Um dos gêneros mais famosos na comunidade gamer é o tiro em primeira pessoa (ou FPS, para os mais veteranos). Isso porque não só existe um amplo catálogo disponível com universos bem ricos, como também este é o melhor cenário para a explorar habilidades e, especialmente, desenvolver a competitividade. Nesse sentido, Tom Clancy’s Rainbow Six Siege, da Ubisoft, é um dos maiores representantes do seu nicho, com uma proposta avançada de estratégia e trabalho em equipe. Em 2022, a empresa resolveu ir além com outro lançamento.
Rainbow Six Extraction é um novo jogo da série Tom Clancy’s que une elementos do FPS original em um cenário pós-apocalíptico, tema que vem sendo muito explorado nos últimos tempos. Quase como um “spin-off”, o lançamento convida novos jogadores e fãs de longa data a experimentarem uma versão diferente de Rainbow Six, que traz consigo armas, objetos e inimigos inéditos.
Em sua premissa, Rainbow Six Extraction apresenta um mundo onde as civilizações foram destinadas à ruína após uma espécie de “cápsula” alienígena atingir a Terra e espalhar um organismo altamente contagioso entre as pessoas. Devido ao enorme perigo emergente, três zonas especialmente afetadas foram isoladas nos Estados Unidos: Nova York, São Francisco e Alaska.
Enquanto cientistas buscam maneiras de deter a contaminação global, é formada uma equipe de forças armadas intitulada REACT (ou Rainbow Exogenous Analysis and Containment Team) para ir a esses locais mais devastados coletar amostras, observar o comportamento inimigo e eliminá-lo sempre que possível.
São nessas missões que o jogador entra em ação. Em sua forma mais simples, Extraction é uma combinação de tudo que deu certo no jogo anterior com a adição de um gameplay no estilo Left 4 Dead, em que um grupo de indivíduos armados precisa realizar missões para chegar à próxima etapa.
O novo título pode ser jogado em até três pessoas, com um time formado por amigos ou com o sistema de pareamento online. Cada zona de quarentena contempla três mapas. Conforme as missões são concluídas, a barra de experiência do jogador aumenta de nível e, então, desbloqueia novos cenários. No momento, é possível chegar até o nível 30. Espera-se que a Ubisoft atualize este jogo esporadicamente.
A interface de Extraction é bem intuitiva e mostra tudo que o jogador precisa saber antes de entrar nas áreas infectadas. É possível acessar mais informações sobre inimigos em arquivos que complementam a trama principal. Este não é um jogo de campanha propriamente dito, mas sim um jogo que incentiva a visita constante nos mesmos mapas, seja para realizar missões novas ou para descobrir mais sobre este mundo em crise.
O sistema de combatentes apresenta uma novidade em comparação aos jogos de tiro tradicionais que já conhecemos: um total de 18 integrantes da REACT estão disponíveis para seleção. Cada um traz consigo uma arma e uma habilidade diferentes. Isso estimula a formulação de uma estratégia em equipe para atuar em missão.
Conforme os objetivos são concluídos, os personagens ganham XP e desbloqueiam outros atributos para uso em combate. Existe também o sistema de tecnologias em segunda mão, como granadas e robôs inteligentes, liberados e equipados antes de cada partida.
O que torna esse jogo mais interessante é a rotatividade de personagens entre uma partida e outra. Isso acontece porque, caso o jogador morra durante uma missão, seu operador estará incapaz de ser escolhido na próxima tentativa.
Quando um integrante da REACT é imobilizado, uma capa protetora é ativada para conservar seu corpo da contaminação. Neste momento, podem acontecer duas coisas: seus companheiros de partida resgatam o corpo e o levam de volta para uma das estações de recuo, ou então será necessário resgatar o agente em uma próxima missão. Esse sistema é um dos pontos altos do jogo, que incentiva sempre o teste com um personagem diferente. No fim, isso oferece uma dinâmica mais atrativa e desafiadora.
Em jogo, os participantes podem passar por até três estágios do mapa. A cada fase, os inimigos se tornam mais mortais e oferecem maior risco à missão principal. Se uma missão falha, é possível partir para próxima. Se os jogadores quiserem encerrar a partida antes de completar os três blocos, também é viável.
O sistema de loot em partida também é importante para manter os combatentes firmes, já que a munição é finita e a cura também. Em alguns momentos, o jogo intensifica a dificuldade justamente para testar a capacidade de sobrevivência do jogador.
Os inimigos são divididos em algumas classes, da mais fraca até a mais robusta. Suas habilidades variam de flanqueador até invisibilidade. Até mesmo colmeias alienígenas põem em prova as táticas dos jogadores. É preciso estar atento aos pontos fracos de cada um deles, de maneira direta ou em furtividade. Acertá-los concede bônus de experiência. Do contrário, uma grande horda pode infernizar os participantes.
Em seu período de recém-lançamento, o jogo está rodando bem, na verdade. Os gráficos são bem vívidos e as cores saltam à tela. Os mapas possuem assets bem feitos e com detalhes bem realistas. A experiência em jogo é fluida e agradável. A conexão com outros jogadores é rápida e as telas de carregamento se completam em poucos segundos.
Em gameplay, três pontos poderiam ser melhorados. O primeiro deles é a interação do inimigo NPC com o jogador. Mesmo em um ataque furtivo, os aliens — ou monstros não identificados — não têm os sentidos tão aguçados assim em certos momentos, principalmente o modelo básico de início de jogo. Mesmo de frente, eles parecem entender que o jogador está presente apenas a uma curta distância.
Outro fator é a dificuldade do jogo. Embora iniciantes consigam completar facilmente um setor, o seguinte pode ser bem mais desafiador em um nível um tanto desequilibrado. Afinal, existem jogadores que curtem vivenciar as missões em modo single player. O jogo diz adaptar a dificuldade nesses casos, estando o mapa no modo mais fácil ou não, mas poderia ser um pouco mais certeiro — isso, inclusive, não envolve a questão de “ser ruim” em um tipo de jogo, e sim no balanceamento de seu sistema para não beirar o apelativo.
O último ponto é a repetição excessiva de missões em um mesmo mapa, especialmente no primeiro contato do jogador com o título. Como é necessário revisitar os locais de quarentena diversas vezes, às vezes os objetivos perdem um pouco de seu brilho. No entanto, isso talvez seja o mais simples de resolver, pensando que a Ubisoft deve continuar atualizando o jogo e, quem sabe, trazendo novos desafios para as partidas.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm