Prévia: Humankind - Neo Fusion
Prévia
Humankind
13 de janeiro de 2021
Cópia digital do acesso antecipado (PC) do jogo cedida pela Sega.

Desenvolvido pela Amplitude Studios e distribuído pela SEGA, Humankind é, ao mesmo tempo, uma continuação dos trabalhos anteriores do estúdio e uma mudança significativa de rumo. Até então conhecida por Endless Space, a desenvolvedora agora pretende explorar um cenário mais próximo ao que vivemos, passando desde as origens da humanidade até as eras atuais e seu possível futuro.

Humankind

Como um bom jogo de estratégia 4X (eXplorar, eXpandir, eXtrair e eXterminar), o game parece entender que faz parte de um nicho bastante intimidador de experiências. Até por isso, parte importante da versão de testes a que tivemos acesso antecipado (conhecida como Lucy OpenDev) parece ter se preocupado bastante em oferecer uma experiência inicial mais convidativa.

Sei que é injusto falar sobre um game comparando-o com outro, mas o jeito mais fácil de entender Humankind é pensar na série Sid Meier’s Civilization. No entanto, enquanto os jogos da Firaxis continuam apelando para um público mais hardcore, Humankind parece se preocupar mais em ser convidativo a novatos do gênero — o que não quer dizer que ele não possui suas complexidades.

Complexidade acessível

Nos cenários disponíveis, o jogador sempre começa em um pequeno mapa no qual deve estabelecer uma civilização e decidir quais rumos ela vai tomar. É possível tentar a vitória nos campos militar, cultural ou diplomático (ou misturar um pouco de tudo isso), o que exige explorar novos territórios, decidir pela expansão deles e manobrar bem quais ações tomar (ou não) em relação aos adversários controlados pela IA.

Humankind

Isso tudo só ilustra de forma um tanto artificial o que você vai acabar fazendo no decorrer do jogo. Pesquisas, avanços culturais (inspirados em ações reais), descobertas de maravilhas naturais e pontos com recursos especiais no mapa e a criação e fortalecimento de unidades de combate também se somam à experiência, que exige uma quantidade significativa de memória e planejamento.

Se no ponto da complexidade Humankind parece não se diferenciar tanto assim de Civilization (ou de Endless Space), um pouco em que ele parece levar vantagem é nos tutoriais. Em vez de encher o jogador com uma longa lista de possibilidades e recursos, o jogo é bastante efetivo em exibir telas de dica e sugestões conforme ele avança naturalmente pelo processo de criação e crescimento de sua civilização.

Humankind

Isso não quer dizer que tudo é perfeito: assim como em outros jogos desse estilo, é bem possível que você só perceba que fez algo errado horas após iniciar uma partida. No entanto, o processo de aprendizado aqui se mostra um tanto mais convidativo do que vi em experiências anteriores. Mesmo Civilization VI, que tenta ensinar melhor jogadores novos, ainda tem o obstáculo das “barreiras de texto gigantescas” que ensinam muito, mas não possuem um contexto de quando cada elemento deve ser aplicado — algo que Humankind forneceu dentro da experiência de jogo que tive. Quem já tem experiência com o gênero não deve se preocupar: se você quiser jogar “na raça”, a Amplitude fornece meios fáceis de desligar tutoriais e dicas.

Vontade de “quero mais”

Se me foquei muito na barreira da acessibilidade, é tanto por defeito meu quanto pelas limitações do período de testes. Tive somente poucas horas disponíveis para testar Humankind — o que, admito, é insuficiente para arranhar sequer a superfície do jogo — e o Lucy OpenDev oferecia acesso a uma quantidade bastante limitada de cenários e personalizações da experiência.

Humankind

Considerando esses elementos, posso dizer que a versão de testes cumpre bem seu propósito: mostrar como o jogo se diferencia de suas comparações inevitáveis e deixar um gostinho de “quero mais” em relação a suas mecânicas e promessas. Resta esperar que abril de 2021 chegue logo para que possamos descobrir mais detalhes sobre como o estúdio encaminhou esse projeto ambicioso.

Leia também

Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm