O dia era 22 de agosto de 2016 e, na ocasião, a cidade do Rio de Janeiro celebrava o fim de mais uma edição das Olimpíadas. Em meio a tantos fatos, como a instabilidade política brasileira daquele momento e os enérgicos gritos americanos de vitória com suas 121 medalhas conquistadas na competição, o que mais marcou minha memória foi, na verdade, fruto de fantasia.
Durante uma transmissão ao vivo, o mais famoso bigodudo dos videogames literalmente entrou pelo cano no Japão e apareceu no Maracanã — interpretado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. A partir daquele momento, conclui algo inquestionável: Mario é um fenômeno cultural que transcende o próprio meio que o popularizou.
O mascote da Nintendo vestiu muitas cores e estilos ao longo dos anos, chegando até a abandonar por completo seu clássico macacão para agradar os “fashionistas” de Super Mario Odyssey. O que não se perdeu com seus quase 40 anos de legado, porém, foi seu chapéu — que ganhou personalidade e habilidades sob a alcunha de Cappy.
Em seus jogos de plataforma, Mario já cruzou diversos reinos (de cogumelos e sem qualquer fungo do tipo), florestas misteriosas, ilhas paradisíacas, cavernas assustadoras, águas perigosas, galáxias distantes e muitos, muitos castelos a procura de sua amada. Ao rebobinar a fita da história dos videogames, porém, chegamos a 9 de julho de 1981. Eram lançados os arcades do clássico Donkey Kong, e o baixinho era o responsável por raptar a princesa. De vilão a herói e de carpinteiro a viajante, o nome Jumpman — que poderia, por razões óbvias, ter sido escolhido por Hideo Kojima — ficou apenas na memória dos mais ávidos fãs.
Mario, porém, viria a se tornar um nome icônico e representativo da indústria de videogames, estampando fachadas e cartões de lojas de videogames pelo mundo todo. Reza a lenda que uma mãe dos anos 1980 acreditava que todos os jogos eram “do Mario”, tamanha a paixão do filho nintendista para falar sobre os jogos da série durante o jantar. Aliás, durante a segunda metade dessa década, era Mario aqui e Mario acolá, qualquer que fosse o lar.
Qualquer que seja o ano após 1981, também é homenageado ano após ano em uma data especial por conta de uma combinação de letras e números: MAR10 pode ser uma representação para “10 de março”, mas também remete à palavra MARIO em caixa alta. Essa brincadeira, tal qual a data de 4 de maio para os fãs de Star Wars, se tornou um marco no calendário da cultura pop.
Seus jogos de plataforma são sinônimo de excelência para o gênero. São verdadeiros pilares munidos de grandiosos feitos técnicos e inusitadas quebras de paradigma a cada novo console lançado. Mario sempre foi sobre pular — exceto quando é sobre qualquer outra coisa que não envolva sua vasta e precisa variedade de saltos. Digo isso não somente por todas as “profissões” e experiências acumuladas em seu legado, mas também pelo sucesso de crítica e de público atingido tanto na série principal quanto nas criativas aventuras paralelas. As séries Luigi, Yoshi, Peach, Toad e até Super Smash Bros. encontraram espaço e público graças ao sucesso ininterrupto de Mario, sempre pronto para encantar os jogadores com sua magia.
Somando mais de 40 milhões em todas as plataformas, Super Mario Bros. é um dos jogos mais vendidos de todos os tempos. Mario Kart Wii segue, ainda na atualidade, sendo enviado e comercializado pelo mundo todo. Em sua totalidade, a série Super Mario já passou das 500 milhões de unidades vendidas. É muito jogo para apenas 38 anos de idade e, portanto, muita história para apenas um texto. Por ora, deixo minha mais sincera admiração ao simpático bigodudo e sigo na esperança de jogos ainda mais incríveis para marcar minha vida. Vida longa ao Mario!
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm