Síntese: Power Rangers: Battle for the Grid - Neo Fusion

Power Rangers: Battle for the Grid

1 de junho de 2021
Cópia digital da versão de PC cedida pela nWay.

Anos após ajudar a proteger a Alameda dos Anjos — e o mundo como um todo — dos planos conjuntos de Bison e Rita Repulsa, Ryu e Chun-Li novamente são convocados por Zordon para ajudar a lidar com uma ameaça. Lorde Zedd e Lorde Drakkon estão de volta com um plano maligno que vai exigir que diversas gerações de Rangers se unam para que a vitória seja possível.

Caso o parágrafo acima não faça muito sentido para você, não se preocupe: a trama não é o elemento central de Power Rangers: Battle for the Grid, que recebeu recentemente DLCs com dois personagens de Street Fighter. Graças à desenvolvedora nWay, pudemos testar esse conteúdo novo para responder à pergunta: como universos tão distintos podem funcionar dentro do mesmo jogo de luta?

Power Rangers: Battle for the Grid

A resposta é simples: excepcionalmente bem. Embora tenha fugido do radar de muita gente por conta de sua temática e orçamento limitado, Battle for the Grid é um game de luta bastante competente. Empregando o formato 3v3 e sistemas de combate simplificados, o título entrega diversão, acessibilidade e uma boa leva de desafio — o que torna bastante fácil encaixar Ryu e Chun-Li em seu hall de lutadores.

Isso não significa que os novos guerreiros não têm suas diferenças: enquanto os lutadores convencionais usam um esquema de golpes fraco, médio, forte e especial, as novas adições exigem um pouco mais de execução durante a batalha. Em outras palavras, não basta apertar um botão para realizar um hadouken ou shoryuken — você realmente precisa realizar os movimentos associados, tal qual acontece em Street Fighter.

Power Rangers: Battle for the Grid

Embora isso adicione uma complexidade adicional aos personagens, não dá para dizer que isso os torna menos acessíveis. Ainda é possível fazer combos simples pressionando três vezes seguidas o mesmo botão, e engatar um ataque em outro é um processo simples e intuitivo para quem já tem o mínimo de experiência com jogos de luta. Em outras palavras, os novos personagens são sim diferentes, mas não a ponto de serem totalmente dissonantes quando comparados ao resto do elenco.

Outro ponto que chama a atenção é o fato de a experiência arcade oferecida por Ryu e Chun-Li ser ligeiramente diferente e mais voltada para a história. Ao escolher o lutador do karatê shotokan, por exemplo, não faz muita diferença quem você escolhe para ser seus companheiros — as escolhas acabam sendo determinadas pelo roteiro, o que pode obrigar o jogador a ter que lidar com lutadores com os quais não é familiar. Isso não chega a ser um grande incômodo, mas é estranho: por que oferecer a chance de escolher outros lutadores, se isso não vai fazer diferença?

Power Rangers: Battle for the Grid

Outro ponto que incomoda — e não é necessariamente relacionado aos lutadores da Capcom — é o fato de que Power Rangers: Battle for the Grid continua tendo uma dificuldade pouco balanceada. A inteligência artificial dos inimigos varia entre os níveis “totalmente inepto” e “especialista em explorar combos infinitos” dentro da mesma luta, e os tutoriais oferecidos não são suficientes para dominar todas as dinâmicas oferecidas. Isso não é algo restrito a esse jogo de luta (e permanece sendo um desafio do gênero como um todo), mas é bom ficar atento caso essa seja sua primeira experiência com ele.

Power Rangers: Battle for the Grid é um jogo de luta bastante divertido, e a adição de Ryu e Chun-Li a seu elenco faz bastante sentido. Os personagens da Capcom, somados às demais adições recentes vindas do elenco da franquia, tornam ele ainda mais completo e divertido. Caso você ainda não tenha dado uma chance ao título, agora pode ser a hora adequada para isso graças ao formato completo disponível em sua Super Edition.

Comentários

Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.

O sorteio vai ser ao vivo via live???

Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)

Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.

Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png

cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...

Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público

Agora sim vou ter meu switch o/

Sim!

Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?

Reativei minha conta só pra promoção kkkk

Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte

Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!

Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.

sera que agora ganho o

Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.

Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?

Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!

Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)

Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?

? vou seguir o Renan aqui tbm