Por mais que a primeira vista possam existir menos jogos ao estilo de The Legend of Zelda do que sugiriria o atual e enorme sucesso da série, a influência do rei dos jogos de aventura é sentida por aí aos montes. XEL propõe uma jornada bem pautada em conceitos da franquia da Nintendo: desde a forma como conseguimos novos itens em alguma dungeon podendo resolvê-la e depois interagir com outros espaços, passando pelas chaves encontradas nos “calabouços” que podem abrir alguma porta, até a utilização do tempo como mecânica e temática.
Também existem alguns acenos ao tempo mais moderno a partir de Breath of the Wild. De qualquer forma, o título devidamente nomeado XEL não esconde sua influência. Dessa maneira, entrega a ideia de maneira competente, ainda que sem muito que o faça se destacar.
Veja, conseguimos alguns itens, desde um “grapling hook” até um lança chamas, que além de ajudar na progressão e exploração também podem ser usados em batalha. Destes, o mais interessante é o martelão. Com ele podemos enfraquecer inimigos de um determinado tipo, além de atacar em área e quebrar vidros com o abalo. Também gosto da mina de eletricidade, com ela resolvemos os puzzles mais interessantes.
Também existem chefes aqui e ali e, naturalmente, vencê-los demanda a utilização desses novos poderes adquiridos a partir dos equipamentos. Para fortalecer a protagonista, Reid, é importante explorar e coletar os corações para aumentar HP e os frutos para aumentar stamina. Vencer inimigos e destruir caixotes nos dá acesso a espólios utilizados na melhoria da arma e dos equipamentos, e também no processo de cozinhar.
XEL se passa em uma estação espacial uns tempos após uma catástrofe e declínio do local. Vemos lixo por toda parte, e aos ambientes esperados de uma campanha do tipo (floresta, lagos, deserto, áreas geladas e vulcões) somam-se estações científicas e um bom tanto de ruínas de construções mais tecnológicas. A trama passa por lidar com os sobreviventes e descobrir o que rolou nesse lugar, enquanto Reid busca resgatar sua memória e entender o motivo de ter seus poderes.
O principal destes é a capacidade de acessar, em lugares bem específicos, aquele espaço no passado. Isso é utilizado para progredirmos nas “dungeons” e resolver alguns quebra-cabeças espaciais. O combate também parte de uma espécie de Z-targeting e, em geral, é bastante restrito. Não existem muitas opções para além de um único combo de espada, um parry e a utilização dos itens de progressão. Não ajuda que é tudo um pouco travado e não muito empolgante.
Para além de ser um jogo pouco empolgante em sua execução, XEL traz problemas substanciais de performance. São bastante comuns quedas bruscas de frame-rate e também do tempo de cada quadro na tela. Existem bugs aqui e acolá, como áreas que não carregam e demora excessiva para abrir baús ou salvar.
Como uma curta aventura ao estilo mais clássico de Zelda, XEL consegue se justificar e entrega uma campanha de cerca de 4 ou 5 horas razoavelmente divertida. Infelizmente mesmo isso é puxado para baixo pela performance do jogo.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm