Anos após ajudar a proteger a Alameda dos Anjos — e o mundo como um todo — dos planos conjuntos de Bison e Rita Repulsa, Ryu e Chun-Li novamente são convocados por Zordon para ajudar a lidar com uma ameaça. Lorde Zedd e Lorde Drakkon estão de volta com um plano maligno que vai exigir que diversas gerações de Rangers se unam para que a vitória seja possível.
Caso o parágrafo acima não faça muito sentido para você, não se preocupe: a trama não é o elemento central de Power Rangers: Battle for the Grid, que recebeu recentemente DLCs com dois personagens de Street Fighter. Graças à desenvolvedora nWay, pudemos testar esse conteúdo novo para responder à pergunta: como universos tão distintos podem funcionar dentro do mesmo jogo de luta?
A resposta é simples: excepcionalmente bem. Embora tenha fugido do radar de muita gente por conta de sua temática e orçamento limitado, Battle for the Grid é um game de luta bastante competente. Empregando o formato 3v3 e sistemas de combate simplificados, o título entrega diversão, acessibilidade e uma boa leva de desafio — o que torna bastante fácil encaixar Ryu e Chun-Li em seu hall de lutadores.
Isso não significa que os novos guerreiros não têm suas diferenças: enquanto os lutadores convencionais usam um esquema de golpes fraco, médio, forte e especial, as novas adições exigem um pouco mais de execução durante a batalha. Em outras palavras, não basta apertar um botão para realizar um hadouken ou shoryuken — você realmente precisa realizar os movimentos associados, tal qual acontece em Street Fighter.
Embora isso adicione uma complexidade adicional aos personagens, não dá para dizer que isso os torna menos acessíveis. Ainda é possível fazer combos simples pressionando três vezes seguidas o mesmo botão, e engatar um ataque em outro é um processo simples e intuitivo para quem já tem o mínimo de experiência com jogos de luta. Em outras palavras, os novos personagens são sim diferentes, mas não a ponto de serem totalmente dissonantes quando comparados ao resto do elenco.
Outro ponto que chama a atenção é o fato de a experiência arcade oferecida por Ryu e Chun-Li ser ligeiramente diferente e mais voltada para a história. Ao escolher o lutador do karatê shotokan, por exemplo, não faz muita diferença quem você escolhe para ser seus companheiros — as escolhas acabam sendo determinadas pelo roteiro, o que pode obrigar o jogador a ter que lidar com lutadores com os quais não é familiar. Isso não chega a ser um grande incômodo, mas é estranho: por que oferecer a chance de escolher outros lutadores, se isso não vai fazer diferença?
Outro ponto que incomoda — e não é necessariamente relacionado aos lutadores da Capcom — é o fato de que Power Rangers: Battle for the Grid continua tendo uma dificuldade pouco balanceada. A inteligência artificial dos inimigos varia entre os níveis “totalmente inepto” e “especialista em explorar combos infinitos” dentro da mesma luta, e os tutoriais oferecidos não são suficientes para dominar todas as dinâmicas oferecidas. Isso não é algo restrito a esse jogo de luta (e permanece sendo um desafio do gênero como um todo), mas é bom ficar atento caso essa seja sua primeira experiência com ele.
Power Rangers: Battle for the Grid é um jogo de luta bastante divertido, e a adição de Ryu e Chun-Li a seu elenco faz bastante sentido. Os personagens da Capcom, somados às demais adições recentes vindas do elenco da franquia, tornam ele ainda mais completo e divertido. Caso você ainda não tenha dado uma chance ao título, agora pode ser a hora adequada para isso graças ao formato completo disponível em sua Super Edition.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm