigan (Darkstalkers) aparecerem.

SNK vs Capcom

Cada lutador preserva as características e golpes dos games a que pertencem originalmente, com algumas adaptações para o Neo Geo Pocket. Como o portátil só possuía dois botões, chutes e socos não possuem distinções entre impacto fraco, forte ou médio, o que resulta em batalhas com um leque estratégico um pouco mais limitado no que diz respeito ao uso de combos.

Em compensação, golpes especiais ganham um pouco mais de importância, e saber executá-los é bastante importante para causar um bom dano. Mecanicamente o jogo é bastante equilibrado, trazendo algumas opções na execução dos golpes conhecidos como “Super”, que podem tanto seguir a tradicional linha de “poder especial devastador” até permitir a execução de um combo personalizado pelo próprio jogador.

Aprender os comandos básicos é algo fácil e bastante natural se você já tem experiência em games como Street Fighter ou The King of Fighters, e o modo Arcade — no qual você vai passar a maior parte de seu tempo jogando sozinho — propicia uma curva suave de aprendizado. Isso é, até você chegar na dupla de “chefões” formada por M. Bison (ou Vega)  e Geese Howard, que pode ser bastante “apelona” — e que, mesmo assim, não se compara ao desafio do Evil Ryu que vem logo em seguida.

“X1” local

O ponto em que SNK VS. Capcom: The Match of the Millenium peca um pouco é em seu multiplayer. Por mais que seja uma grande vantagem poder jogar partidas locais em um único aparelho (incluindo suporte ao modo “cada um com sua metade de Joy-Com”), o título não traz qualquer suporte ao online.

SNK vs Capcom

Enquanto isso ainda é melhor do que trazer uma opção do tipo mal-feita, faz falta poder jogar com outra pessoa remotamente — ainda mais em tempos de pandemia. Assim, quando você se cansa do modo arcade, o que sobra são opções como Survival, Time Attack e os Mini-Games — que até são legais e ajudam a destravar personagens mais rapidamente, mas não são tão competitivos quanto jogar com uma “pessoa de verdade”.

Hit do passado remasterizado

SNK VS. Capcom: The Match of the Millenium me surpreendeu muito positivamente. Enquanto esperava dele um jogo com “cara do passado”, me deparei com uma experiência com uma cara bastante moderna e que é capaz de fazer frente a muito jogo de luta mais recente — por mais limitado que seu design seja como consequência da plataforma em que o game saiu originalmente.

SNK vs Capcom

Com um modo Arcade bastante competente e Mini-Games divertidos o suficiente para valer ao menos um teste, o título só peca por não trazer recursos online. Mesmo assim, quem gosta de bons jogos de luta — e quer ter a chance de explorar as origens dos crossovers entre SNK e Capcom — tem aqui um prato cheio. Resta esperar que o lançamento motive o retorno dos demais embates entre as franquias da empresa, que se encaixariam perfeitamente bem na biblioteca do Switch.

Leia também

Análise
Dragon’s Dogma 2
POR
9 de abril de 2024
Análise
As Dusk Falls
POR
1 de abril de 2024
Análise
Top Racer Collection
POR
21 de março de 2024

Comentários

[…] No último sábado, 13 de março, completei um ano de isolamento social. Posso contar nos dedos as vezes que saí para resolver alguma pendência obrigatória presencialmente. Pensar que o mundo mudou tanto em 365 dias me causa ansiedade. Mas, pensar como eu mudei, ou deixei de mudar, nesse período me causa mais angústia. Obviamente, não tem sido fácil para ninguém. O que restou, além das adaptações de rotina, foi reaprender a me comunicar de maneira remota. Uma dessas lições foi aprendida por meio de Stardew Valley. […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 18/02/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/previa/valheim/) […]

[…] (Texto publicado no Neo Fusion, em 14/01/2021, disponível no link: http://54.237.89.239/materia/analise/tell-me-why/) […]

[…] a alternativa não é descartada. Até mesmo tivemos uma história inédita do marsupial em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Poderíamos ter uma nova versão futuramente de Crash Bash – o party game da franquia […]

[…] mas também foi possível prestigiar títulos à parte dos cartunescos, como, por exemplo, o novo Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que resgatou a alma de um dos jogos de esporte mais icônicos de sua geração. Embora a origem […]

[…] não sendo tão inovador e debatível quanto Her Story, o título certamente conquista um espaço importante no (já não tão popular) gênero dos […]

Breath of the Wild carater família?

wishlistei

Você sabe me falar se compensa eu comprar esse ou posso jogar o original também, eu tenho o original mas não. Joguei nenhum você pode me ajudar nessa Dúvida de 259 reais kkkk

Incluindo a fonte de meu comentário.: http://www.vgchartz.com/gamedb/games.php?name=just+dance+2018&keyword=&console=&region=All&developer=&publisher=&goty_year=&genre=&boxart=Both&banner=Both&ownership=Both&results=50&order=Sales&showtotalsales=0&showtotalsales=1&showpublisher=0&showpublisher=1&showvgchartzscore=0&showvgchartzscore=1&shownasales=0&showdeveloper=0&showcriticscore=0&showcriticscore=1&showpalsales=0&showreleasedate=0&showreleasedate=1&showuserscore=0&showuserscore=1&showjapansales=0&showlastupdate=0&showlastupdate=1&showothersales=0

O que mais impressiona é que a versão mais vendida deste jogo foi a do Nintendo Switch, seguida da fucking versão de Wii! TEM GENTE COMPRANDO JUSTA DANCE PRA WII EM 218! E vendeu bem mais que no One... Dificilmente um JD 2019 vai ficar de fora do velho de guerra da Nintendo!

<3

Este jogo é fantástico! Muito bom evoluir todos os personagens. Os personagens da 2ª geração ficam ainda mais fortes. Celice, filho de Sigurd, torna-se quase um Deus, o deixei com 80 de HP, o máximo, como outros status que ficaram no seu máximo, mais os itens: Silver Sword, Silver Blade, Power Ring, Speed Ring, Defence Ring, deixando o Celice muito forte e resistente.

Obrigado! Sobre suas dúvidas: 1) Eu não consegui confirmação concreta de quem é o CEO atual da Game Freak. O pouco que descobri apontava para o Satoshi, mas é possível que ele já tenha saído sim. 2) O texto foi escrito em dezembro, antes do anúncio de Bayonetta 3. Como a ideia é lançar um listão assim a cada seis meses, acho que não vale o trabalho ficar atualizando a cada anúncio. Mas se houver demanda, posso fazer.

Belo compendium dos estúdios da Nintendo e afiliados! Só tenho duas dúvidas: 1- O Satoshi ainda é CEO da Game Freak? Pensei que ele já tinha se afastado. 2- A Platinum não está fazendo Bayonetta 3 agora?

Que bacana, o jogo parece bem legal. Só não compro porque larguei rápido o último jogo do tipo que peguei (Animal Crossing: New Leaf)

O Zelda mais zeldoso de todos

Esse é jogo é O Zelda?

Valeu :)

Realmente é algo incrível, parece até informação secreta kkkkkkk, ótimo post.

Analise justíssima, parabéns Renan! Na minha opinião, por mais que Pocket Camp seja inegávelmente a experiência mobile da Nintendo mais próxima que tivemos da “versão console”, é desnecessariamente repetitivo, incompleto e enjoativo. Além do gameplay lento (como citado na análise), não existem grandes recompensas pela progressão no jogo além de novos personagens e móveis pra construir. No fim, Pocket Camp é apenas (o pior de) New Leaf adaptado para smartphones, com 10% das funcionalidades e mecânicas free-to-play. Talvez uma atualização dê alguma tapeada na repetitividade excessiva, mas teriam que mudar tanto o jogo que nem sei se vale a pena.

Não joguei esse Zelda ainda, por isso não posso fazer comentários sobre o jogo mas sei que a Nintendo sempre capricha nos seus jogos e usa artificios muito elaborados até para as coisas mais simples, certa vez na internet achei um vídeo relacionando o construtivismo de Vygotsky com o jogo super Mario...por fim estou gostando dessa abordagem mais técnica dos jogos, sai um pouco do padrão da internet

É um openworld, no dois vc começa adolescente e vai envelhecendo, as cicatrizes permanecem, vc pode comprar casa e casar nas diferentes cidades... no terceiro muda mas as decisões são fodas, por exemplo vc procura apoio da população de uma vila pra dar o golpe no seu irmão, então vc promete uma ponte pra cidade, depois do golpe vc tem escolher entre construir a ponte e aumentar o exército da sua nação contra o inimigo do jogo ..daí sua escolha muda tudo

Eu ouvi muito de Fable na época pré-lançamento dele, mas não cheguei a jogar. Tinham muitas promessas nesse sentido mesmo, que você ia passar anos na pele do mesmo aventureiro. Ele chega a ser um openworld? E as escolhas geravam caminhos e quests diferentes?

Um jogo bem interessante mas que muita gente não gosta é Fable, vc ter uma vida, fazer escolhas que vão afetar a história é bem interessante, seria bem legal se em Zelda você pudesse desenvolver uma cidade e se tornar herói/prefeito

Rapaz, que texto. A crítica que você fez à premiação do Uncharted bate no ponto certo. As narrativas mais envolventes do universo dos games, pra mim, foram aquelas que exploraram todo o potencial de interatividade que a mídia propõe. Nada contra Uncharted e eu acho que o jogo é brilhante em vários outros aspectos, mas os exemplos citados no texto falam por si só. Enfim, gostei muito. E o site tá lindo, isso aqui é qualidade pura.

Excelente lista! O Switch é uma awesome little indie machine :)

Faltam 2 horas e estou que nem criança imaginando minha reação se eu ganhar.

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm