Relato: Spellbreak e minha porta de entrada em Battle Royale - Neo Fusion
Relato
Spellbreak e minha porta de entrada em Battle Royale
17 de setembro de 2020
Testamos Spellbreak com um pacote adicional de itens oferecido pelos desenvolvedores.

Juro que não é por falta de vontade que eu não consigo gostar muito do gênero Battle Royale. Começando por PUBG e passando por experiências como Fortnite, já tentei todos os grandes “medalhões” do gênero e acabei não me adaptando a nenhuma dessas experiências baseadas em tiroteios e equipamentos — talvez eu só seja velho demais para isso.

Isso não significa necessariamente que deixei de tentar: com um mundo focado em magia e equipamentos mais próximos a um RPG clássico, Spellbreak me atraiu por sua proposta. O conceito básico permanece como você já sabe: uma cambada de gente se reúne em uma ilha e somente um deles vai sair vivo e vitorioso dali.

https://www.youtube.com/watch?v=n6MRg-D3T-w

Para garantir que alguma ação vai rolar, o mapa vai diminuindo sua área explorável pouco a pouco e muitas construções escondem equipamentos que tornam seu personagem mais poderoso. Enquanto você vai de um canto a outro procurando items — ou lugares para se esconder —, acaba encontrando outros jogadores e, uma hora ou outra, cai na porrada com um deles (ou, mais normalmente, morre sem saber de onde veio o ataque).

Uma dose de magia

Se a premissa de Spellbreak não é tão diferente assim de jogos mais “tradicionais” e populares desse estilo, ele clicou comigo pela ambientação. Tal qual um Magicka, o game oferece diferentes manoplas que você pode equipar, cada uma com seu elemento próprio que se combina com os demais para efeitos bem diversos.

Spellbreak

Embora a quantidade de opções disponíveis não seja imensa, ela é diversa o suficiente para forçar o jogador a entender bem como cada elemento funciona. Isso porque todos eles se combinam de alguma forma, oferecendo vantagens e desvantagens tanto na hora de assumir a ofensiva quanto nos momentos de se defender de ataques.

Uma manopla de fogo combinada com uma de veneno, por exemplo, pode ajudá-lo a criar uma parede flamejante que causa efeitos negativos temporários. No entanto, se seu adversário tem uma manopla de gelo ou de vento equipada, ele pode dispersar facilmente sua defesa e deixá-lo numa posição desfavorável — saber as combinações favoráveis e os momentos certos de fugir é algo bem legal e especialmente desafiador quando você se defronta com os jogadores mais poderosos.

Esse sistema se soma a soluções de movimentação que tornam Spellbreak uma experiência bastante vertical. Desde o começo, você pode pular e planar no ar por alguns instantes, o que garante acesso fácil a todos os cantos do mapa e aos tesouros escondidos em velhas ruínas. Junto aos upgrades de equipamentos e acessórios, isso faz com que, nos momentos finais das partidas, o jogo parece ter saído daquelas cenas de Dragon Ball Z em que os personagens “ligavam o turbo” no ar enquanto voavam de um canto para outro.

Cenário que faz a diferença

Essa mudança de cenário e a maior verticalidade não fazem com que eu seja bom em Spellbreak — longe disso. Após as primeiras partidas nas quais bots com pouca habilidade criam a ilusão de que você pode ser bom, comecei a ser devidamente colocado no meu lugar por jogadores que sabiam o que estavam fazendo e não estavam dispostos a só ficar parados recebendo meus ataques (absurdos).

Spellbreak

Mesmo assim, eu consegui fazer algo no jogo que não rolou com outros Battle Royales: me divertir. A liberdade de movimentação, junto ao sistema de magias que “conversam” entre si, fez com que eu conseguisse ver esse game mais como uma fonte de diversão do que como algo frustrante e que eu nunca vou ganhar de forma consistente.

Spellbreak está disponível para PC (via Epic Games Store), PS4, Xbox One e Nintendo Switch, com direito a cross-play entre as plataformas. Gratuito para jogar e oferecendo um sistema de monetização baseado em roupas — algumas delas bem legais —, o game já faz sucesso em transmissões ao vivo e vale pelo menos algumas jogadas.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm