Análise: Resident Evil Resistance - Neo Fusion
Análise
Resident Evil Resistance
27 de abril de 2020
Este é um componente multiplayer associado a Resident Evil 3. Cópia digital da versão de PC gentilmente cedida pela Capcom Brasil.

Por mais uma vez a Capcom, detentora dos jogos da série Resident Evil, investe em uma experiência multijogador, assim como vimos em Resident Evil: Revelations 2 e seu modo Mercenaries, mas dessa vez com um estilo bastante diferente para o game.

O modo de jogo inicia com uma opening scene que, de cara, nos faz lembrar Left 4 Dead 2 e seus quatro sobreviventes em um apocalipse zumbi, mas com uma proposta única e bem encaixada dentro de seu universo. Na pele de um dos sobreviventes, você deve tentar escapar desesperadamente do laboratório e das horríveis mutações da Umbrella enquanto é cuidadosamente observado e monitorado. As vítimas nessa trama, que carregam um vírus em seu corpo, são expostas a uma série de horrores que provocam terror e medo em suas mentes e as impedem de continuar, tanto mental quanto fisicamente.

Com uma ideia parecida com o universo de Jigsaw em Jogos Mortais e uma premissa excelente, o jogo está longe de trazer essa sensação em seu gameplay.

A mente por trás do experimento

Além e quatro sobreviventes que têm acesso a compras de armamentos e outros equipamentos a cada sala segura, o Mastermind é quem cria a experiência de jogo dentro dos cenários disponibilizados. Com um elenco originalmente composto por Daniel Fabron e Annette Birkin, o vilão tem acesso a diversos recursos e habilidades de combate contra a equipe dos sobreviventes, controlando câmeras, instalando armas, trancando portas e inserindo inimigos no cenário de maneira estratégica para surpreender os jogadores.

O componente multiplayer ainda traz alguns elementos que lembram jogos desse estilo — como Dead by Daylight, que possui um sistema de investimento de pontos direcionado a um personagem em específico ou à ameaça (em nosso caso, o Mastermind). Outro elemento similar empregado no jogo é a armadilha que, na verdade, poderia ter sido melhor explorada para, por exemplo, trazer uma interação necessária de ajuda entre os jogadores. O primeiro Left 4 Dead já trazia esse tipo de urgência, na qual precisamos atacar um infectado especial agarrado a um de seus companheiros para que esse não seja sufocado até a morte.

As engrenagens do jogo

Um aspecto que muito atrapalha os jogadores ao iniciar a experiência é a interface, que tem se mostrado particularmente inacessível enquanto controlamos o Mastermind. O sistema de inserir inimigos no mapa a partir de cartas é confuso, assim como a visualização do que está sendo utilizado. Além disso, achei muito estranha a abordagem de “invocar” zumbis diretamente do chão na visão dos personagens.

Talvez a ideia de áreas inacessíveis aos jogadores (por onde os zumbis e o infectado especial pudessem vir) fosse uma ideia um pouco mais limpa e inteligente, combinada com a possibilidade de inserir infectados somente fora do alcance de visão dos sobreviventes ou mesmo no início da zona. Ainda assim, o modo de jogo traz algumas mecânicas interessantes, como a possibilidade (e até mesmo necessidade) de se fechar portas ou controlar armas instaladas pelas câmeras — além de ser feito na mais recente RE Engine, que traz uma boa otimização para um jogo de elogiável qualidade gráfica.

Vale lembrar que o modo de jogo tem recebido atualizações constantes, que já incluiram dois novos mapas e a presença de Jill Valentine como sobrevivente — além da confirmação de Alex Wesker e Oswell Spencer como Masterminds nas próximas atualizações. Além disso, Resident Evil Resistance é parte do jogo Resident Evil 3, que até faz valer o investimento.

Apesar da perfeita desculpa para se criar um cenário de testes da Umbrella, o título da Capcom falha ao trazer uma experiência clara e divertida ao jogador. A falta de otimizações, novas habilidades e uma interface melhor pesam contra a experiência. A Capcom segue, portanto, com sua excelente experiência na criação de jogos de terror, mas com uma falta de experiência na criação desse estilo de jogo de ação.

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Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm