Seguindo a linha de remakes, Resident Evil 3 foi o segundo escolhido para ressuscitar o original antigo. Antes de começar a jogar a franquia, este era um dos jogos que mais ouvi críticas. O motivo englobava aquilo que os fãs sempre cobram de qualquer adaptação de uma obra clássica: a falta de preservação da essência do game.
Isso não fez com que eu olhasse o jogo já com maus olhares, mas já estava me preparando para algo que talvez não estivesse no mesmo nível que Resident Evil 2. Fora isso, eu ainda estava bem empolgado em revisitar a minha querida Jill, que já é uma das minhas personagens favoritas da saga.
Resident Evil 3 acontece quase simultaneamente ao seu antecessor. Mas, dessa vez, assumimos o papel de Jill, agora ex-integrante da já dissolvida equipe S.T.A.R.S. A protagonista precisa enfrentar diversos perigos em Raccoon City — inclusive Nemesis, um dos vilões mais conhecidos da série e que a caça a todo custo.
Confesso que este título me lembrou algumas produções cinematográficas que reúnem muita coisa em um lugar só, de maneira muito rápida e geralmente estrondosa, como um Velozes e Furiosos da vida. Não que as premissas sejam parecidas, mas apenas pelo caráter de ação desenfreada.
Os mapas não são tão grandes e os puzzles são super fáceis, o que agiliza demais a progressão, incluindo a busca de itens extras nos mapas. Passando por alguns locais clássicos que já imaginava, como esgoto e laboratório, não posso afirmar que fiquei incomodado de fato com essa rapidez, porque me senti no poder do que estava fazendo e isso foi satisfatório.
O que não brilha tanto quanto o Resident Evil 2 — e isso são palavras de um gamer que não jogou nenhuma das versões originais para comparar acontecimentos específicos, apenas os remakes — é o malabarismo que ocorre na narrativa simplesmente por conveniência, não necessariamente por fazer sentido. Foi por conta disso que citei o blockbuster de sucesso protagonizado por Vin Diesel como comparação. Aparentemente, Jill é imortal ou tem muita sorte para conseguir passar por tantos acidentes fatais e não ser eliminada pelo arqui-inimigo logo de primeira.
Claro que sempre existirão aqueles momentos que facilitam a vida do protagonista. Mas, aqui, a mão pesou demais. Talvez por conta dessa rapidez e essas incoerências de enredo, os fãs fiéis tenham se decepcionado um pouco.
Um ponto que eu gosto bastante, no entanto, é o cruzamento das histórias entre o RE2 e o RE3. Alguns cenários são familiares e são revisitados do remake anterior. Essa dinâmica funcionou demais pra mim como foco de interesse, ainda mais que eu havia acabado de terminar a campanha anterior com Claire Redfield.
Mais uma vez, eu menciono o prazer de jogar em terceira pessoa sem a câmera fixa: é muito mais fluido e dinâmico. Os gráficos são bonitos e a Jill nunca esteve tão bonita e perfeita! Os outros personagens também são legais, embora haja um repertório mais profundo no 2 do que neste. Carlos é um bom companheiro na maioria das vezes e tem a sua simpatia também.
Com todos esses ingredientes em uma panela, Resident Evil 3 fez o que eu considero como uma das coisas mais importante no jogo: me divertir. Afinal, qual o sentido de persistir em algo maçante e desinteressante? Alguns momentos são engraçados, outros mais tensos e ainda outros são o puro deleite da ação explosiva. Pra mim, o jogo equivale a um filme da categoria “pastelão”, como gostamos de dizer, porém com bem mais gore. E, por mim, está tudo bem quanto a isso.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm