Relato: Dragon Ball FighterZ salvou meu 2020 - Neo Fusion
Relato
Dragon Ball FighterZ salvou meu 2020
20 de janeiro de 2023

Existe uma grande intensidade em jogos de luta, principalmente quando você começa a apreciar o aspecto competitivo deles. Não é necessário saber controlar os personagens de maneira precisa ou utilizar combos complexos para aproveitar, só é necessário ter parceiros de combate.

Dragon Ball FighterZ, jogo lançado em 2018 pela Bandai Namco e com desenvolvimento da veterana em jogos de luta Arc System Works, é um desses títulos – utilizando visuais incríveis que se assemelham extremamente ao anime de origem, junto de uma jogabilidade genial, o título é talvez um dos principais destaques do gênero na última geração. Mas para mim, ele só realmente clicou em 2020 – e explico a razão neste pequeno texto feito para falar sobre o game que agora está disponível nas assinaturas PS Plus Extra e Deluxe.

O Kamehameha que salvou dezenas

Fã de Dragon Ball desde minha infância, peguei FighterZ no exato dia de seu lançamento para PS4. Joguei por cerca de 30 horas ele até que tentei entrar no online e perceber um abismo de habilidade entre eu e qualquer outro jogador presente naquele ambiente – e em vez de me empolgar com o desafio, como bom deprimido que eu era na época, simplesmente deixei o jogo de lado.

O jogo ficou guardado em minha gaveta por quase dois anos e meio, mas durante o período de isolamento social um personagem de DLC para ele acabou reacendendo minha curiosidade – o Goku Ultra Instinct, forma mais recente do Saiyajin apresentada pela primeira vez nos episódios finais do anime Dragon Ball Super.

Antes dele ser lançado, porém, eu pensei que deveria começar a tentar entender um pouco o jogo, e comecei a narrar a aventura no Twitter. Acabou que por conta disso, comecei a conhecer algumas pessoas que hoje, praticamente três anos depois, posso afirmar com facilidade que mudaram minha vida, são parte importante dela e também me ajudaram a sobreviver durante um período em que, preso sobre quatro paredes brancas tentando não me infectar com um vírus, a sanidade começou a virar uma preocupação.

Um jogo muito bonito, sem dúvidas. (Imagem: Reprodução/Bandai Namco)

Tudo começou de maneira simples: sessões noturnas de FighterZ, começando lá pelas 20h e terminando meia-noite. Risadas tímidas ecoavam inicialmente, junto de dicas de batalha e afins. Poucas semanas depois, as crises de riso eram comuns, assim como os xingamentos constantes e as torcidas óbvias quando o melhor de nós aparecia no combate.

E o trio que começou a ficar mais próximo por conta dos gritos japoneses e das técnicas exageradas, postando constantemente as lutas no Twitter, começou a criar um estranho magnetismo, atraindo cada vez mais pessoas que já faziam parte de ciclos de amizade nossos mas que pela primeira vez podíamos realmente nos aproximar. De três membros, o grupo foi aumentando, terminando em doze ou treze hoje em dia.

Durante todo 2020, de maneira incrível, nossas noites foram povoadas pelos embates animalescos, risadas e acima de tudo um companheirismo que só pode ser alcançado por estarmos no caos da Covid-19. Eu nunca venci com facilidade ou frequência nenhum desses meus amigos, mas não importava (embora sim, eu fiquei muito irritado em várias oportunidades) – o que era bom ali é que estávamos nos divertindo e criando laços que poucas coisas poderiam gerar de forma tão intensa.

Até mesmo essa luta podemos ver em FighterZ. (Imagem: Reprodução/Bandai Namco)

No fim, essa é a magia de um jogo de luta bom – além de tentar melhorar, é a partilha de informações e a criação de um companheirismo que em um primeiro momento parecia que não existiria. Três anos depois, o grupo consegue ter vidas normais com a diminuição da gravidade da doença – mas todos fazendo parte do dia a dia uns dos outros como se fossem amizades de décadas. Tudo por conta de um Saiyajin criado na Terra, e conta com umas sete versões diferentes jogáveis em FighterZ.

Então se me perguntarem “devo experimentar DBFZ?”, a minha resposta é um pouco fora do campo de crítica de videogames e muito mais inspirada em uma experiência pessoal muito importante – e que eu realmente acredito que pode ocorrer com outras pessoas também. 

Jogos de luta são algo incrível, meus amigos. Dê uma chance. 

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm