Seguindo uma prática razovalmente recente e cada vez mais generalizada na publicadora, a Square Enix disponibilizou uma demonstração de Valkyrie Elysium na PSN, aproveitando a Tokyo Game Show. Além de dar chance de quem joga conhecer e efetivamente testar o título, o progresso feito poderá ser carregado para a versão final, programada para 29 de setembro. Como antigo fã da franquia e tendo em alta estima Valkyrie Profile: Silmeria (PS2, 2006) e em altíssima Valkyrie Profile (PS1, 1999), fiquei empolgado com o anúncio deste terceiro capítulo da série principal mesmo com o modorrento trailer de revelação.
Para a minha satisfação, o jogo experimentado na demonstração passa longe do tédio, apresentando uma gama de sistemas e mecânicas com bom potencial de desenvolvimento ao longo da campanha final. Como hão há muito a se explorar em termos de trama e narrativa partindo desta versão de teste, esse texto de primeiras impressões vai focar justamente na batalha e seus sistemas, e na exploração.
Valkyriem Elysium é um JRPG de ação e seu combate é sustentando pela aplicação de combos, desvio, pulo e parry. O ritmo das ações básicas é bem competente, mas a mecânica mais interessante deste rol é o Soul Chain; é possível alcançar lugares mais distantes na exploração, bem como lança-lo em um inimigo e ir para cima dele durante a batalha. Mostrou-se útil tanto para ataque, quanto para poder se desviar dos adversários.
Temos também um sistema de magias atreladas aos quatros botões (+R2) bastante central nos confrontos. Ao usarmos SP (os pontos de “magia”) é possível lançar tais habilidades, cada uma com diferentes elementos. A questão elemental é primordial em Elysium, pois inimigos são mais afetados e até mesmo paralisados quando agredidos com a categoria certa de feitiço. Nos inimigos comuns isso torna a luta mais rápida, dinâmica e gostosa, mas para os chefes me pareceu que será algo essencial.
Enfrentamos dois chefes na demo. Para confrontos iniciais, ambos trouxeram uma quantidade já razoável de HP. Sendo assim, o momento de paralisia do inimigo é importante para uma aplicação limpa e mais contundente de combos, magias e demais ataques. Tanto nestas batalhas mais climáticas quanto na pancadaria do dia a dia, pensar os elementos é crucial.
Na primeira parte da versão de teste podemos usar os Einherjar, a alma de valorosos guerreiros mortos presente na mitologia nórdica e nos títulos da série. Tais combatentes são também customizados a partir dos quatro botões (+R1), e são evocados para entrar na batalha e atacar o inimigo selecionado. Além de considerar o moveset de nossos auxiliares, é importante levar em consideração a afinidade elemental deles. A valquíria tomará como elemento o mesmo do último Einherjar chamado, mas é possível ir alternando entre eles durante a batalha a partir do mesmo botão atrelado para trazê-los ao campo.
Já aqui, mas principalmente como promessa para a campanha completa, se faz necessário ir alterando entre elementos e magias para conseguir dominar o confronto. Tais questões elementais vão se adicionando às camadas de combos e habilidades para gerar os hits (temos o retorno da barra de especial, ainda que não seja possível ativá-lo na demonstração). Imagino que haverá um número razoável de guerreiros, e a aplicação dos elementos, dos movimentos deles e de todas as ações da valquíria me deixaram animado para as possibilidades do combate de Elysium.
A personagem principal também conta com um sistema de progressão. É possível ir desbloqueando habilidades ativas e passivas a partir de uma árvore no menu, além de acessar novos golpes com cada arma a partir da evolução do equipamento. O primeiro tipo de progressão, já na demo, gerou habilidades como pulo duplo, parry e desvio perfeitos, etc. Ao longo da campanha muito provavelmente teremos um número de habilidades excedendo o limite de pontos disponíveis da protagonista, e portanto será necessário escolher as preferidas ou aquelas adequadas a uma determinada batalha.
Existem áreas em nossa base central, Valhala, ainda não acessíveis na demonstração, e imagino que teremos NPCs e companheiros de batalha povoando o local na versão final. Sendo assim, é possível que hajam mais fatores de progressão, customização e interação ainda não mostrados. Outro ponto central deste teste é a exploração. Com o acesso ao Soul Chain é possível se conectar a pontos pré-definidos – não há liberdade de conexão. Tal mecânica é central na progressão linear, mas também possibilita exploração para acessarmos novos locais; e com sorte encontrar itens, tomos de magia etc.
Com o pulo duplo já habilitado, foi possível ver que existe uma proposta de alcançar esses locais “secretos”, ainda que o cenário apresentado seja razoavelmente simples. Em termos de missões e atividades paralelas, Valkyrie Elysium traz algo semelhante ao Nioh; habilitamos uma tarefa secundária e depois podemos acessar a área novamente para realizar essa quest em específico. Eu particularmente gosto desse tipo de proposta de aproveitar um cenário pronto para trazer novas conformações e cenas dentro dele próprio. Entendo, naturalmente, a predileção das pessoas por missões em áreas novas e especiais, mas a vida não é um morango e jogos demandam tempo, energia e dinheiro para serem produzidos.
A demonstração de Valkyrie Elysium traz um jogo com sistemas bem definidos e, felizmente, com pontecial de crescimento e entrega durante a campanha. Há bom campo, também, para customização e estratégia. O sucesso da proposta vai depender de como confrontos, estágios e novos Einherjar irão se apresentar, estes últimos sobretudo também do ponto de vista narrativo. De qualquer forma, as impressões desta demo foram positivas, calando Pedro.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm