A virada do ano foi um período sem grandes adições aos catálogos das assinaturas de videogames; alguns membros da equipe Neo Fusion aproveitaram a ocasião para abordar o eterno backlog.

Erick Lúdico

As férias foram um período para jogar alguns títulos de 2022 que haviam ficado para trás. No Game Pass, os destaques foram Pentiment, Norco e Tunic, que já possui um texto próprio, onde relato a experiência que tive na aventura da raposinha. Os dois outros jogos fogem da minha zona de conforto, por, infelizmente, não costumar me engajar em experiências com muito texto, ao invés de mecânicas tradicionais, por assim dizer.

O primeiro caso é Pentiment, que se ambienta na idade moderna, no século XVI, no entanto, a vila em que o jogo se passa ainda vive na idade média. O jogador controla um artista que precisa desvendar o assassinato de um nobre, tentando provar a inocência de um amigo. O estilo visual de Pentiment é a primeira coisa que chama a atenção, remetendo às ilustrações de livros daquele período. As fontes dos textos variam dependendo do quão letrado é um personagem, algo que tem relação com o mistério da trama principal. 

O estúdio da Obsidian entrega um título aparentemente simples, inclusive, reduzindo componentes de RPG que costumavam fazer. Ao mesmo tempo, apresentam um mundinho bem particular, uma vila que está em um período de transição e, diante disso, o estúdio inseriu uma série de elementos que ajudam na veracidade de pequenos momentos que vão construindo a jornada do jogador.

No caso de Norco, temos uma temática de “o cyberpunk já chegou”. A protagonista volta a sua cidade natal, após a morte de sua mãe. O seu irmão está desaparecido e enquanto ela o procura, passa a investigar também o mistério que cerca a morte da sua mãe, somado a relação com a refinaria da cidade. Norco apresenta situações inusitadas que, por pior que pareça, têm traços de coisas que vemos recentemente na sociedade.

Diferente de Pentiment, no qual o jogador anda pelos cenários e vai conversando com os personagens e interagindo com o ambiente, o Norco é um point and click tradicional, de andar pela cidade de tela em tela e ir clicando nos elementos de destaque. O jogo tem um menu que funciona como um mapa mental que ajuda a guiar o jogador diante dos pensamentos da personagem. De resto, Norco tem uma atmosfera meio melancólica e, em certos momentos, introduz elementos bizarros, gerando até um clima de medo.

Kate Schmitt

Pentiment foi uma excelente surpresa no finalzinho de 2022, com uma história instigante, onde o jogador precisa investigar misteriosos assassinatos na Europa Medieval. O jogo é um point and click com escolhas que mudam totalmente o rumo da narrativa. E a tradução para Português Brasil está primorosa.

Após 25 anos, GoldenEye 007 chega ao Game Pass de maneira primorosa, com resolução otimizada e maior taxa de quadros, além dos controles remapeado e adaptado para uma melhor jogabilidade, além de manter os cheat codes desbloqueáveis cumprindo alguns desafios no jogo. O multiplayer também está no jogo, porém a versão de Xbox conta somente com o modo local. O modo online está exclusivamente no Nintendo Switch, onde é possível conferir a versão de Nintendo 64 do jogo através da assinatura Nintendo Switch Online + Expansion Pass, mas esta é mais limitada em termos de melhorias gráficas e de controles.

E para quem tem uma cópia digital (física não entra) do Rare Replay,  é possível obter o jogo sem assinar Game Pass!

Pedro Vicente

Comecei o mês empenhado em jogar algumas coisas do Game Pass após ter passado pelo Crisis Core no PlayStation. Tive o prazer de jogar Signalis, um título que funciona muito na lógica de um Resident Evil da vida, mas com um baita diferencial em sua parte sonora e visual. Extremamente indicado para qualquer fã do gênero.

Depois passei por Pentiment, e gostei muito dos três atos do jogo. Ainda que o último seja um pouco arrastado em sua estrutura e eu tenha achado o clímax no mínimo deselegante, acabou sendo meu preferido por um motivo que devo tratar em texto em breve.

Eu havia prometido que não iria tocar nos Persona quando chegassem ao serviço, mas minha palavra e nada é a mesma coisa e minhas promessas são tão ocas quanto meu coração: comecei Persona 3 Portable. Até agora aconteceu vários nadas na história, as Social Links são qualquer coisa, mas o loop de gameplay e a estética estão prendendo minha atenção.

Por fim, como muitos aqui, vibrei com a revelação e lançamento de Hi-Fi Rush, no momento de escrever meus parágrafos do mês terminei apenas o primeiro estágio, mas gostei muito e sigo bem animado para o resto da campanha.

Renan Greca

Estive fora de casa para o período de ano novo, então não tive muito tempo com os consoles nas últimas semanas. Porém, tive a oportunidade de jogar Stray na casa de um amigo, jogo sobre o qual publicarei um texto nos próximos dias. Basta dizer que achei um jogo bem-feito, mas não excepcional.

No lado caixista das coisas, ao longo de dezembro e janeiro estive jogando o outro jogo da Obsidian de 2022, Grounded. É um jogo que normalmente não me apeteceria muito, mas em co-op com um amigo do Brasil, tem sido uma ótima forma de passar o tempo e bater papo.

Empolgado com o anúncio de Hi-Fi Rush, já me afundei no jogo. Até agora, parece ser o melhor jogo de ação desde Bayonetta 2 e, de certa forma, limpou minha alma depois da decepção que tive com o terceiro jogo da bruxa. Também estive jogando Dead Space… mas não aquele do Game Pass.

No final do ano, fiz um exercício para validar minha assinatura do Game Pass: se eu tivesse comprado todos os jogos que “zerei” em 2022 na maior promoção digital disponível até então, eu teria gasto R$1994,41. Acho que valeu a pena!