O ano de 2022 chega ao seu fim. No que diz respeito aos videogames, foram 12 meses cheios de títulos excelentes para todas as plataformas e nos mais variados gêneros de jogos. Para realizar um lembrança mais abrangente e congregar a equipe do Neo Fusion, resolvemos fazer uma lista de melhores do ano com a participação direta de todos os membros em um processo simples e direto: cada um faria sua lista e os valores seriam proporcionais à posição de cada jogo, ao fim a soma dos pontos geraria nosso top 25.
Resolvemos colocar 25 jogos por ser uma forma mais legal de apresentar um panorama do ano e não apenas nos preocupar com posições e quem chegaria em um restrito grupo de 10. Nosso site é composto, hoje, por 12 membros com variados perfis. Temos pessoas que jogam mais no PC, outras no Nintendo, algumas ficam mais pelo PlayStation enquanto existem aqueles que passam boa parte do tempo no Xbox e no Game Pass. Jogamos também nos dispositivos móveis. Em termos de gostos, o grupo também é variado. Dessa forma, a união dos preferidos da galera acabou gerando uma lista legal e abrangente, embora a primeira posição tenha sido a mesma em quase todas as listas.
Esperamos que 2023 seja ainda mais interessante, com títulos trazendo novas mecânicas, sistemas e estruturas narrativas, jeitos novos de apresentar um estágio ou inimigos, ou mesmo que traga jogos tradicionais mas competentes. Sobre este ano que chega ao fim, esta é nossa lista dos 25 melhores games de 2022 (remasters e relançamentos de outros anos não foram considerados, apenas publicações originais do ano):
Em 2022, o ser supremo do rol de Super Smash Bros. retornou em grande estilo. Além de ser utilizado como exemplo e referências constantemente no canal do Masahiro Sakurai, a bolota ganhou um novo e divertidíssimo jogo. Kirby and the Forgotten Land é uma espécie de Super Mario 3D World do Kirby, levando a habilidade de Kirby de sugar inimigos e adotar seus poderes para o ambiente em três dimensões. Com transformações divertidas e algumas vezes até inusitadas, o título entrega uma experiência de plataforma e combate das mais competentes.
O truco da Marvel ganhou o vicio e o tempo de tela em celulares de muita gente ao redor do mundo. A partir de mecânicas consagradas de jogos de carta da linha de Magic the Gathering, Marvel Snap propõe partidas rápidas e dinâmicas para seus jogadores, o que casa bem com a rapidez e tempo de partidas em um celular. Felizmente o título é razoavelmente generoso na oferta de novas cartas, não obrigando necessariamente o jogador comprar mais ou pagar o season pass.
Lançado lá no comecinho do ano, Nobody Saves the World traz uma experiência de ação também pautada nas transformações de nosso herói, fazendo desta uma lista quase que monotemática até o momento! Aqui, é necessário alterar entre diferentes formas: de herói com espada, até um bombadão e um cavalo. Boa parte do charme do título está na ação nas dungeons, mas também no humor; felizmente bem localizado para o português brasileiro.
Levando o sucesso de Two Point Hospital para o campo dos campi, Two Point Campus trouxe todo seu humor e bizarrice para que possamos gerenciar uma universidade. Com muito conteúdo e desafios tanto na camapanha quanto no modo aberto, o título agradou e se colocou como uma natural e importante evolução para a franquia que resgata os divertidos jogos de simulação do passado.
Misturar roguelite com fazendinha através de um visual fofo ao lado de umas bizarrices e violência para criar um culto tem como dar errado? Até teria, mas o legal é que deu certo aqui e Cult of the Lamb é um dos jogos mais viciantes de 2022. Além de tudo, o título também conta com uma boa localização, facilitando aos jogadores brasileiros embarcarem nesse culto e passarem um bom tempo no joguinho.
Sendo uma daquelas iterações clássicas de jogos de sucesso, Horizon Chase 2 expandiu e melhorou em relação ao título original de 2015. Com a participação do compositor Barry Leitch (conhecido pela série Top Gear) o título conseguiu ir além, modificando algumas questões de design e trazendo boas novas pistas. Tivemos, inclusive, a oportunidade de entrevistar o designer do jogo, Matheus Cunegato, e saber um pouco mais do desenvolvimento e criação do título.
Funcionando como uma sequência direta dos viciantes jogos de fliperama das Tartarugas Ninja, Shredder’s Revenge chegou para dar uma ótima opção de jogatina cooperativa, seja no sofá ou online. Trazendo mais personagens e mais combos, o título seguiu as linhas dos clássicos da franquia para entregar uma experiência de porradaria dinâmica e divertida.
Continunando a história inicada em Innocene, A Plague Tale: Requiem traz a experiência “Sony Game com um orçamento não lá tão grande mas ainda assim bem grande” para todas as plataformas. Preocupado em alternar seções o tempo inteiro em sua campanha linear, o título brilha nos trechos em que sua mais que competente direção de arte se sobressai. Sendo uma experiência focada na trama, Requiem cresce nos momentos certos (do clímax para frente) e fecha, por hora, a trama dos irmãos De Rune de forma interessante e impactante.
Com uma direção de arte e sonora das mais empolgantes, Pentiment se apoiou em sistemas simples porém muito interessantes de role play para trazer sua ficção histórica em um jogo envolvente. A partir de muita conversa e informações sobre o mundo que rodeia o protagonista Andreas, o título vai usando várias referências e construções narrativas para trabalhar uma trama e jogabilidade pautados em bons sistemas de jogo.
Haverá um dia em que eu não irei rir das postagens da conta oficial Final Fantasy que colocam o Jack em absolutamente todos os pots sobre diferentes classes e personagens icônicos da série Final Fantasy. Esse dia ainda não chegou. Stranger of Paradise une um excelente gameplay a partir das jobs clássicas da série com uma galhofada da melhor categoria. O título também brinca com um bom sistema de “blue mage”, além de entregar a experiência “Nioh em Final Fantasy com muito mais bobagens que o comum de uma série já meio boba” esperada.
Composta por 8 filmes e 1 (um) meme, a saga Skywalker chegou ao fim nos cinemas há alguns anos, mas a compilação chegou com força (tum dum tss) aos videogames a partir de mais uma aventura Lego. Não tem muito segredo, o clássico gameplay dos jogos LEGO voltam para contar toda a ópera espacial dos Skywalker, amigos e inimigos.
Salvo pelo fato de Scarlet e Violet ainda não terem sido lançados em sua versão 1.0, Pokémon Legends: Arceus é o representante da gigante franquia em nossa lista de melhores do ano. Jogando fora várias convenções da série até aqui em prol de mais novidades do que estamos acostumados, o título ainda se agarrou ao central da experiência (encontrar e capturar os pokémon) para trazer uma aventura com sensação de nova, colocando empolgantes bases para o futuro da série.
Chained Echoes é o melhor JRPG desde Dragon Quest part V. Tá no Game Pass e custa 50 merréis na eShop, então se você gosta de jogos do tipo com um excelente combate por turnos, muito conteúdo divertido e relaxante ao lado de uma trama e personagens interessantes, fica mais do que indicado pegar essa pérola do fim do ano.
Divisivo antes, durante e depois de seu lançamento, Bayonetta 3 continua as aventuras de hack’n’slash da icônica bruxa e companhia. Sendo o mais ambicioso, maluco, arriscado e controverso da franquia, o título inicia um novo capítulo para a série, sem deixar de brincar com novas ideias e dar liberdade ao jogador para construir seus combos e se expressar através da jogabilidade.
Com uma trama tocante e cheia de ótimos personagens, Citizen Sleeper utiliza seus múltiplos sistemas para colocar quem joga em um processo de escolher quais estórias quer seguir em frente enquanto tenta sobreviver neste inóspito satélite. Existe “mucho texto” aqui, mas as cadeias de missões e a escrita são interessantes e competentes o suficiente para quem tal relação seja das mais prazerosas. Não que isso importe para alguém, mas é o jogo do ano de 2022 deste editor.
A icônica e lendária série Gran Turismo está de volta com um dos melhores simuladores de corrida dos últimos tempos. Gran Turismo 7 pega todas as principais características que tornaram a série um sucesso e traz ela para uma era totalmente conectada – repleta de conteúdos e sendo quase um museu de respeito aos carrosTalvez não tão intenso ou divertido quanto outros jogos de corrida, mas com certeza uma das experiências mais próximas da realidade de corridas. O jogo é excelente, e uma escolha perfeita tanto para entusiastas quanto quem não gosta muito.
O famoso e inigualável “jogo do gatinho” é fofo e, sinceramente, um baita de um golpe baixo. Muito mais uma “sonygameficação do gato do que um gatificação do Sony Game”, o título entrega visuais de cair o queixo e uma direção de arte gatérrima (tum dum tss). É tudo muito bonito, as cidades são lindas, a interação com os robôs uma graça e o pano de fundo da trama também uma belezinha. Podia ser só o jogo do gato, mas Stray é mais que isso e chega em nossa nona posição.
Inteiramente legendado em português brasileiro, Sparks of Hope expande as fundações de seu divertido antecessor do divertido gameplay até a bela estética dos cenários. Ainda pautado no humor e diversão, o título segue Mario e amigos ao lado dos caóticos Rabbids em mais uma aventura. Com dois títulos de peso, a série Mario Rabbids passa a figurar no rol dos grandes jogos Mario.
Com uma estética arrebatadora, o point-and-click Norco traz uma trama atual envolvendo ecologia, grandes corporações e a vida de cidades conecatadas a grandes empresas extratoras. Com boa escrita, personagens e estrutura interessantes, o título traz um ótimo sistema de “mapa de mente” que além de ajudar quem joga a se situar, traz elementos de construção do mundo e personagens a partir da forma como nossa protagonista os entende em diversos momentos da campanha e a partir de possuir ou não determinadas inforamções prévias.
Tranquilamente o melhor videogame desde Sonic the Hedgehog part II, Vampire Survivors é uma experiência extremamente viciante para aqueles que curtirem o estilo do game. Conciso e genial, o título retira uma série de complicações enquanto apresenta um bom punhado de sistemas e mecânicas para descobrir e experimentar. Tudo isso a partir de uma única ação controlada diretamente: andar. É o passatempo perfeito.
A quinta série que habita em mim saúda a quinta série que habita em você e todos nós nos divertimos muito com o lançamento da Sifu Demo. Felizmente o título é muito melhor que uma piadinha besta e Sifu é um excelente título que sabe até onde ir. Com um combate razoavelmente simples e direto mas muito polido e interessante de se aprender, o jogo ainda traz um sistema de progressão instigante.
Com uma trilha sonora arrebatadora e uma das peças musicais mais bonitas da história recente dos videogames, o épico de uma centena de horas retorna maior e melhor do que nunca. Com uma ótima reflexão sobre iteração e as partes constitutivas de uma franquia, Xenoblade Chronicles 3 traz profundida e opções para sua batalha, além de muita exploração. Discutindo tempo, vida, luta entre estratos e regiões, o medo de seguir em frente e a necessidade do futuro, o título ainda nos brinda com diversos momentos e cenas.
A partir de camadas de mecânicas, Immortality apresenta suas camadas na trama. Três filmes de qualidade questionável conectados a três estilos diferentes, a vida e relação dos envolvidos na produção e, por fim, uma camada que transita um pouco para o terror a partir de uma das mecânicas. Com muita filmagem, o título aproveita o fato de que Manon Gage é a mulher mais envolvente do hemisfério norte desde Ava Gardner para prender a atenção do espectador e colocar discussões sobre o que está por trás da criação de obras e como pessoas, principalmente mulheres, são “posicionadas” nesse ciclo todo.
Chegou a aguardada sequência do reboot de 2018, e agora o Atreus não está mais na praia triste cantando You’re Beautiful. Tem muita coisa acontecendo e nem sempre tudo se encaixa da melhor forma no roteiro, mas as partes importantes são impactatentes, a atuação vocal continua sendo o mais alto padrão da indústria, e a jogabilidade foi expandida com novas armas, chefes, cenários e desafios. God of War: Ragnarök é um divertidissimo título grandão, com momentos intimistas e outros grandiosos. É, também, nosso segundo melhor jogo de 2022.
Não tem jeito, é o Elden Ring. Para terem ideia, ele teve muito mais pontos que o segundo e terceiro colocados juntos em nosso rank. Nossa equipe tem fã da From, gente que já tava de saco cheio de Dark Souls, gente que nunca tinha jogado nada deles, e ainda assim esse grupo múltiplo elegeu com ampla vantagem o petardo de Hitedaka Miyazaki e companhia. O título propicia diversos estilos de jogo, além de um cenário amplo e gostoso de navegar em que cada evento, mesmo os mais formuláicos e repetitivos, contam como compreensão de jogo, narrativa e progressão em termos de itens, equipamentos e leveis. Aliando mundo aberto com as chamadas legacy dungeons, Elden Ring arrebatou os corações e mentes em 2022, e é o nosso jogo do ano.
Comentários
Olha... excelente texto. Esse é um problema que eu já vinha discutindo em meus círculos de amizade ha um bom tempo. Isso fica ainda mais evidente quando percebe-se a necessidade das grandes publishers de seguirem tendencias mais lucrativas não afetam apenas o game design em si, mas também as temáticas, narrativas, e até mesmo a direção de arte dos games. Vide a enxurrada de jogos de zumbis que tivemos na geração passada... Por falar em indies, eu vejo muito potencial para que os próximos AAA inovadores saiam deles. O orçamento ainda é um problema, mas financiamento coletivo já é uma realidade. Acredito que equipes extremamente competentes e comprometidas consigam levantar fundos para levar adiante o desenvolvimento de jogos desse nível.
O sorteio vai ser ao vivo via live???
Obrigado Igor! Seja bem-vindo ao Nintendo Fusion :)
Rapaz, que texto foda! Parabéns Renan! Fico cada mais feliz em ser Nintendista em tempos como esse (apesar de ainda não ter um Switch), saber que a Nintendo rema pesado contra essa maré cheia de lixo. Recentemente o designer da BioWare, Manveer Heir (Mass Effect) compartilhou que a EA só tem foco mesmo nas microtransações, que ainda viu gente gastando 15 mil dolares com cards de multiplayer do Mass Effect 3. Pra piorar agora tem o sistema de Loot Box, que está na moda, e a Warner empolgou com o Shadow of Mordor. Loot Box pra fechar campanha ou pra tentar competir online nos jogos, pra mim isso é praticamente o fim. A única esperança que tenho nessa industria que amo tanto são mesmo nos indies, Nintendo e algumas empresas. Espero que a Activision não estrague a Blizzard, pq apesar de Overwatch ter Loot Box, são completamente cosméticos, e eu acho isso bom até, pq jogar pra desbloquear coisas visuais é muito mais interessante e prazeroso que jogar pra tentar a sorte com um item específico pra ser mais competitivo com upgrades no status do personagem.
Não aparece para você no começo do texto? https://uploads.disquscdn.com/images/b809b035a7e4e21875dfe6af44cc2d10dccbe7c3eea556e1be57fe8018d72a32.png
cadê o tal formulário do Gleam? não vi link nenhum no texto... tá mal explicado isso...
Das publicadoras de games, a EA é sem duvidas a pior. Não foi atoa que foi escolhida como a pior empresa americana por dois anos consecutivos. Não quero parecer um hater, mas é essa filosofia de shooters multimilionários, com gráficos de ponta e extorquimento de dinheiro dos consumidores é que vai fazê-los fechar as portas. Isso fica evidente com o “apoio” da empresa ao Switch, não souberam mais uma vez ler o sucesso do console, e repetem os mesmos erros de uma década: investir pesado em gêneros supersaturados. E é interessante notar como o Iwata foi capaz de enxergar uma realidade mais de uma década á sua frente, e feliz que cada vez mais empresas adotam essa estratégia: jogos de menor orçamento e maior foco no público
Agora sim vou ter meu switch o/
Sim!
Qual é a exceção "imperdoável"? Chrono Trigger?
Reativei minha conta só pra promoção kkkk
Cara, não uso Twitter. Até tenho, mas nem lembro senha nem nada. Vamos ver se tenho sorte
Parabéns à todos nessa nova empreitada, o site é promissor!
Acho que o único defeito desse game foi ter requentado muitas fases, poderia ter sido apenas a GHZ, por exemplo. Mas fora isso é impecável.
sera que agora ganho o
Precisa compartilhar no Facebook. Nos outros lugares é opcional.
Eu preciso compartilhar o sorteio pelo facebook? Ou é preciso compartilhar em outro lugar?
Felipe Sagrado escreva-se em tudo para aumenta a change brother!!!!
Você pode participar sim, só não vai poder obter os dois cupons relacionados ao Twitter. :)
Boa tarde. Eu não uso o Twitter, então gostaria de saber se isso impede minha participação ou só diminui minhas chances?
? vou seguir o Renan aqui tbm